Estreias

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Crítica - 'Kill Command'


    São muitos os filmes que recorrem à premissa humanos versus máquinas e “Kill Command” é mais um deles. Roteirizado e dirigido pelo estreante Steven Gomez, o cineasta não faz feio atrás das câmeras, mas seu roteiro simples e pouco original é mais um filme qualquer do gênero.   

  Em um futuro próximo, a simples trama acompanha  um grupo  enviado para um local hostil com o preceito de treinar suas habilidades contra as maquinas, porém algo sai do controle e eles precisam contar com a ajuda da robô (Vanessa Kirby) para derrotar uma temível maquina.    

  Com um roteiro repleto de diálogos triviais, marcado pela falta de desenvolvimento de personagem fazendo com que o publico não importe com nenhum deles, e acontecimentos rasos pouco impactantes, restou ao cineasta Gomez convencer atrás das câmeras. As cenas de ação são empolgantes e muito bem coordenadas, variando ótimas tomadas em meio primeiro plano e até mesmo em contra-plogée.             

   Outro acerto do cineasta é na estética do filme. A fotografia dessaturada foi perfeita para a criação de um clima carregado em meio ao local de treinamento do grupo, além de ser vistosa nos trabalho de silhuetas e associada com um bom CGI (apesar de algumas cenas serem visível uma tela verde) – méritos para o interessante visual do vilão do filme (na imagem).                

    Com um roteiro batido e desinteressante contemplado pelas fracas atuações, “Kill Command” empolga apenas em seu final em um trabalho razoável do estreante Steven Gomez.

NOTA: 5,6


                       

domingo, 19 de junho de 2016

'Caça - Fantasmas'





Atualmente uma respeitada professora da Universidade de Columbia, Erin Gilbert (Kristen Wiig) escreveu anos atrás um livro sobre a existência de fantasmas em parceria com a colega Abby Yates (Melissa McCarthy). A obra, que nunca foi levada a sério, é descoberta por seus pares acadêmicos e Erin perde o emprego. Quando Patty Tolan (Leslie Jones), funcionária do metrô de Nova York, presencia estranhos eventos no subterrâneo, Erin, Abby e Jillian Holtzmann (Kate McKinnon) se unem e partem para a ação pela salvação da cidade e do mundo.

Data de Lançamento: 14 de julho de 2016
Direção: Paul Feig
Elenco: Kristen Wiig, Melissa McCarthy, Leslie Jones
Gênero: Ação, Comédia, Fantasia
Nacionalidade: EUA


'O Caseiro'





Davi, um cético professor de psicologia, é famoso por escrever um livro que explica aparições sobrenaturais através da psicanálise. Após anos sem atender pacientes, ele viaja para o interior buscando investigar o caso de um homem que acredita que sua filha vem sendo assombrada pelo fantasma do antigo caseiro de sua propriedade, que se suicidou.

Data de lançamento: 23 de junho de 2016
Direção: Julio Santi
Elenco: Bruno Garcia, Malu Rodrigues, Denise Weinberg
Gênero: Suspense, Terror
Nacionalidade: Brasil


sexta-feira, 17 de junho de 2016

Crítica - 'Irmão de Espião'


     ‘Irmão de Espião’ comprova a falta da dupla Sacha Baron Cohen e do cineasta Larry Charles. Ambos conhecidos pelas comédias de ‘Brüno’, do recente ‘O Ditador’ e principalmente em ‘Borat’, aqui o filme é mais uma tentativa de se consolidar como uma típica filmografia de Cohen sob o um novo comando: o diretor francês Louis Leterrier.   

    Na trama, o fanático pelo futebol Nobby (Sacha Baron Cohen) espera pela oportunidade de rever seu irmão Sebastian (Mark Strong), após serem separados quando pequenos. No planejado encontro, Nobby descobre que seu irmão é um espião da MI6 e pretende ajudá-lo em sua missão para salvar a copa do mundo das mãos de um grupo terrorista.                      
 
    A trama é a mais simples possível e recheada de humor físico, pejorativo e até mesmo negro, afinal é Cohen. Porém, mais da metade das piadas não funcionam, algumas soam de mau gosto e essa nova parceira do ator com o cineasta Leterrier é ultrajante. São evidentes as inúmeras escolhas erradas adotadas do cineasta durante a trama - seja nos flashbacks, nas confusas tomadas aparentemente simples, tomadas em primeira pessoa lembrando a estética de games, péssimas edições e até mesmo uma trilha sonora excessiva. 

    Com atuações caricatas, em seus rápidos 85 minutos ‘Irmão de Espião’ tem um pequeno valor de entretenimento, diverte em alguns momentos e tem Cohen sendo Cohen.                        
 

NOTA: 5,5       



 

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Crítica - 'Invocação do Mal 2'


    São raros filmes de terror manter uma ótima regularidade em sua sequência e ‘Invocação do Mal 2’ deixa dúvidas de sua superioridade com seu antecessor. Com grandes expectativas devido ao sucesso de seu precursor em 2013 e por manter o mesmo diretor, essa continuação certamente irá correspondê-la, assim como consagra de vez James Wan o mestre do terror da atualidade.     

      Baseado em fatos reais, especificamente no caso Enfield Poltergeist, registrado no final da década de 1970. O casal Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson) viaja a Inglaterra para investigar uma família supostamente atormentada por um espírito maligno envolvendo a pequena criança Janet (Madison Wolfe).    

   Dirigido novamente por James Wan, o cineasta sabe como ninguém lidar com a mente humana criando um senso de acomodação e tensão impecável. Mostrando-se sólido atrás das câmeras no gênero que conhece muito bem, Wan imprime uma direção rica lidando com tracking shots, steadicam, planos-sequencias e transições de foco manipulando a visão do espectador passando uma sensação de que algo está sempre prestes a acontecer. E sempre no apagar nas luzes (ou não), prepare-se!               
     
  Sua visão para o terror é inegável e a tensão criada ao longo da trama é arrepiante. Além de bom desenvolvimento dos personagens e dos ambientes - a fotografia, a direção de arte e o design de som são meticulosos contribuindo para acentuar a aflição. O filme é bem iluminado a base de tons escuros e quentes, a direção de arte é cuidadosa causando calafrios em cada detalhe do cenário, assim como a trilha sonora passando do espanto a ternura (temos até a famosa música ‘Can’t Help Falling In Love’ como exemplo).

    Aqui ‘Invocação do Mal 2’ tem mais tempo para construir o casal protagonista e novamente Vera Farmiga repete mais uma ótima interpretação, como fez no primeiro filme,o ator Patrick Wilson tem mais a mostrar. Mas quem realmente rouba a cena e a menina Madison Wolfe - sua atuação é um absurdo, é bom ficar de olho nesse nome. Temos no elenco ainda Frances O’Connor, Simon McBurney e Steve Coulter, todos bem.         

    Baseado em fatos reais o que torna o filme mais assustador,  ‘Invocação do Mal 2’ apresenta alguns  clichês  durante a trama e sua solução acaba sendo muito rápida.  Porém, possui sequências intensas e de constante medo reservando jumpscares que farão todos pular da cadeira, uma presença demoníaca aterrorizante, uma tensão genuína criada das mãos de um grande diretor do gênero, gera dúvidas de sua superioridade com seu antecessor e seus créditos finais apresentando o relato por fotos é arrepiante.


NOTA: 8,0


terça-feira, 7 de junho de 2016

Crítica - 'Tempo Limite'


    ‘Tempo Limite’ é mais uma prova que o gênero crime vem sendo subestimado nos últimos anos. Sem pretensão, o desconhecido cineasta Peter Billingsley caiu no senso comum em uma trama convencional apostando apenas em um elenco carismático, o ator Vince Vaughn e a atriz Hailee Steinfeld. 

    A trama acompanha Nick Barrow (Vince Vaughn), um golpista que tira vantagens de outras pessoas vendendo planos de assalto. Porém, em um de seus planos ele é acusado de assassinar o filho de um traficante de drogas e para isso ele precisa provar sua inocência e ao mesmo tempo proteger sua filha Cate (Hailee Steinfeld). 

  É visível a inspiração do cineasta em outros filmes do gênero, porém ele copia muitos elementos e lembra bastante a fórmula Guy Ritchie. Exemplos são visto na utilização da narrativa em off apresentando brevemente os personagens e em outros momentos empregando sem a menor necessidade quebrando o ritmo do filme, outro exemplo é a comédia ( que não funciona!), as cenas de ação são pouco empolgante em uma edição pouco precisa tornando o longa desgastante, e no roteiro apostando em personagens convencionais.      

  Temos o protagonista imunizado, uma adolescente rebelde e vilões estereotipados. O ponto positivo da trama acaba sendo a razoável atuação de Vaughn e a boa atuação da jovem atriz Steinfeld mostrando carisma na pele da adolescente agressiva e ao mesmo tempo um bom coração, afinal acreditamos no amor paternal. Já os vilãos não têm muito a apresentar pela enorme falta de desenvolvimento.     

   Sem nada de inovador, mas com algumas cenas e diálogos interessantes de como Barrow elabora seus planos para fugir dos momentos difíceis, ‘Tempo Limite’ é mais uma cópia dos demais.

NOTA: 5,0


domingo, 5 de junho de 2016

'Procurando Dory'




Um ano após ajudar Marlin (Albert Brooks) a reencontrar seu filho Nemo, Dory (Ellen DeGeneres) tem um insight e lembra de sua amada família. Com saudades, ela decide fazer de tudo para reencontrá-los e na desenfreada busca esbarra com amigos do passado e vai parar nas perigosas mãos de humanos.

Data de lançamento 30 de junho de 2016 (1h 35min)
Gênero: Animação, Aventura, Familiar
Dirigida por: Andrew Stanton
Atores principais:
Ellen Degeneres, Albert Brooks,Idris Elba
Nacionalidade Eua


'A Última Premonição'




“Deixando o estilo de vida agitado da cidade para trás, jovem que logo-será-mãe Eveleigh (Isla Fisher) junto ao seu marido David (Anson Mount) mudam para seu belo lar em um vinhedo para ser atormentada por terríveis ruídos e visões de uma figura encapuzada sinistra. Ninguém mais ouve ou vê essas alucinações, nem mesmo David, que fica cada vez mais preocupado com o bem-estar de sua esposa.
Desesperado para provar a sua sanidade, Eveleigh persegue moradores que revelam a história assombrada do vinhedo no qual ela agora reside. Mas quando as peças se juntam, a resposta é muito diferente – e mais perigosa para ela e seu bebê – do que ela jamais imaginou.”

Data de lançamento 30 de junho de 2016 (1h 23min)
Gênero: Terror
Dirigida por: Kevin Greutert
Atores principais:
Isla Fisher, Eva Longoria, Anson Mount, Jim Parsons, Gillian Jacobs
Nacionalidade Eua


quinta-feira, 2 de junho de 2016

Crítica - 'Triple 9 (Triplo 9)'


     A expectativa para assistir filmes de John Hillcoat é notável, pois seus trabalhos em ‘A Estrada’, ‘Os Infratores’ e ‘A Proposta’ não deixa dúvidas. Além dele, ‘Triplo 9’ surpreende por trazer um elenco de primeira, chamando atenção de vários espectadores em seu thriller de ação. Porém, tal surpresa ficou apenas no papel.  

   Na trama um grupo de policiais corruptos (Anthony Mackie, Aaron Paul, Clifton Collins Jr, Chiwetel Ejiofor e Norman Reedus) organizam um grande golpe contra o Departamento de Segurança sob o comando de Irina (Kate Winslet), líder da máfia russa. Para tirar atenção das autoridades, o grupo planeja matar um jovem membro da policia de LA, gerando o código 999. Em meios aos escândalos na cidade, resta ao policial Chris Allen (Casey Afleck) e o detetive (Woody Harrelson) juntar as peças e impedir o grande roubo.         
                  
     Com grandes expectativas, o filme começa a todo vapor. Em questão de segundos a ação domina diante de um assalto a um banco seguido de uma intensa perseguição, empolgando qualquer espectador.  A partir daí, a trama passa a ficar desinteressante apresentando todos os seus personagens com pouco desenvolvimento e com pontas soltas em seu roteiro, devido a ‘Triplo 9’ sempre querer buscar o imprevisível que acaba por ser mal utilizado e tornando o filme confuso.                              

    Por conseguinte, a falta de desenvolvimento dos personagens acaba recaindo nas atuações de bons atores.  Sem muito a fazer, Winslet tentou ao máximo dar peso ao seu personagem pouco explorado e envolvido em uma subtrama desprezível, Woody Harrelson está bem lembrando seu personagem da série ‘True Detective’, assim como os restantes do elenco (Teresa Palmer, Aaron Paul, Chiwetel Ejiofor e Anthony Mackie), com méritos a Casey Affleck na pele do personagem mais interessante da trama.          

   O filme volta a ficar bom nos minutos finais criando um clima de mistério cercando o grupo de policiais corruptos e um interessante desfecho. Com grandes nomes em sua produção e bons momentos, seu enredo instável faz de ‘Triplo 9’ o pior trabalho de Hillcoat.


NOTA: 6,2