Estreias

segunda-feira, 28 de março de 2016

Crítica - 'Monty Python em Busca do Cálice Sagrado'


    Todo fã de comédia tem a obrigação de assistir ‘Monty Python em Busca do Cálice Sagrado’. A sátira do Rei Arthur que reúne seus cavalheiros em busca do cálice sagrado é engraçada do inicio ao fim contendo ótimas piadas a cada 5 minutos de produção e, detalhe, todas elas funcionam. 


     Divertidíssima, a história por mais “besta” e simples que seja faz o espectador dar boas gargalhadas passando do ridículo para o surreal e até mesmo ao insano. O filme é irreverente, violento e ao mesmo tempo consegue entreter o publico de todas as idades. Com um final sensacional, para quem gosta do gênero, ‘Monty Python em Busca do Cálice Sagrado’ é um dos melhores filmes de comédia da história do cinema.


NOTA: 10



Duração: 1h30min.                                                                                      Dirigido por: Terry Jones, Terry Gillia.

Atores Principais: Graham Chapman, John Cleese, Eric Idle.
Gênero: Comédia , Fantasia , Aventura
Nacionalidade: Reino Unido


Sinopse: O Rei Arthur (Graham Chapman) está à procura de cavaleiros que possam acompanhá-lo em uma importante jornada: a busca do Santo Graal. Sir Lancelot, o Bravo (John Cleese); Sir Robin, o Não-tão-bravo-quanto-Sir Lancelot (Eric Idle); Sir Galahad, o Puro (Terry Jones) e outros cavaleiros se dispõem a participar da busca real. O longa satiriza diversos eventos histórios ocorridos na Idade Média.






sábado, 26 de março de 2016

Crítica - "Batman vs Superman: A Origem da Justiça"


   Assistir a Batman vs Superman frente a frente anima qualquer espectador seja fã de super-heróis, ou não. Já não bastasse o próprio titulo ser uma ótima premissa, a DC extasiou o público com a divulgação de inúmeros trailers de tirar o fôlego tornando o filme um dos mais esperados do ano. Com grandes expectativas, alguns sairão satisfeitos, outros decepcionados. 

   Na trama, após os episódios ocorridos em ‘O Homem de Aço’, o filantropo Bruce Wayne (Ben Affleck) enxerga Superman (Henry Cavill) mais como uma ameaça, do que um herói. Certa circunstancia provocam o embate mais esperado por todos, a batalha entre Batman vs Superman.

    A direção assinada por Zack Snyder (conhecido pelos bons ‘300’ e ‘Watchmen’) realiza com competência transferir as imagens dos quadrinhos às telas e em conceder um filme visualmente atraente criando um ambiente sombrio. Seu grande problema é a maneira como conta o filme, trocando todo momento o foco narrativo impossibilitando do espectador se apegar aos personagens. Em tela vemos o Batman, corta, a trama segue o Superman, troca novamente e o filme acompanha outro personagem.

  Quem surpreende no filme é Ben Affleck. O ator transita perfeitamente de Wayne ao super-herói transmitindo todos os sentimentos possíveis e tornando o Batman mais dúbio, violento e, talvez o melhor do cinema. Já não podemos dizer o mesmo para Cavill que ainda não se encontrou como Clark Kent. O mesmo raciocínio segue para Gal Gadot que é ótima como mulher maravilha, mas fora da heroína é péssima atriz. Quem está ótima em cena é Amy Adams sendo o fator mais humano da história.      

   Quando o grande momento do filme chega é super empolgante. A batalha de Batman e Superman é, sem duvidas, emocionante levando qualquer espectador a loucura. Tudo é muito bem feito, as cenas de ação são bem coordenadas, o visual é impecável, o CGI impressiona, porém dura pouco tempo. A trama apresenta um drama político que pesam nos 150 minutos, cenas desinteressantes dos super-heróis e do vilão Lex Luthor, para apenas pouquíssimos minutos para o combate tão esperado por todos.                                                                                                       

    Isso acaba recaindo pelo fraco roteiro. A causa da épica batalha é por motivos ridículos, a maneira como a luta acaba é irrisório e o desenvolvimento da Liga da Justiça a base de um e-mail é o cúmulo. Além de o roteiro prejudicar o personagem da mulher maravilha pela falta de desenvolvimento, assim como na construção do vilão Lex Luthor em não explicar o motivo de sua personalidade na interpretação exagerada de Jesse Eisenberg.                                    

   “Batman Vs Superman – A Origem da Justiça” é visualmente atraente, ótimos figurinos, contem uma trilha sonora inquietante, um CGI excelente (um pouco pesado na reta final do filme), tem ótimas cenas de ação, tem ótimos elementos durante sua produção e vale um bom entretenimento. O filme tinha enorme potencial, porém é mal escrito, desleixado, irregular e perde relevância por inúmeros trailers apresentados. Mesmo assim, é um ponto de partida digno para o futuro da Liga da Justiça, mas a presença de Snyder na saga precisa ser repensada.


                                                                              

NOTA: 6,0


domingo, 20 de março de 2016

Crítica - 'Snatch: Porcos e Diamantes'


       Um dos grandes filmes, ou talvez o melhor de sua carreira, ‘Snatch: Porcos e Diamantes’ consagrou Guy Ritchie um admirado cineasta e roteirista. Conhecido por entregar um toque autoral autentica em suas obras seguindo as mesmas formulas como em seu primeiro filme ‘Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes’, aqui não é diferente e Ritchie abusa de todos os recursos narrativos deixando mais uma vez sua marca registrada.       

       Tudo é muito ágil, com cortes rápidos, edições frenéticas e ótimos movimentos de câmera são os recursos primordiais do cineasta, além de contar com personagens caricatos e uma história divertidíssima. ‘Snatch’ simplesmente prende o espectador do inicio ao fim e, cuidado ao piscar os olhos! Senão poderá perder grandes momentos.      
 
    A trama conta com inúmeros personagens o que poderia resultar em algo confuso. Porém, tudo flui da maneira mais compreensível possível e com uma ótima dinâmica de todo o elenco com atuações super engraçadas, principalmente de Brad Pitt. O filme ainda conta com Jason Statham, Benicio Del Toro, Dennis Farina, Vinnie Jones, Alan Ford. Todos muito bem.                                   
 
    Com um ritmo agradável, ‘Snatch: Porcos e Diamantes’ tem tudo para divertir o publico com uma história divertida, inteligente e uma prova de que Ritchie (sem sucessos em suas ultimas produções) é capaz de fazer ótimos filmes.  
 

NOTA: 8,7

Lançamento:  11 de maio de 2001 (1h43min)
Dirigido por: Guy Ritchie
Com : Jason Statham, Brad Pitt, Vinnie Jones 
Gênero : Policial , Comédia , Suspense
Nacionalidade: Reino Unido , EUA

Sinopse: Frankie Quatro-Dedos (Benicio Del Toro) é um ladrão de diamantes que também faz o trabalho de intermediário de peças roubadas. De passagem por Londres, ele precisa chegar até Nova York para vender alguns diamantes de seu chefe, Avi (Dennis Farina). Porém, a tentação é mais forte e ele acaba dando uma pausa em sua viagem para apostar em uma luta ilegal de boxe. Enquanto isso, dois promotores de lutas chamados Turco (Jason Statham) e Tommy (Stephen Graham) se unem a um fazendeiro local, Coco de Tijolo (Alan Ford), na tentativa de convencer Mickey O'Neil (Brad Pitt), um pugilista cigano, a participar de uma luta sem luvas, onde vale tudo. O'Neil inicialmente não aceita a proposta, mas termina concordando em participar de uma luta da dupla. Já Avi, impaciente com a demora de Frankie Quatro-Dedos, contrata "Bullet Tooth" Tony (Vinnie Jones) para encontrá-lo e trazer consigo os diamantes.



'Irmão de Espião'




Por causa de uma operação secreta, um agente britânico é obrigado a planejar uma fuga com seu irmão, um fanático por futebol com quem ele não se encontra há muito tempo.

Lançamento: 7 de Abril (1h24min)
Gênero: Comédia
Dirigida por: Louis Leterrier
Atores principais:
Sacha Baron Cohen, Mark Strong, Annabelle Wallis, David Harewood, Ian McShane, Gabourey Sidibe, Johnny Vegas, Rebel Wilson, Isla Fisher, Penelope Cruz

Nacionalidade: EUA


'Mente Criminosa'



“A história do homem certo no corpo errado. Em um último esforço para parar uma conspiração diabólica, memórias, segredos e as habilidades de um agente da CIA morto são implantados em um detento imprevisível e perigoso no corredor da morte, na esperança de que ele irá completar a missão do operatório.”

Lançamento: 14 de abril de 2016 (1h53min)
Gênero: Ação, Drama, Thriller
Dirigida por: Ariel Vromen
Atores principais:
Kevin Costner, Gary Oldman, Tommy Lee Jones, Alice Eve, Ryan Reynolds, Gal Gadot, Jordi Molla, Michael Pitt.

Nacionalidade: EUA


quarta-feira, 16 de março de 2016

Crítica - 'Truman'


       Assistir a Ricardo Dárin é sempre um privilegio. Somando atuações incríveis em sua carreira, o grande ator mais uma vez repete uma performance brilhante e retoma a parceria com o diretor espanhol Cesc Gay para viver com maestria o protagonista Julian tornando do simples ‘Truman’, um grande filme.    

       A trama acompanha o reencontro dos melhores amigos Julian (Ricardo Dárin) e Thomas (Javier Cámara). Inquilino em Madrid, o ator argentino Julian é diagnosticado com câncer terminal e resolve interromper o tratamento e aguardar pela morte. Seu amigo tenta convencê-lo a seguir a prescrição, mas sem argumentos, resolve dedicar a sua visita a lembrar dos velhos tempos e se despedir.
 
     A história não seria a mesma sem Dárin e Cámara. Por mais simples e delicada que seja a história, ambos oferecem uma enorme força a narrativa diante de suas belíssimas atuações. Com personalidades bem distintas, Dárin está excelente na pele de Julian remetendo o autocontrole e a liderança em sua vida mesmo estando próximo de sua morte. Méritos também para Cámara compondo de forma sutil seu personagem Thomas servindo como o braço direito para Julian.                 

     Apesar de o filme desenrolar de maneira sutil, o ritmo é lento e torna a história arrastada contando com certos diálogos enfadonhos e tornando os 110 minutos desgastes. Porém, o roteiro assinado pelo próprio cineasta e Tomas Aragay trata o melodrama com certo humor, que além de funcionar muito bem, não torna o filme um dramalhão.    

          Com um enredo suave narrando a despedida de Julian, a trama pode soar entediante para alguns espectador. Mesmo assim, ‘Truman’ conta com uma fotografia limpa valorizando os belos cenários de Madrid e uma linda trilha sonora, porém são as ótimas atuações de Dárin e Cámara que faz o longa valer a pena, sem eles o filme seria mais do mesmo. 
                                         

NOTA: 6,6


 

domingo, 13 de março de 2016

'Rua Cloverfield,10'



Uma jovem (Mary Elizabeth Winstead) sofre um grave acidente de carro e acorda no porão de um desconhecido. O homem (John Goodman) diz ter salvado sua vida de um ataque químico que deixou o mundo inabitável, motivo pelo qual eles devem permanecer protegidos no local. Desconfiada da história, ela tenta descobrir um modo de se libertar — sob o risco de descobrir uma verdade muito mais perigosa do que seguir trancafiada no bunker.

            
Lançamento: 7 de abril de 2016 (1h45min)
Dirigido por: Dan Trachtenberg
Atores Principais: Mary Elizabeth Winstead, John Goodman, John Gallagher Jr.
Gênero: Ficção científica , Suspense

Nacionalidade: EUA


'Voando Alto'



Baseado na história real de Michael Edwards, conhecido como "Eddie the Eagle Edwards". Eddie (Taron Egerton) foi o mais famoso saltador de esqui a representar a Grã-Bretanha. Com o sonho de participar dos Jogos Olímpicos, o jovem contava com poucas chances e muitos problemas: não tinha ninguém que o financiasse e, principalmente, enfrentava um problema na visão, que o obrigava a usar óculos de grau por baixo dos óculos de proteção. Contando com a ajuda do rebelde treinador Bronson Peary, ele teve que lutar para conseguir participar dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1988, em Calgary.

Lançamento: 31 de março de 2016 (1h46min)
Gênero: Comédia, Drama
Dirigida por: Dexter Fletcher
Atores principais:
Taron Egerton, Hugh Jackman, Jo Hartley, Tim McInnerny, Keith Allen, Iris Berban,

Nacionalidade: EUA , Reino Unido , Alemanha


quarta-feira, 9 de março de 2016

Crítica - 'Floresta Maldita'


  ‘Floresta Maldita’ comprova um gênero tão depreciado na atualidade. O terror sobrenatural parecia ser uma boa aposta para o ano de 2016 por ser escrito pelo talentoso David S. Goyer e possuir uma premissa interessante.  Porém, o filme está mais para apresentar o amadorismo do estreante cineasta Jason Zada frente às câmeras e de duvidar o talento de Goyer.                  

    O cenário literalmente incrível e assustador da lendária floresta Aokigahara, situada na base do Monte Fuji, no Japão é o ponto de partida perfeito para um filme de terror. Porém, “The Forrest” (do original) inutiliza este grandioso cenário em uma produção mal executada acompanhando a jovem americana Sara (Natalie Dormer) determinada a descobrir a verdade sobre o destino de sua irmã gêmea, que desapareceu misteriosamente nesta assustadora floresta.                  

      A premissa é interessante, o cenário é curioso, a atriz Natalie Dormer é renomada (conhecida na celebre série ‘Game of Thrones’), mas nada disso funciona no filme.    O roteiro apresenta ser pobre logo no inicio da trama ao forçar brevemente o desenvolvimento do personagem, contem inúmeros furos – muitas cenas o espectador vai questionar “De onde ele(a) conseguiu isso?” , abrange diálogos tolos e expõe personagens secundários perdidos na trama para apenas enfatizar o perigo de andar na floresta. Acompanhando as atrocidades do roteiro, a direção de Zada segue o mesmo caminho, ou pior.                                                                         
     Sua falha é irrisória em criar um ambiente opressor, a floresta serve apenas como um plano de fundo. Os jump scares são tão amadores que chegam a ser risíveis, a fotografia é pobre, escura e não consegue passar a tensão no filme, e as edições são mal feitas a ponto de deixar certas cenas incompreensíveis. Nem mesmo a boa atriz  Natalie  Dormer convence, assim como o restante do elenco.                                                     
                      
     Com um roteiro rápido e trivial seguindo as mesmices dos filmes de terror, possuindo recursos técnicos fracos, abusando de jump scares, uma direção completamente perdida e um final decepcionante, “Floresta Maldita” é exemplo do que não deve ser feito no cinema.


NOTA: 0

domingo, 6 de março de 2016

Invasão a Londres



O Primeiro Ministro Britânico faleceu sob circunstâncias misteriosas. Seu velório é um evento que deve ser presenciado por líderes do mundo ocidental. Mas o que começa como o evento mais protegido do planeta, se transforma em uma trama mortal para assassinar os mais poderesos líderes do mundo e liberar uma visão assustadora do futuro. Apenas três pessoas têm o poder de deter isso: o Presidente dos EUA, o formidável responsável (Gerard Butler) pelo serviço secreto e um agente MI-6 inglês que não confia em ninguém.

Lançamento: 7 de abril de 2016 (1h39min)
Gênero: Ação, Thriller
Dirigida por: Babak Najafi
Atores principais:
Gerard Butler, Aaron Eckhart, Morgan Freeman, Jackie Earle Haley, Angela Bassett, Radha Mitchell, Charlotte Riley, Robert Forster.
Nacionalidade: EUA , Reino Unido , Bulgária



Ressurreição




Risen é a épica história bíblica da Ressurreição, contada através dos olhos de um não-crente. Clavius (Joseph Fiennes), um poderoso militar da Tribuna Romana, e seu assessor Lúcio (Tom Felton), têm a tarefa de resolver o mistério do que aconteceu com Jesus nas semanas seguintes a crucificação, a fim de refutar os rumores de um Messias ressuscitado e evitar uma revolta em Jerusalém.

Lançamento: 17 de março de 2016 (1h48min) 
Gênero: Suspense, Drama
Dirigida por: Kevin Reynolds
Atores principais:
Joseph Fiennes, Cliff Curtis, Peter Firth, Tom Felton, Mari­a Botto, Leonor Watling, Mark Killeen
Nacionalidade:EUA



Batman Vs Superman - A Origem da Justiça



Temendo que as ações de um super-herói semi-deus não serão controladas, o vigilante e formidável próprio de Gotham City, assume a Metropolis mais reverenciada e moderna, enquanto o mundo luta com um tipo de herói que realmente precisa. E com Batman (Ben Affleck) e Super-homem (Henry Cavill) em guerra um com o outro, uma nova ameaça surge rapidamente, colocando a humanidade em um perigo maior nunca antes ocorrido.

Lançamento: 24 de março de 2016 (2h32min)
Gênero: Ação, Superherói
Dirigida por: Zack Snyder
Atores principais:
Henry Cavill, Ben Affleck, Jesse Eise
Nacionalidade: EUA


sexta-feira, 4 de março de 2016

Crítica - 'A Bruxa'


     Do simples se faz o extraordinário. Em meios a filmes de terror criticados com enredos fracos, truques baratos e gore excessivo no cinema atual, mesmo com uma trama simples ‘A Bruxa’ se filia ao gênero libertando-se dos bordões, resultando em um dos melhores filmes de terror dos últimos anos.      

     Aclamado pela crítica, ‘A Bruxa’ tem tudo para agradar, ou não, o público. Vale ressaltar que o filme não é para qualquer um, não é pelo fato de muitos comentarem por ai de ser o mais assustador de todos os tempos. Mas sim, por ser um terror psicológico inusitado, predominando um ritmo cadenciado para construção da tensão, fugindo das formulas tradicionais do gênero e recriando um cinema novo e diferente. Se você tem gosto por esse estilo de cinema, ‘A Bruxa’ é um prato cheio, caso contrário passe longe desta produção.                                                                                                    

    Na trama, uma família extremamente religiosa passa a viver em uma fazenda isolada, próxima a uma gigantesca floresta, após ser expulsa de uma comunidade rural na Nova Inglaterra (EUA) no século XVII. A aflição começa quando o recém-nascido simplesmente some sob os cuidados de Thomasin (Anya Taylor Joy), irmã do bebe, filha mais velha da família e futuramente acusada de bruxaria.         

   A trama é simples, mas a maneira como o estreante diretor Robert Eggers conduz o filme é simplesmente brilhante. Sem pressa, o filme vai marcando seu território e a tensão vai se intensificando com o passar do tempo.  O cineasta manipula a visão do espectador fazendo acreditar que estamos vendo mais do que realmente está em tela deixando o público aflito em cada cena, por mais banal que seja a situação.            

  Tal feito é comprovado através do impecável trabalho de construção da atmosfera. Eggers optou por uma fotografia escura e dessaturada sem auxilio de luz artificial, e com cenas no interior da casa filmada por uma escassa iluminação. Tal modo, acentuou ainda mais o realismo e a ameaça no filme, assim como a trilha sonora inquietante e melancólica presente em boa parte da produção.     

    O filme ainda conta com atuações espetaculares, principalmente dos atores mirins. Com enorme destaque para Taylor Joy vivendo com perfeição a protagonista e o estreante Harvey Scrimshaw, vivendo o filho do meio da família, responsável pela cena mais impactante do filme - é bem provável que ambos estarão sendo indicados a  prêmios ao longo do ano.    
                                                          
    Com elementos tradicionais o mestre Eggers fez um trabalho admirável, criando uma enorme tensão durante boa parte da produção até seu grande clímax reservando momentos perturbadores e alucinantes. Sem aquele terror que muitos esperavam, ‘A Bruxa’ tinha algo a mais para explorar em sua narrativa, porém foge do padrão do gênero, não provoca sustos baratos e consagra Eggers como um grande nome de Hollywood.
                                      

NOTA: 8,1




                                                                                                                   

terça-feira, 1 de março de 2016

Crítica - 'Misconduct'


      Trazer grandes nomes para uma produção nem sempre é sinônimo de grandes filmes. Assim tentou ‘Misconduct’ ao trazer um elenco de primeira com a participação dos ícones Anthony Hopkins e Al Pacino para atrair vários olhares em um suspense psicológico no trabalho pouco inspirado da estréia do cineasta Shintaro Shimosawa, conhecido como produtor do fraco filme ‘O Grito’.     
 
        Com um roteiro não linear, a trama acompanha o bilionário do setor farmacêutico e apreensivo Arthur Denning (Anthony Hopkins) após receber uma mensagem de que sua namorada Emily (Malin Akerman), foi seqüestrada. Semana antes, Emily passa informações confidenciais da empresa para o advogado Ben (Josh Duhamel), e a situação vai além do âmbito profissional entre todos os envolvidos.
 
     Conhecido por produzir e escrever filmes de terrores, o cineasta Shimosawa concede um toque macabro no filme. Por assim dizer, a maneira como lidou com os recursos técnicos desde a uma trilha sonora sombria e uma direção de arte competente ajudaram a acentuar o suspense.  Não podemos dizer o mesmo para o jogo de edição, tudo se passa muito rápido explorando pouca a narrativa deixando o suspense de lado com passagens desnecessárias em um roteiro abusando do imprevisível para cativar o espectador. 
 
    Sagrados no cinema, os grandes nomes para realmente cativar o espectador é Hopkins e Al Pacino. Porém, Al Pacino não convence e Hopkins adota sua clássica frieza (um dos poucos a se destacar dessa produção), já que Josh Duhamel se perde durante a narrativa e não apresenta química com sua mulher (Alicia Eve). Resta apenas para a belíssima Alicia Eve interpretar com competência e entregar boas cenas na frágil e robótica Charlotte, mulher do ambicioso advogado Ben.                                

    Apesar de o roteiro ser pouco criativo, o filme consegue prender a atenção do espectador ao trabalhar um suspense imprevisível que vai se acentuando ao longo da produção. Em outras palavras, ‘Misconduct’ tinha potencial, porem não foi contada da melhor maneira.

NOTA: 5,8