Estreias

domingo, 28 de fevereiro de 2016

'Oscar 2016: Apostas'

     
        O grande dia chegou! A mais esperada e importante premiação dos cinemas acontece hoje à noite as 22:30h (horário de Brasília) em Los Angeles e, o 'filmenamente' resolve deixar aqui registrado os possíveis vencedores a levantar a cobiçada estatueta em cada uma das categorias do Oscar 2016. Sem mais delongas, vamos começar nossa aposta pelos prêmios  mais importantes. 
          * As apostas estão linkados diretamente a critica! 

MELHOR FILME



VENCEDOR: 'SPOTLIGHT - SEGREDOS REVELADOS'


MELHOR DIRETOR
  • Alejandro G. Iñárritu ("O regresso")
  • Tom McCarthy ("Spotlight: Segredos revelados")
  • George Miller ("Mad Max: Estrada da fúria")
  • Adam McKay ("A grande aposta")
  • Lenny Abrahamson ("O quarto de Jack")



VENCEDOR: ALEJANDRO G. IÑÁRRITU


MELHOR ATOR
  • Bryan Cranston ("Trumbo")
  • Matt Damon ("Perdido em Marte")
  • Leonardo DiCaprio ("O regresso")
  • Michael Fassbender ("Steve Jobs")
  • Eddie Redmayne ("A garota dinamarquesa")



VENCEDOR: LEONARDO DICAPRIO


MELHOR ATRIZ
  • Cate Blanchett ("Carol")
  • Brie Larson ("O quarto de Jack")
  • Jennifer Lawrence (“Joy”)
  • Charlotte Rampling (“45 anos”)
  • Saoirse Ronan ("Brooklyn")


VENCEDOR: BRIE LARSON


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
  • Jennifer Jason Leigh ("Os 8 odiados")
  • Rooney Mara ("Carol")
  • Rachel McAdams ("Spotlight: Segredos revelados")
  • Alicia Vikander ("A garota dinamarquesa")
  • Kate Winslet ("Steve Jobs")


VENCEDOR: ALICIA VIKANDER


MELHOR ATOR COADJUVANTE
  • Christian Bale ("A grande aposta")
  • Tom Hardy ("O regresso")
  • Mark Ruffalo ("Spotlight: Segredos revelados")
  • Mark Rylance ("Ponte dos espiões")
  • Sylvester Stallone ("Creed")

APOSTA: SYLVESTER STALLONE

VENCEDOR: MARK RYLANCE


MELHOR ANIMAÇÃO
  • "Anomalisa"
  • "O menino e o mundo"
  • "Divertida mente"
  • "Shaun, o carneiro"
  • "As memórias de Marnie"


VENCEDOR: DIVERTIDA MENTE


MELHOR FILME ESTRANGEIRO
  • "Embrace of the Serpent" (Colômbia)
  • "Cinco graças" (França)
  • "O filho de Saul" (Hungria)
  • "Theeb" (Jordânia)
  • "A war" (Dinamarca)
APOSTA: O FILHO DE SAUL

VENCEDOR: O FILHO DE SAUL


MELHOR TRILHA SONORA
  • "Ponte dos espiões"
  • "Carol"
  • "Os 8 odiados"
  • "Sicario"
  • "Star Wars: O despertar da força"



VENCEDOR: OS 8 ODIADOS


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
  • "A grande aposta"
  • "Brooklyn"
  • "Carol"
  • "Perdido em Marte"
  • "O quarto de Jack"
APOSTA: A GRANDE APOSTA


VENCEDOR: A GRANDE APOSTA


MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
  • "Ponte dos espiões"
  • "Ex Machina"
  • "Divertida mente"
  • "Spotlight: Segredos revelados"
  • "Straight Outta Compton"



VENCEDOR: 'SPOTLIGHT - SEGREDOS REVELADOS'


MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
  • "Ponte dos espiões"
  • "A garota dinamarquesa"
  • "Mad Max: Estrada da fúria"
  • "Perdido em Marte"
  • "O regresso"


VENCEDOR: MAD MAX - ESTRADA DA FÚRIA



MELHOR FOTOGRAFIA
  • "Carol"
  • "Os oito odiados"
  • "Mad Max: Estrada da fúria"
  • "O regresso"
  • "Sicario"



VENCEDOR: O REGRESSO


MELHOR FIGURINO
  • "Carol"
  • "Cinderela"
  • "A garota dinamarquesa"
  • "Mad Max: Estrada da fúria"
  • "O regresso"


VENCEDOR: MAD MAX - ESTRADA DA FÚRIA


MELHORES EFEITOS VISUAIS
  • "Ex Machina"
  • "Mad Max: Estrada da fúria"
  • "Perdido em Marte"
  • "O regresso"
  • "Star Wars: O despertar da força"



VENCEDOR: EX MACHINA



MELHOR MONTAGEM
  • "A grande aposta"
  • "Mad Max: Estrada da fúria"
  • "O regresso"
  • "Spotlight: Segredos revelados"
  • "Star Wars: O despertar da força"



VENCEDOR: MAD MAX - ESTRADA DA FÚRIA



MELHOR EDIÇÃO DE SOM
  • "Mad Max: Estrada da fúria"
  • "Perdido em Marte"
  • "O regresso"
  • "Sicario"
  • "Star Wars: O despertar da força"



VENCEDOR: MAD MAX - ESTRADA DA FÚRIA



MELHOR MIXAGEM DE SOM
  • "Ponte dos espiões"
  • "Mad Max: Estrada da fúria"
  • "Perdido em Marte"
  • "O regresso"
  • "Star Wars: O despertar da força"



VENCEDOR: MAD MAX - ESTRADA DA FÚRIA


MELHOR CABELO E MAQUIAGEM
  • "Mad Max"
  • "The 100-year-old man who climbed out the window and disappeared"
  • "O regresso"


VENCEDOR: MAD MAX - ESTRADA DA FÚRIA



MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
  • "Earned it", The Weeknd ("Cinquenta tons de cinza")
  • "Manta Ray", J. Ralph & Antony ("Racing extinction")
  • "Simple song #3", Sumi Jo e Viktoria Mullova ("Youth")
  • "Writing's on the wall", Sam Smith ("007 contra Spectre")
  • "Til it happens to you", Lady Gaga ("The hunting ground")

APOSTA: "TIL IT HAPPENS TO YOU"

VENCEDOR: WRITING'S ON THE WALL

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Crítica - 'Presságios de um Crime'


  Como é bom ver um brasileiro brilhar em Hollywood. Marcando a estréia do diretor Afonso Poyart (conhecido por ‘2 Coelhos’) em terras americanas frente a um elenco de primeira composto pelo mestre Anthony Hopkins, Colin Farrell, a bela australiana Abbie Cornish e Jeffrey Dean Morgan. O suspense sinistro, ‘Presságios de um Crime’ tem tudo para agradar os fãs do gênero. 

      Quando uma equipe especial do FBI comandado por Joe (Jeffrey Dean Morgan) e Katherine (Abbie Cornish) encontra-se de mãos atadas frente a uma onda de assassinatos, Joe decide buscar ajuda de seu ex-companheiro, Dr. John Clancy (Anthony Hopkins), detentor de habilidades especiais.              

    
     Começando a comentar sobre a direção de Poyart, o brasileiro tem seus erros e acertos. Adotando um ritmo ágil a trama, o cineasta utilizou um jogo de edição rápida e engenhosa, que é o ponto crucial para produção servindo como peças fundamentais que vão acompanhando a mente do protagonista Clancy, servindo como molde para desenvolver o personagem. Dessa maneira, somos consciente da tal habilidade especial do doutor, como também o diretor constrói o filme a partir dessas peças que vão se encaixando no decorrer dos 100 minutos.                                          
               
      Nas cenas de ação e alguns diálogos não podemos dizer o mesmo. Em certos diálogos a câmera treme e a fotografia se torna inconveniente com maus enquadramentos, os elementos técnicos não se destacam. Já nas poucas cenas de ação as edições não são precisas tornando-as incompreensíveis e o bom suspense no inicio perde um pouco o fôlego. Fora isso, Poyart brinca com o presente e o futuro durante boa parte da produção, realiza bom movimento de câmera (um plano-sequencia nos últimos minutos e a câmera seguindo uma bala) e dispõe de um ótimo elenco.                

      Lembrando o famoso personagem da história do cinema Dr. Hannibal, Hopkins está excelente, assim como Farrell. Ambos efetuam ótimos confrontos de diálogos tornando o filme mais interessante na segunda metade. Temos a boa presença feminina de Cornish, porém sofre um pouco com a falta de desenvolvimento de personagem e o razoável Dean Morgan.

     Caindo nos clichês em seu desfecho, ‘Presságios de um Crime’ prende a atenção do espectador do inicio ao fim, traz um suspense macabro pouco explorado nos tempos atuais e marca a estréia de um diretor brasileiro que mais acerta do que erra.


NOTA: 7,5

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Crítica - 'Macbeth; Ambição e Guerra'


    Adaptar obras de Shakespeare não é um trabalho fácil. Cada um tem uma maneira de interpretar, e a visão do cineasta Justin Kurzel é intensa, pujante, gananciosa e dispõe do grande ator Michael Fassbender e a ótima atriz Marion Coutillard para viver personagens icônicos no texto complexo da obra ‘Macbeth – Ambição e Guerra’.              

     Fiel ao texto original, a trama acompanha Macbeth (Fassbender), general do exercito escocês que após o pressagio de três bruxas, ele é alimentado pela idéia de se tornar monarca e elaborar um plano fatal contra seu rei, também sob a influencia de sua esposa Lady Macbeth (Coutillard).          

       Assim como toda obra de Shakespeare, aqui não poderia ser diferente. O diálogo arcaico e requintado é predominante do filme, tornando a produção muito próxima da obra original e conquistando os fãs do dramaturgo inglês, porém para alguns os longos diálogos e monólogos desaceleram o ritmo do longa podendo soar arrastado tornando os 110 minutos desgastantes.                  

     Diante disso, para compensar o ritmo lento, somos presenteados com atuações de primeira. Conduzindo a narrativa demonstrando os nuances pelo qual Macbeth passa de um homem integro a loucura, Fassbender está excelente no papel. Uma pena o filme demonstrar essa transição de maneira abrupta. Já a francesa Coutillard não fica atrás transmitindo toda a compostura da personagem, além de momentos de ternura, tormento e cansaço emocional, e realiza um monólogo sensacional – digno de receber uma indicação ao Oscar.                                         

     O trabalho de direção de Kurzel se mostra acertada nos minutos iniciais. O diretor não poupa sangue e cede um tom mais violento a obra, entregando uma batalha intensa lidando muito bem com a câmera lenta montada com elementos entorpecentes. Não apenas isso, a fotografia é simplesmente sensacional e engenhosa predominando tons opacos e um avermelhado saturado, ajudando a compor a narrativa.         

        Cinematograficamente fantástico, os cenários são belíssimos e o design de produção é excelente. ‘Macbeth – Ambição e Guerra’ pode não entreter a todos, porém segue fiel a obra original, é visualmente impactante e os amantes de Shakespere têm tudo para apreciar essa nova obra.     

NOTA: 7,8



domingo, 21 de fevereiro de 2016

'Convergente'



Após a mensagem de Edith Prior ser revelada, Tris (Shailene Woodley), Quatro (Theo James), Caleb (Ansel Elgort), Peter (Miles Teller), Christina (Zoë Kravitz) e Tori (Maggie Q) deixam Chicago para descobrir o que há além da cerca. Ao chegarem lá, eles descobrem a existência de uma nova sociedade.

Lançamento:10 de março de 2016
Gênero: Aventura, Ciência ficção
Dirigida por: Robert Schwentke
Atores principais:
Shailene Woodley, Theo James, Miles Teller, Zoe Kravitz, Naomi Watts, Ansel Elgort, Jonny Weston, Jeff Daniels
Nacionalidade: EUA


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Crítica - 'The Benefactor'


       Nem Richard Gere e Dakota Fanning, superam o fracasso do desconhecido diretor Andrew Renzi em ‘The Benefactor’.  Provando o amadorismo por trás das câmeras, o cineasta não foge do convencional e traz uma história deprimente acompanhando a trajetória do rico e excêntrico filantropo, Franny (Richard Gere) que dedica ajudar Olivia (Dakota Fanning), filha de um amigo falecido, e Luke (Theo James), o noivo dela.           

          Com um ritmo maçante nos curtos 90 minutos, o filme consegue a proeza de ser cansativo e desinteressante. Mesmo contando com um elenco de alto nível, fãs de Gere e Fanning têm tudo para se decepcionarem nessa produção. Apesar de eles entregarem uma boa interpretação, não conseguem sustentar o fraco roteiro e uma direção desleixada de Renzi.                                                        

          Com um roteiro sem surpresas, o cineasta pouco fez em uma direção despretensiosa optando por uma edição pouca precisa, uso de flashbacks desnecessários, cenas pouco impactantes, trilha sonora esquecível, recursos técnicos simples, apenas aproveitando das ótimas atuações. É uma pena ver o ótimo ator Richard Gere e Fanning em uma produção como esta, ‘The Benefactor’ é perda de tempo. 



NOTA: 4,3 



terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Crítica - 'Deadpool'


   ‘Deadpool’ inova os ares do universo da Marvel e carimba entre os melhores filmes baseado em quadrinhos. E a estréia do cineasta Tim Miller, não poderia ser diferente. Cumprindo a enorme expectativa de agradar todos os fãs desse universo, como também qualquer cinéfilo e quebrando o paradigma dos filmes de super-heróis.             

    Em apenas questão de segundos, o filme consegue arrancar a gargalhada do público logo na cena dos créditos. Em seguida, a trama acompanha o ex-militar Wade Wilson (Ryan Reynold) que após se apaixonar pela prostituta Vanessa (Morena Baccarin) é diagnosticado com câncer terminal, porém ele aceita uma proposta suspeita prometendo curá-lo.

   O roteiro não linear assinado por Rhett Reese e Paul Wernick (os mesmo de ‘Zumbilândia’) desfaz o modelo tão saturado dos filmes de super-heróis adicionando uma nova concepção e, a diversão é a chave de ‘Deadpool’.  São inúmeras piadas ao longo dos 110 minutos contendo cunho sexual, linguagem nerd; o filme é vulgar (dependendo do ponto de vista de cada um) e com uma explosão de referencia da cultura popular - passando pelo fracasso da carreira do ator Ryan Reynold, sobre o Liam Neeson, os ‘X-Men’, nem a estúdio da Fox se safa.                                       
    Apesar de o roteiro ser divertido e ágil, a narrativa é relativamente simples e previsível. Porém, o roteiro não – linear prende a atenção do espectador durante todo o filme em meio aos flashbacks transitando entre o presente e o passado explicando o porquê do herói estar ali, tornando a narrativa bem amarrada.                    

   Na trama temos três histórias: a origem do herói Deadpool, o romance e a vingança envolvendo os antagonistas Ajax (Ed Skrein) e Angel Dust (Gina Carano). Entretanto, os vilões não têm presença, principalmente a atriz Carano que não precisava existir na trama. Para compensar, Reynold finalmente se redime de seus fracos papeis caindo muito bem no despojado e tagarela Deadpool apresentando um timing cômico perfeito, e com uma ótima química com a atriz brasileira Baccarin (com uma boa atuação). Temos também o melhor amigo do herói interpretado por T. J. Miller que também entrega cenas hilárias.                                                                 

    Engraçado do inicio ao fim, o filme apresenta um ótimo ritmo graças à competência do trabalho de edição e excelentes movimentos de câmera nas cenas de ação. ‘Deadpool’ é violento e conta com uma ótima trilha sonora dos anos 80 e 90, ambos pontuados pelo humor, além de ser extremamente divertido recheado de metalinguagens. Parabéns, Tim Miller! Parabéns, ‘Deadpool’!
   Obs: Fique até o final dos créditos!

NOTA: 9,0


sábado, 13 de fevereiro de 2016

TOP 10: Melhores Filmes de 2015

Segue abaixo a lista dos dez melhores filmes de 2015 segundo o "Filme na Mente". Todos os filmes linkados direcionados para a crítica!


























MENÇÕES HONROSAS: 

* ANOMALISA

* SICÁRIO - TERRA DE NINGUÉM

* NO CORAÇÃO DO MAR

* O FILHO DE SAUL

* O PRESENTE

* PRESSÁGIOS DE UM CRIME (em breve) 

* COLINA ESCARLATE

* PERDIDO EM MARTE

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Crítica - 'Anomalisa'


     Bem-vindo as estranhezas de Charlie Kaufman no filme mais humano do ano, ou até da década protagonizados por marionetes na animação, ‘Anomalisa’. Com um dos melhores roteiristas em atividade, Kaufman coleciona obras impecáveis como ‘Quero Ser John Malkovich’, ‘Sinédoque Nova York’ e ‘Confissões de uma Mente ‘Perigosa’, o roteirista e agora diretor entrega novamente um trabalho incrível em mais um roteiro criativo, complexo, imergindo em um mundo singular de metalinguagens e reflexões existenciais. 

A animação em stop-motion acompanha Michael Stone, pai de família e referencia na área de atendimento ao cliente, que chega a cidade de Cincinnatti a trabalho. Desiludido com a vida e alheio a tudo, a rotina de Stone é depressiva e penosa, eis o motivo de ouvir vozes de mesmo som. Porém em sua viagem, o escritor conhece Lisa, uma mulher que o faz enxergar o mundo de outra maneira.           

   Dirigido por Kaufman e Duke Johnson, a escolha pela animação em stop motion e apenas três dubladores foi o ideal para acompanharmos a mente confusa do protagonista e entregar um tom melancólico durante quase todo o filme. Com um jogo de câmera interessante em plano-sequencia seguindo os passos do personagem ao ser hospedado no hotel Fregoli e concebendo uma profundidade de campo, tudo passa a ser mais agonizante e claustrofóbico, causando estranheza ao espectador. Afinal, isso é Kaufman.       

   Com os primeiros minutos marcando toda a apatia do personagem Stone através de momentos mundanos. O filme consegue transmitir toda a complexidade da relação humana de um cotidiano simples e comum de qualquer pessoa.

    Outro ponto de pura excentricidade é a maneira como o diretor lida uma marionete, um humano.  Tudo parece ser real, mesmo se tratando de uma animação - seja pela textura da pele e pelos olhares. Porém o filme reforça que aquele mundo só a bonecos a partir da câmera focar no perfil nos personagens e mostrar as linhas de montagem.    
 
    Indiferente, angustiante e esquisito, ‘Anomalisa’ é cheio de analises, cenas subversivos e não é para qualquer um.  Acima de 18 anos, o longa requer do espectador maior discernimento e pode soar entediante e insosso, porém traz um preceito muito forte, aborda a sociedade de maneira honesta e uma melhor analise da obra pode trazer mensagens apavorantes.
                                                                       
 
NOTA: 8,3

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Crítica - 'A 5ª Onda'


    Adaptar obras infanto – juvenis de ficção cientifica virou rotina no cinema atual. Foi apenas uma questão de tempo para Hollywood lançar uma nova trilogia com o propósito de conquistar todos adolescentes amantes deste gênero e os fãs do livro ‘A 5 Onda’.  Após tanto alarde de uma nova saga que traz a estrela Cloe Grace Moretz como protagonista e uma idéia que a principio parecia ser interessante, o filme é mais uma cópia dos demais.                              


   Baseado no best-seller de Rick Yancey, o foco da trama é apresentar uma invasão alienígena que tenta aniquilar a humanidade em quatro fases: cortar a energia do planeta, tsunamis, gripe aviária e dominação, alienígenas infiltrados entre os humanos, espalhando desconfiança entre todos. Com a quinta onda se aproximando prometendo acabar de vez com a raça humana, o filme acompanha a jornada da estudante Cassie Sullivan (Cloe Grace Moretz).                           
           
   Com uma narrativa em off da protagonista apresentando brevemente as quatros primeiras ondas, as surpresas da quinta onda é o foco da produção. Perdão da palavra se é que podemos chamar de surpresas. Ao longo da duração, muitas cenas são previsíveis e genéricas – assim como toda causa, já sabemos sua conseqüência, e as revelações leva o espectador pensar: É sério isso? (cena envolvendo o ator Alex Roe). Sem originalidade, impossível assistir o filme sem relembrar outras obras com idéias semelhantes, como ‘Independence Day’, ‘Epidemia’, ‘O Dia Depois de Amanhã’ e por ai vai.
 
    Dirigido por J. Blakeson, o cineasta não abre mão de trazer as telas mais uma clássica heroína frente ao mundo despótico e um romance juvenil. Com um ritmo ágil no inicio, o filme não se importa em desenvolver os personagens impedindo o espectador de se importar principalmente com a família de Cassie, porém os minutos iniciais funcionam bem, apresentando uma boa premissa.         

   Os problemas da trama começam a surgir quando Cassie conhece Evan Walker (Alex Roe), seu futuro par romântico. O romance se constrói se maneira forçada contendo diálogos tolos, risíveis (há uma cena nos últimos minutos no filme comprovando isso entre o ator Roe e Moretz), comprometendo não apenas a história como também o elenco.                                         

    O ponto positivo de ‘A 5 Onda’ é bom trabalho de Cloe Moretz transmitindo todo o carinho pela família, a desconfiança com todos, e logo de cara conquista a simpatia do publico.  Como em toda trilogia, o filme conta com o renomado ator Liev Schreiber para dar maior credibilidade a trama, vivendo o antagonista. As poucas cenas de ação são bem executadas, o filme apresenta bons enquadramentos e tem um valor de entretenimento. Fora isso, ‘A 5 Onda’ é a primeira grande decepção do ano de 2016.


NOTA: 5,0

domingo, 7 de fevereiro de 2016

'Deuses do Egito'



Bek (Brenton Thwaites) é um mortal pacato que se considera apenas mais um soldado, e que vive em um Egito ancestral dominado por deuses e forças ocultas. Quando o impiedoso Set (Gerard Butler), deus da escuridão, toma o trono da nação e mergulha a sociedade no caos, o jovem se unirá a outros cidadãos e com o poderoso deus Horus (Nikolaj Coster-Waldau), para formar uma expressiva resistência.

Lançamento: 25 de fevereiro de 2016
Gênero: Aventura, Fantasia
Dirigida por: Alex Proyas
Atores principais:
Gerard Butler, Nikolaj Coster-Waldau , Brenton Thwaites, Geoffrey Rush, Courtney Eaton
Nacionalidade: EUA


'Kung Fu Panda 3'



O sumido pai de Po (Jack Black) resolve visitar o filho e levá-lo para uma reunião familiar. No meio da confraternização, no entanto, o panda guerreiro é surpreendido por um espantoso vilão e recorre aos velhos amigos para treinar os moradores locais a fim de combater o ser malvado.

Lançamento: 3 de março de 2016
Gênero: Animação, Familiar, Aventura
Dirigida por: Jennifer Yuh Nelson, Alessandro Carloni
Atores principais:
Jack Black,Angelina Jolie Pitt, Dustin Hoffman
Nacionalidade: EUA




'50 Tons de Preto'




Paródia do popular filme Cinquenta Tons de Cinza, baseado no romance homônimo de E. L. James, e com elenco predominantemente negro.

Lançamento: 3 de março de 2016
Gênero: Comédia
Dirigida por: Michael Tiddes
Atores principais:
Marlon Wayans, Kali Hawk, Jane Seymour, Fred Willard, Mike Epps, Kate Miner, Tina Grimm, Affion Crockett, Andrew Bachelor
Nacionalidade: EUA

'Presságios de um Crime'




Um detetive do FBI está à caça de um perigoso serial killer (Colin Farrell), que vive fazendo jogos com suas vítimas. Para capturá-lo ele busca a ajuda de um médico aposentado, Drr. John Clancy (Anthony Hopkins), especialista em jogos do tipo, mas que se afastou do trabalho após a morte traumática de sua filha. Porém, Clancy muda de ideia ao conhecer a cética parceira de Joe, a agente especial Katherine Cowles (Abbie Cornish), e ter visões pertubadoras com ela.

Lançamento: 25 de fevereiro de 2016 (1h42min)
Dirigido por: Afonso Poyart
Atores Principais: Anthony Hopkins, Jeffrey Dean Morgan, Abbie Cornish.
Gênero: Suspense , Fantasia , Policial
Nacionalidade: EUA


'Orgulho e Preconceito e Zumbis'



Inglaterra, século XIX. Uma misteriosa praga espalha zumbis por todos lados, mas Elizabeth Bennet (Lily James), especialista em artes marciais e no manuseio de armas, está preparada para enfrentar os piores mortos-vivos. O que a incomoda de verdade é ter que conviver e lutar ao lado do arrogante Sr. Darcy (Sam Riley)...

Lançamento: 25 de fevereiro de 2016 (1h48min)
Gênero: Ação, Comédia, Terror, Romance
Dirigida por: Burr Steers
Atores principais:
Lily James, Sam Riley, Bella Heathcote, Lena Headey, Douglas Booth, Jack Huston, Matt Smith, Charles Dance, Suki Waterhouse, Ellie Bamber.

Nacionalidade: EUA



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Crítica - 'Spotlight - Segredos Revelados'


     ‘Spotlight – Segredos Revelados’ comprova que é possível entregar uma excelente história sem investir em truques pirotécnicos para atrair cada olhar do público. Contando da maneira mais cuidadosa possível uma chocante história real, e até de modo convencional, o diretor Tom McCarthy (‘Trocando os Pés’) consegue prender o espectador em uma trama que tinha tudo para ser impertinente.

     A trama baseado em fatos reais apresenta a equipe de editorial do jornal Boston Globe, chamada de Spotlight, responsável por investigar casos especiais. No ano de 1976, o grupo tem a difícil investigação de desvendar os escândalos envolvendo a Igreja Católica e a arquidiocese local, que ocultou vários casos de abuso sexual de menores de seus sacerdotes.          

    E o filme atrai o espectador não apenas pelo peso de sua história, como também de seu forte elenco. A equipe Spotlight é composta pelos repórteres: Michael Rezendes (Mark Rufallo), Sacha Pfeiffer (Rachel McAdams), Matty Caroll (Brian James) e o editor chefe Walker Robinson (Michael Keaton). Todos com distintas personalidades, os atores trabalham de maneira orgânica sem entregar cenas grandiosas, mas entregando maior realidade a trama. E todo o elenco, sem exceção, está ótimo.                       

      Com uma direção segura de McCarthy também entregando o realismo sem exagerar no jogo de câmera e dando espaço para seu numeroso elenco. O cineasta conta com um roteiro linear e amarrado surpreendendo o espectador a cada uma nova descoberta, tornando o enredo cada vez mais interessante e chocante no decorrer na produção à medida que a equipe começa a entrevistar as vítimas sobreviventes submetidos a perversidade da Igreja Católica. Porém a obra se torna repetitiva em suas cenas, muito delas são corriqueiras e poucas são memoráveis.           


   Mesmo assim, ‘Spotlight – Segredos Revelados’ é uma ótima opção para quem gosta de investigação jornalística, narra uma história chocante, conta com um elenco de primeira acarretando em uma ótima dinâmica da equipe Spotlight e, com certeza, é um dos melhores filmes do ano, merecedor de receber uma indicação ao Oscar 2016.


NOTA: 8,5

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Crítica - 'Kingsman - Serviço Secreto'


    Conhecido nos ótimos trabalhos em ‘Kick Ass’ e ‘X-Men – Primeira Classe’, o diretor Matthew Vaugh repete mais uma vez seu talento nos presenteando nesse inicio de 2015 com seu novo filme - ’Kingsman – Serviço Secreto’. Também roteirista, Vaugh encontrou a combinação perfeita para entreter o publico com ótimas cenas de ação, um leve humor, o uso da violência (conhecido em seus outros filmes), mas nunca perdendo a elegância e nos lembrando dos antigos 007.                       


            Adaptado em uma série de quadrinhos escrita por Mark Millar, o filme conta com um elenco de primeira, apresentando personagens únicos como Harry (Colin Firth), um integrante de agência de espionagem e Richmond Valentine (Samuel L. Jackson), o vilão megalomaníaco. E narra dois lados: um jovem (Taron Egerton) realizando testes para fazer parte da agência Kingsman e os planos maquiavélicos do vilão com sua assistente Gazelle para dominar o mundo.                                         

         Desde ao estreante Taron Egerton ao Oscarizado Colin Firth todos se saíram muito bem. Com grandes destaques para Firth surpreendo nas cenas de ação deixando todo mundo de boca aberta e nunca perdendo a elegância atrás dos belos ternos e L. Jackson mostrando estar sempre à vontade com seu papel equilibrando sua crueldade com toque de humor. O filme ainda conta com Mark Strong, Michael Caine e Sophie Cookson.    

     Homenageando os filmes de 007 na década de 70 e 80, apresentando até vilões com personalidades parecidas. Dessa vez não é os J.B como James Bond, Jason Bourne ou Jack Bauer que o roteiro faz questão de lembrar, mas sim Harry Hart. Devemos também lembrar que o filme não deve ser levado a sério, pois as cenas de ação comprovam isso. Entretanto, são extremamente empolgantes, contando com ótimas filmagens de Vaugh utilizando do time- lapse(as vezes até com plano seqüência)  e perfeitas montagens para melhor compreensão da ação e atraindo e chocando vários olhares ao mesmo tempo; e talvez vamos vivenciar a melhor cena de ação do ano (na igreja).                                       
                                                                               

      O único problema do longa é seu ritmo apresentando cenas repetidas e exageradas nos  momentos de ação não sabendo a hora de parar. Por isso, o filme conta com 129 minutos. Apesar disso, vamos nos encantar com os belos cenários, figurinos, manipulação de cores e uma trilha sonora nota 10 (com rock e pop) - o encaixe impecável , e repito mais uma vez empolgando e divertindo o espectador com cenas impressionantes.

NOTA: 8,5


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Crítica - 'Divertida Mente'


       A magia da Pixar está de volta em ‘Divertida Mente’.  Com a fama de criar um universo único, divertido e criativo além de nossas imaginações como feito nos ótimos ‘Toy Story’, ‘Procurando Nemo’, ‘Wall-E’ e ‘Up – Altas Aventuras’. Agora foi a vez de nos presentear, com inteligência e coração uma de suas melhores animações, trazendo outra vez um mundo novo e bem explorado - a mente humana.      

      Em sua 15ª longa – metragem, a Pixar mais uma vez inovou com uma idéia incrivelmente original e psicologicamente genial retratando a forma de pensar do ser humano de maneira divertida. Com um roteiro brilhante, a aventura se passa na sala de controle da mente de uma menina de 11 anos chamada Riley, guiadas pelas cincos emoções: alegria, tristeza, raiva, nojinho e medo. Acompanhando seu comportamento após mudar de sua cidade natal para São Francisco.


    Dirigido em três planos de ação pelo ótimo Pete Docte, acertando na dosagem perfeita para cada plano concebendo um bom ritmo ao filme. Na primeira e a principal delas, é a aventura entre as emoções alegria e tristeza na cabeça de Riley; a segunda é o comando da sala de controle pelas emoções: raiva, nojinho e medo; e a terceira tem a relação de Riley e seus pais. Outro destaque para o filme, fica por conta das vozes interpretadas por: Amy Poehler, Phyllis Smith e Bill Hader combinando perfeitamente com seus personagens. Se puder assistir legendado, assista!       

     Com uma execução primordial, cores compondo as cinco emoções de maneira inteligente, e a aventura da alegria e tristeza muito bem explorada na mente da protagonista apresentando cenas divertidas, e extremamente criativas contando com um leve toque de humor (que por sinal funciona muito bem!) entretendo tanto o publico infantil como os adultos.  Porem, não é um filme muito voltado ao publico infantil por trazer algumas questões maduras.                                                                                                                                                                   

    Fazendo o espectador passar por todas as emoções possíveis durante essa divertida mente e torcendo pela Alegria em sua jornada. Com seu belo e comovente ultimo ato levando boa parte do espectador aos prantos e passando uma mensagem forte. É impressionante como a Pixar consegue inovar depois de tantos anos entregando mais uma obra prima com brilhantismo e carinho.

NOTA: 9,0


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Crítica - 'O Regresso'


    Difícil comentar de ‘O Regresso’ sem falar da 5ª indicação do excelente Leonardo DiCaprio para o Oscar 2016. Já faz um bom tempo que o astro vem mostrando ser um dos melhores atores da atualidade, e aqui não é diferente, mesmo com poucas falas o ator rouba a cena. Há quem pense que o filme é apenas Dicaprio! Outro grande nome dessa produção é o diretor Alejandro Iñárritu emendando mais um trabalho fantástico após ganhar o Oscar em ‘Birdman ou (A inesperada Virtude da Ignorância)’ se consagrando entre os grandes de Hollywood.                                 

      Com o roteiro assinado pelo próprio diretor ao lado de Mark. L. Smith, baseado na obra homônima de Michael Punke, ‘The Revenant’ (do original) conta a história real do ilustre explorador Hugo Glass (DiCaprio) que é abandonado pela sua equipe após ser atacado por um urso. Lutando para sobreviver em um ambiente hostil, Glass encontra forças para vingar de John Fitzgerald (Tom Hardy), homem que matou seu único filho a sangue frio.                 
         
      E nada mais justo dispor de Leonardo DiCaprio como o grande protagonista. A jornada não é apenas marcada pela vingança, mas sim pelas as mais violentas e ardentes ações da natureza e, isso é a alma do filme. Do inicio ao fim o longa surpreende com os fatos acontecidos nessa trajetória e ficamos fascinados por ser uma história real. O desejo de vingança que conduz Glass impressiona, e para essa façanha DiCaprio vive o personagem com perfeição, mesmo com poucas falas, em suas expressões faciais o ator consegue transmitir o sofrimento, coragem e ódio.
   
      Nessa constante luta pela sobrevivência, o diretor Iñárritu lidou com uma fotografia em primeiríssimo e primeiro plano e não deixou de lado o plano-sequência visível no inicio e durante o longa, causando ao espectador uma angustia tremenda com cenas impactante (com destaque a cena do ataque do urso) e ódio prendendo a atenção do publico.                      
     Agora o principal destaque dessa produção é a fotografia de Emmanuel Lubezki. Conhecido com os trabalhos impecáveis em ‘Gravidade’, ‘Birdman’ e ‘Arvore da Vida’, e vencedor de dois Oscar tem tudo para ganhar seu terceiro esse ano.  Esse filme é sem duvida, um dos mais lindos dessa década e o melhor de sua carreira. A cada frame é um fascínio visual. A fotografia neblinada e compostas com cores gélidas, além de ser deslumbrante é muito bem pensada manipulando as cores conforme as emoções de Glass, predominando a cor cinza, azul e vermelho. 

      Com seus longos 150 minutos, o filme poderia ser resumido e 30 minutos a menos não interferiria na trama.  Com um final pouco impactante, ‘O Regresso’ é um dos filmes mais lindos dos últimos anos apresentando cenários incríveis e uma direção de arte de primeira qualidade, traz grandes nomes do cinema atual e deixa uma pergunta no ar: Será o ano de Dicaprio?

NOTA: 8,5



Crítica - 'Que Horas Ela Volta?'


     O cinema brasileiro nunca foi referencia no mundo e ate mesmo é menosprezado pelos próprios brasileiros. Com a visão das comédias deploráveis fazendo parte do nosso cotidiano, muitos filmes acabam passando em vão. Em um lugar onde poucos filmes são reconhecidos, um nome chamado Anna Muylaert veio para fazer história em nosso cinema nacional em 'Que Horas Ela Volta?'

   Mais uma vez em nosso cinema, o retrato do país é a premissa. A cineasta e roteirista Muylaert aborda a questão da classe social de maneira quase sutil ao retratar os problemas sociais com momentos apontando o dedo para a classe mais privilegiada.  Apesar disso, com um ritmo vagaroso e agradável em uma edição lenta e bem realizada tudo flui com naturalidade por consideração as surpreendentes atuações e uma segura direção.   

   A carinhosa nordestina Val (Regina Casé) trabalha de empregada doméstica há mais de uma década para uma família de classe media alta em São Paulo, inclusive mora em um puxadinho na casa dos patrões sendo considerada “quase da família”.  Ela não vê sua filha Jéssica (Camila Márdilla) há mais de dez anos e Val concebe seu tempo para cuidar do adolescente (Michel Joelsas), eis que sua filha a liga avisando que chegara a São Paulo para prestar um vestibular.

   A chegada da garota causa um reboliço na dinâmica familiar.  Não existem limites para a curiosa e estudiosa Jéssica, preparando para o vestibular ela busca um melhor conforto dentro de casa e para isso conquistou o carinho do patrão (Lourenço Mutarelli) e um novo amigo Fabinho, mas o olhar da patroa resumia uma certa desconfiança. Inteligentemente a direção de Muylaert focou na porta da cozinha representando uma divisão das classes, soube dar importância a todos os personagens nunca esquecendo o drama, apesar de apresentar um subtrama desnecessário: a relação de Jéssica e o senhor.

 Quem diria? Regina Casé esta surpreendente, ela não atua, e sim vive a personagem caindo perfeitamente no papel transmitindo uma leveza para a trama sem tornar o drama pesado e com uma química fantástica com Márdilla, outro grande destaque da produção. Ambas, deram um show de interpretação em uma cena no final do filme. Karine Teles também tem um papel relevante a trama, já as interpretações de Mutarelli e Joelsas não convence.    


  Cinematograficamente requintado com uma boa fotografia em plano aberto com o uso de silhueta e contra-luz e uma estrutura forte da narrativa, ‘Que Horas Ela Volta?’ é bastante eficiente explorando a distinção das classes sociais no Brasil, imprimi um ponto de vista social sério e muito inteligente. O filme também prova que o nosso cinema é capaz de realizar obras e não afronta.    

NOTA: 8,2