O
terror cósmico vem ganhando cada vez mais notoriedade no cenário atual. Sob a
influência da literatura de H.P. Lovecraft, o subgênero idealizado a partir da
miscigenação de figuras ocultas/ancestrais e inexplicáveis a mente humana é a
essência de ‘The Beach House’. Sem
aquela mega produção por trás, a estreia do diretor Jeffrey A. Brown é
surpreendente.
O
roteiro também assinado por A. Brown, acompanha a chegada do casal adolescente
Emily (Liana Liberato) e Randall (Noah Le Gros) a uma casa de praia, a fim de
aproveitar seu período de férias. Entretanto, as circunstancias não saem
conforme planejado e se torna um verdadeiro terror.
Aqui,
quanto menos souber sobre a trama melhor a experiência. Pois, ‘The Beach House’
tem como seu principal aliado o medo pelo desconhecido. Dessa maneira, a
direção assinada por Brown é certeira ao construir uma atmosfera enigmática,
angustiante e cada vez mais lúgubre envolto de diálogos pontuais construindo
sua protagonista. Pouco a pouco, diálogos após diálogos e pequenos contratempos
é o ponto de partida para instaurar o horror.
Apesar
do filme cair na sentença “demora para acontecer” pode gerar um descontentando
do público em geral, porem tal assertividade é compreensível pelo diretor a fim
de provocar o medo pelo desconhecido e a ansiedade ao espectador. A partir da segunda metade, o filme toma novas
formas e as ideias lovecraftianas, o body horror e as imagens sugestivas
impressionam.
Nessa
atmosfera dúbia e apavorante, a atriz Liana Liberato prende a atenção do
público provando do pavor em que ela se encontra e sua determinação de sair
daquela situação o quanto antes. O mesmo não se pode dizer do ator Noah Le Gros
- abaixo da média e sem muito a oferecer.
Mesmo sabendo
de suas limitações financeiras deixando de explorar certos elementos na trama
com enorme potencial. Jeffrey A. Brown entrega um ótimo trabalho em sua estreia
e ‘The Beach House’ é uma ótima sugestão para os fãs do gênero, principalmente
para aqueles dos terror cósmico.
NOTA: 7,1