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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Crítica - 'Disque M para Matar (1954)'


  Alfred Hitchcock sempre mostrou ser um cineasta muito a frente de seu tempo e, ‘Disque M para Matar’ é mais uma prova. A maestria e inteligência de trazer as telas no ano de 1954 uma trama envolvente, cheias de reviravoltas e experimentando técnicas novas no cinema para atrair o publico, o conhecido 3D, fez de Hitchcock admirado por todos. 

      A crítica na época dizia que o uso do 3D fez muitos filmes se concentrarem nos recursos técnicos esquecendo-se de explorar a narrativa. O risco era iminente, entretanto o mestre Hitchcock usou a ferramenta em prol ao suspense acentuando a impressão de profundidade filmando objetos em primeiro plano.        

   Conhecido por sempre dar um toque autoral em suas obras, aqui não foi diferente. O cineasta soube muito bem desenvolver a narrativa e os personagens em questão de minutos sem um único dialogo, apenas conduzindo a câmera pelo ambiente e na ótima composição das cores dos personagens evidenciando a personalidade do casal Margot (Grace Kelly) e Mark (Robert Cummings).
 
    Com um roteiro instigante, cada diálogo requer atenção do espectador. O plano de como o crime será executado, o grande momento e a manipulação das provas são conduzidos de maneira brilhante prendendo a atenção do público até a sua surpreendente revelação.

   Com convincentes atuações da belíssima Grace Kelly, Robert Cummings e Ray Milland. ‘Disque M para Matar’ é mais uma obra prima de Hitchcock e merece ser lembrado e revisitado por todos, principalmente dos amantes de um ótimo suspense. 


NOTA: 8,6


Título: Disque M para Matar (105min)
Direção: Alfred Hitchcock.
Elenco principal: Ray Milland, Grace Kelly, Robert Cummings
Gêneros: Suspense, Policial.
Nacionalidade: EUA.


Sinopse: Um ex-tenista decide matar sua mulher para herdar seu dinheiro e se vingar por ela ter tido um caso com um escritor. Ele chantageia um colega para estrangulá-la, dando a entender que o crime teria sido cometido por um ladrão.




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