Estreias

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Crítica - 'Pandemia (2016)'


 “Pandemia” é mais um daqueles filmes difíceis de assistir. Pouco comentado, o filme sobre apocalipse não apresenta nada de inovador, foge dos padrões cinematográficos se aproximando de jogos de vídeo games e, até mesmo os fãs do gênero tem tudo para decepcionar.                                                                  
A trama é a mais trivial possível, é a velha história de um vírus que infecta a população, restando apenas um grupo tentando sobreviver em um mundo hostil para encontrar a cura. O foco narrativo se passa na visão de Lauren (Rachel Nichols), uma médica que se junta com um grupo de atiradores de elite a fim de encontrar sua família e os poucos sobreviventes não infectados.                                

 Dirigido pelo fraco John Suits (‘Breathing Room’), o cineasta mais uma vez não convence ao optar por filmar praticamente os 90 minutos em primeira pessoa beirando a games de zumbi. Resultado: as cenas de ação são incompreensíveis, a câmera tremida tira o espectador do filme, a trilha sonora é forçada para causar sustos, por outro lado Suits consegue em apenas uma cena trazer pavor e aflição.                           
   
         Mas nada supera o roteiro.  O roteiro é desleixado, tudo acontece sem um mínimo de explicação e os clichês estão todos aqui. Diante de tantos erros quem acaba tendo um pequeno destaque é a atriz Rachel Nichols sendo a peça central para o filme funcionar, nem o ator Alfie Allen (o Fedor de ‘Game of Thrones’) e a atriz Missi Pyle salvam o fiasco da produção. Com um final deplorável, “Pandemia” é  grande para a disputa dos piores filmes do ano. 
       

NOTA: 2,0


domingo, 24 de abril de 2016

'Jogo do Dinheiro'




Lee Gates (George Clooney) dá dicas de investimentos e presta consultoria financeira para os espectadores em um programa de televisão. Durante uma transmissão é feito refém ao vivo. Kyle (Jack O'Connell), o invasor, perdeu tudo que tinha após seguir um conselho de Gates e agora quer explicações. Enquanto a tensão aumenta, a audiência alcança níveis estratosféricos.


Data de lançamento: 26 de maio de 2016 (1h 35min)
Gênero: Drama, Thriller
Dirigida por: Jodie Foster
Atores principais:
George Clooney, Jack Oconnell, Dominic West, Julia Roberts, Caitriona Balfe, Giancarlo Esposito, Emily Meade, Condola Rashad, Olivia Luccardi

Nacionalidade: Eua



'X-Men: Apocalipse'



“Apocalypse acontece uma década após Dias de Futuro Esquecido e, é um próximo passo simples na história. A alteração de tempo desencadeou um novo e único e poderoso inimigo. Charles (James McAvoy), Erik / Magneto (Michael Fassbender), Raven / Mística (Jennifer Lawrence), Wolverine (Hugh Jackman) e Hank / Fera (Nicholas Hoult) juntam-se a jovens Ciclopes, Tempestade, Jean e outros X-men e ainda devem lutar contra seu inimigo mais formidável – uma antiga força implacável determinado a causar um apocalipse, ao contrário de qualquer outro na história da humanidade.”

Data de lançamento: 19 de maio de 2016
Gênero: Ação, Superherói
Dirigida por: Bryan Singer
Atores principais:
James McAvoy, Michael Fassbender, Nicholas Hoult, Jennifer Lawrence, Oscar Isaac, Evan Peters, Rose Byrne, Sophie Turner, Olivia Munn, Tye Sheridan,
Nacionalidade: Eua


'Alice Através do Espelho'




“Quando Alice (Mia Wasikowska) acorda no País das Maravilhas, ela deve viajar através de um novo mundo misterioso para recuperar um cetro mágico, que pode parar o perverso Senhor do Tempo (Sacha Baron Cohen) antes que ele mude o relógio para a frente e transforme o país das maravilhas em um improdutivo velho mundo sem vida. Com a ajuda de alguns novos amigos, Alice também deve descobrir um plano maligno para colocar a Rainha de Copas (Helena Bonham Carter) de volta ao trono.”

Data de lançamento: 26 de maio de 2016
Gênero: Aventura, Familiar, Fantasia
Dirigida por: James Bobin
Atores principais:
Mia Wasikowska, Johnny Depp

Nacionalidade: Eua


quinta-feira, 21 de abril de 2016

Crítica - 'Mogli - O Menino Lobo'



   A Disney vem com uma onda de adaptações clássicas para o cinema realizado em live-action. Foi assim nos recentes ‘Malévola (2014)’ e no surpreendente ‘Cinderela (2015)’, este ultimo chegando até mesmo a ser indicado nas categorias técnicas do Oscar. Agora o “estúdio mágico” reforça os ótimos termos técnicos no moderno e intenso, “Mogli – O Menino Lobo”. 

   Para quem não conhece a história, a trama acompanha as aventuras do menino Mogli (Neel Sethi) que foi criado por lobos em uma selva localizada na região da Índia, após ter sido salvo da morte pela pantera Bagheera. Tudo muda com a chegada do tigre Shere Khan impedindo a convivência do pequeno garoto com os animais o vendo como uma ameaça e batendo de frente com seu protetor.                           

     A direção assinada por Jon Favreau (‘Homem de Ferro’) é competente ao inserir a narrativa em off para o melhor desenvolvimento do conto tornando a história coesa e concedendo um toque de fábula. O diretor também traz uma leveza para o filme utilizando sempre cores vivas para compor o cenário, o valor familiar e a comédia, porém seu grande problema é a mudança do tom do filme de cenas infantis para as mais amedrontadoras. Esta nova versão de Mogli tem maior intensidade para o publico infantil, rendendo situações assustadoras e mortes.            

   E os efeitos visuais não poderiam deixar de ser comentado, são simplesmente o melhor e o mais impressionante aspecto do filme. Atualmente muitos filmes vêm recebendo críticas por esquecer o conteúdo narrativo e abusar dos recursos técnicos, mas aqui é diferente. O CGI contribui para a história, o universo criado é imersivo trazendo maior realidade à trama, os cenários são de encher os olhos, e os animais feitos com o CGI fotorrealista parecem ser de verdade, em seus movimentos, sentimentos e com vozes espetaculares composta por um elenco de primeira. 


    Todos estão ótimos, com grande destaque a Bill Murray (o urso Baloo), Idris Elba (Shere Khan), Scarllet Johansson (cobra Kaa), Ben Kingsley (Bagheera) e Christopher  Walken (Rei Louie). Se tiver oportunidade de assistir legendado e em 3D, assista!                 

    Apesar de a trama ser previsível, as aventuras pelas quais o menino Mogli enfrenta diverti o público de qualquer idade e o ator mirim conduz bem a história interagindo com os animais trazendo ao espectador um universo crível. “Mogli – O Menino Lobo” não encontra o tom perfeito do filme, pode soar violento para o publico infantil, as canções são forçadas, porém traz uma nova versão muito interessante, vale para qualquer idade e, é um espetáculo visual que merece ser visto no cinema.
     
NOTA: 7,7


segunda-feira, 18 de abril de 2016

Crítica - 'Os Outros (2001)'


    Um dos melhores filmes de suspense do século XXI e até mesmo do cinema é, certamente, ‘Os Outros (2001)’. Contando uma historia com um ponto de vista muito interessante reservando um plot twist fascinante, o cineasta Alejandro Amenábar consagrou seu nome em Hollywood por dar novas idéias ao gênero e merece a atenção de todos para seus projetos vindouros.  

   No cenário da 2ª Guerra Mundial, Grace (Nicole Kidman) decide-se mudar para uma mansão isolada na ilha de Jersey com seus dois filhos, a fim de esperar seu marido voltar da guerra.  Como os dois filhos possuem uma doença rara, Grace toma certas regras na mansão que podem ser quebradas com a chegada de uma família de empregados.                                                                 

    A trama é interessante e ‘The Others’ (do original) não merece destaque apenas pelo seu roteiro instigante e inteligente, mas sim pela maneira como o cineasta desenvolve a narrativa e pelas excelentes atuações. Amenábar não se prende apenas ao suspense e da um toque de terror a obra com a câmera flutuando em todos os cômodos da mansão e trazendo cenas de arrepiar, como a cena da sala do piano e a da filha de Grace vestida de noiva. O filme ainda reserva apenas um jump scare de arrepiar!

   Quem também está excelente é Nicole Kidman, com uma atuação nível Oscar demonstrando todo o medo pela mansão, o carinho pelos filhos e a desconfiança com os empregados. As atuações do elenco mirim é um show a parte, pela Alakina Mann vivendo a filha revoltada e corajosa sempre enfrentando os fantasmas, e o filho medroso interpretado por James Bentley. E Fionnula Flanagam não fica para trás transitando muito bem de uma empregada sempre calma, atenciosa, prestativa a uma figura mais macabra.                                                            
                                        
    Com um roteiro assinado pelo próprio Amenábar, também responsável pela trilha sonora sinistra. O cineasta concede um clima soturno a obra com uma competente fotografia escura e tons alaranjados, um jogo de luz e sombra perfeito em contraste com a fisionomia de Kidman e a neblina em volta da mansão. O grande mérito de ‘Os Outros (2001)’ é induzir o espectador a ver o outro lado da moeda. Quem viu sabe, quem não viu... Veja!


  NOTA: 9,3

domingo, 17 de abril de 2016

'Vizinhos 2'






Com um novo bebê a caminho, Mac (Seth Rogen) e Kelly Radner (Rose Byrne) decidem vender a casa e mudar-se para o subúrbio. Entretanto, uma nova fraternidade, mais estrondosa que seus antigos vizinhos, assumem a casa ao lado. Liderada por Shelby (Chloë Grace Moretz), as meninas do Kappa Nu pretendem mostrar que sabem fazer uma festa bem melhor que os meninos. A fim de que a paz na vizinhança seja restaurada e a venda de sua casa concretizada, Mac e Kelly convocam sua arma secreta: Teddy (Zac Efron).

Data de lançamento: 19 de maio de 2016
Gênero: Comédia
Dirigida por: Nicholas Stoller
Atores principais:
Seth Rogen, Zac Efron, Rose Byrne, Dave Franco, Chloe Grace Moretz, Selena Gomez, Kiersey Clemons, Ike Barinholtz, Beanie Feldstein
Nacionalidade: Eua



sábado, 16 de abril de 2016

'Capitão América - Guerra Civil'



Steve Rogers (Chris Evans) é o atual líder dos Vingadores, super-grupo de heróis formado por Viúva Negra (Scarlett Johansson), Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), Visão (Paul Bettany), Falcão (Anthony Mackie) e Máquina de Combate (Don Cheadle). O ataque de Ultron fez com que os políticos buscassem algum meio de controlar os super-heróis, já que seus atos afetam toda a humanidade. Tal decisão coloca o Capitão América em rota de colisão com Tony Stark (Robert Downey Jr.), o Homem de Ferro.

Lançamento: 28 de abril de 2016
Gênero: Ação, Superherói
Dirigida por: Anthony Russo, Joe Russo
Atores principais:Chris Evans, Robert Downey Jr, Chadwick Boseman, Scarlett Johansson, Elizabeth Olsen, Paul Rudd, Anthony Mackie, Jeremy Renner, Paul Bettany
Nacionalidade: EUA

'Angry Birds - O Filme'



O filme nos leva para uma ilha povoada inteiramente por aves felizes, que não voam – ou quase todas. Neste paraíso, Red (Jason Sudeikis), um pássaro com um problema de temperamento, o veloz Chuck (Josh Gad), e o volátil Bomb (Danny McBride) sempre foram excluídos. Mas quando a ilha é visitada por misteriosos porquinhos verdes, cabe a esses excluídos descobrir o que os porcos estão fazendo.”

Data de lançamento: 12 de maio de 2016
Gênero: Animação, Comédia, Fantasia
Dirigida por: Fergal Reilly, Clay Kaytis
Atores principais:
Jason Sudeikis, Josh Gad, Danny McBride, Maya Rudolph, Kate McKinnon, Bill Hader, Peter Dinklage, Keegan-Michael Key, Tony Hale
Nacionalidades: Eua, Finlândia



'Em Nome da Lei'


Vitor (Mateus Solano) é um jovem juiz federal recém-chegado na cidade de Fronteira, disposto a desmontar um esquema de contrabando e tráfico de drogas na região. Para prender Gomez (Chico Diaz), ele vai contar com a ajuda da procuradora Alice (Paolla Oliveira), por quem se apaixona, e da equipe do policial federal Elton (Eduardo Galvão).

Data de lançamento 21 de abril de 2016
Direção: Sergio Rezende
Elenco: Mateus Solano, Chico Diaz, Paolla Oliveira
Gêneros: Ação, Drama, Suspense
Nacionalidade: Brasil


terça-feira, 12 de abril de 2016

Crítica - 'Rua Cloverfield,10'


     ‘Rua Cloverfield, 10’ consegue ser genial mesmo antes de chegar às telas. E por trás desse feito ele, J. J. Abrams filmou secretamente o filme driblando nada menos que a mídia e Hollywood para pegar todo mundo de surpresa ao lançar o trailer recordando a qualidade e a originalidade de 2008, ‘Cloverfield – O Monstro’.

        Vale lembrar que ‘Rua Cloverfield, 10’ não é uma sequencia do filme de 2008. O estilo found footage e o monstro destruindo a cidade de Nova Iorque são deixados de lado, enquanto esta nova produção soma uma trama minimalista apresentando elementos de ‘Psicose’, ‘Louca Obsessão’ e recentemente ’O Quarto de Jack’.                               
 
     Após sofrer um acidente de carro, Michelle (Marry Elizabeth Winstead) acorda acorrentada em um quarto embaixo da terra. No remoto local, a garota recebe a visita de Howard (John Goodman), o dono da estrutura alegando ter salvo a sua vida e explicando a situação em que o país vive. Desconfiada, Michelle começa a aceitar a idéia após conhecer Emmet (John Gallagher Jr.), outro sujeito explicando o quão seguro é lá dentro.                                                      
    O roteiro assinado por Josh Campbell, Matthew Stuecken e o notável Damien Chazelle (aquele do ótimo ‘Whiplash – Em Busca da Perfeição’) consegue ser brilhante mesmo em uma trama simples. A tensão é crescente no decorrer da produção, a narrativa surpreende com recheadas reviravoltas e muito bem amarrada. Isso também é mérito pela dinâmica do trio protagonista e pela excelente direção do estreante Dan Trachtenberg.    

     E a estréia do cineasta não tinha como ser melhor. Trachtenberg deu uma aula de como criar tensão através da desorientação psicológica remetendo ao espectador o senso de incerteza vivida pela protagonista Michelle e mantendo o publico indeciso em praticamente todos os 110 minutos levando a todos se questionarem - será isso verdade?

     Todas as questões envolvidas são transmitidas aos espectadores na excelente atuação de John Goodman. A dubiedade do personagem é o ponto chave e Goodman soube com maestria ser ameaçador, explosivo, instável, como também ser sincero, prestativo e erudito. Essa é com certeza a melhor atuação da carreira do ator, e merece atenção para futuros prêmios. Elizabeth Winstead não fica para trás vivendo a desconfiada e corajosa Michelle, sendo a peça fundamental para o filme progredir. E o ator Gallagher Jr não se destaca como os demais, mas é relevante para a dinâmica do trio e a quebra da tensão.                                              
                                                                              
    Trachtenberg também mostrou ser competente ao utilizar planos abertos e fechados de maneira inteligente para conceber uma atmosfera de pânico, conforto e claustrofobia associado a uma boa trilha sonora até mesmo para dar um toque de terror a trama, porém exagerou nos jumpscares auditivos. Quebrando completamente seu ritmo nos últimos 10 minutos podendo, ou não, agradar o publico. ‘Rua Cloverfield, 10’ é grande ao criar o mistério e pequeno em sua resolução, mas mesmo assim é um filme que merece toda sua atenção e coloca Trachtenberg um nome promissor.        
 


NOTA: 8,0
   

domingo, 10 de abril de 2016

'O Caçadora e a Rainha do Gelo'





A Rainha Ravenna (Charlize Theron) governava com justiça até o dia em que sua bondosa irmã Freya (Emily Blunt) deu à luz uma menina destinada a retirá-la de seu posto de mais bela do reino. Irada, ela assassinou a criança, mergulhando sua irmã em uma profunda depressão. Anos mais tarde, ao saber da morte de Ravenna, Freya decide ir em busca de seu espelho mágico. Só que Ravenna ressuscita e caberá à Rainha do Gelo e aos rebeldes Erik (Chris Hemsworth) e Sara (Jessica Chastain) lutarem, mais uma vez, contra os poderes malignos da vilã.

Lançamento: 21 de abril de 2016 (1h54min)
Dirigido por: Cedric Nicolas-Troyan
Atores Principais: Chris Hemsworth, Charlize Theron, Jessica Chastain
Gênero: Ação , Aventura , Fantasia

Nacionalidade: EUA


'Mogli - O Menino e o Lobo'




A trama gira em torno do jovem Mogli (Neel Sethi), garoto de origem indiana que foi criado por lobos em pela selva, contando apenas com a companhia de um urso e uma pantera negra. Baseado na série literária de Rudyard Kipling.

Lançamento: 14 de abril de 2016 (1h46min) 
Gênero: Aventura, Fantasia
Dirigida por: Jon Favreau
Atores principais:
Neel Sethi, Idris Elba, Ben Kingsley, Bill Murray, Scarlett Johannsson, Christopher Walken
Nacionalidade: EUA


sábado, 9 de abril de 2016

Crítica - 'Memórias Secretas'


  Como o próprio nome do titulo original, ‘Remember’ faz uma alusão a carreira do diretor Atom Egoyan. Desde ‘O Doce Amanhã’ que o consagrou como um grande nome de Hollywood, o cineasta vem emendando trabalhos deploráveis nos últimos anos, como ‘Sem Evidencias’ e ‘A Procura’. Tentando voltar aos bons tempos, Egoyan dispõe do ótimo ator veterano Christopher Plummer em uma trama muito interessante em ‘Memórias Secretas’.                                  
      Como plano de fundo a 2ª Guerra Mundial, Zev (Christopher Plummer) e seu melhor amigo, Max (Martin Landau), ambos sobreviventes de Auschwitz, fazem um pacto para dedicar os últimos dias de sua vida a encontrar e vingar contra o nazista responsável pela morte de suas famílias. Max impossibilitado de deixar o asilo, sobra para Zev, mesmo com Alzheimer, a enfrentar seu algoz.                     
 
    O roteiro assinado pelo estreante Benjamin August é bem amarrado e prende o espectador durante a jornada do protagonista até o ato final revelando grandes surpresas. Propendendo-se a ficar repetitivo, o filme traz bons momentos durante essa trajetória em uma interpretação sutil do excelente ator Plummer vivendo com maestria o Zev. Quem também aparece nessa jornada por alguns minutos é o bom ator Dean Norris, lembrando muito o seu personagem em ‘Breaking Bad’.                
 
    Com uma direção focada em mostrar as dificuldades do protagonista, a produção soa indulgente com a velhice, assim com o próprio  Zev, e carece de sentidos em boa parte do filme.  Em conseqüência, como a história tem como tema central a vingança, o filme pode chocar boa parte do espectador.     

      Reservando um ótimo plot-twist nos últimos 15-10 minutos, ‘Remember’ consegue superar os fracassos dos últimos filmes de Egoyan, apresenta um recurso dramático inteligente ao criticar que uma guerra pode ecoar por uma vida inteira e o quanto a falta de compaixão é uma das maiores tolices praticados pelos homens.

NOTA: 7,0


domingo, 3 de abril de 2016

Crítica - 'Psicose (1960)'


      Alfred Hitchcock é, sem duvidas, um dos grandes nomes da sétima arte. O gênio em todas as suas produções sempre deixou imagens memoráveis e em ‘Psicose (1960)’ não foi diferente. AfinaI, o filme contem uma das cenas, ou a cena, mais conhecidas da história do cinema. Quem viu, sabe! Quem não conhece, pare o que está fazendo e veja um dos melhores filmes da história.    

    A trama acompanha Marion Crane (Janet Leigh), uma secretária que rouba 40 mil dólares de seu chefe para recomeçar sua vida longe de sua cidade natal. Durante sua fuga, uma forte tempestade obriga a parar no Bates Motel, administrado pelo atencioso Morgan Bates (Antony Perkins).                       
                       
   O brilhantismo do cineasta ao acompanhar a fuga da protagonista remete o espectador a entrar no filme e sentir aquele ambiente lúgubre. Detalhe, Hitchcock consegue essa façanha mesmo optando pela fotografia em preto e branco e utilizando bastante o close-up e o médio plano, principalmente na primeira metade com a chegada de Crane ao conhecido Bates motel.                                    

  [SPOILER] Outro recurso utilizado pelo cineasta para criar um enorme suspense na primeira metade é a narrativa em off e uma trilha sonora excelente causando muita tensão entrando para a história do cinema. E o resultado de tudo isso é simplesmente fantástico até a principal cena do filme - a morte no chuveiro. Chocante e aterrorizante, a grande cena do filme da um nó na cabeça do espectador, pois ninguém esperava uma protagonista morrer naquela altura da trama e fazermos questionar qual o rumo o filme irá tomar.                                                                

   A partir daí, Hitchcock desenvolve a narrativa de maneira assustadora e guardando um segredo de cair o queixo.  Na segunda metade, o terror começa a predominar no filme com um design de produção sinistro e principalmente pelo roteiro beirar o perfeccionismo. Não é perfeito justamente pelo seu final, o filme deixa a desejar em seus últimos minutos por se tornar auto-didático e pela facilidade de como o antagonista foi capturado.                                  
                    
   Com Hitchcock inspirado, o elenco segue o mesmo caminho. Todos estão ótimos, com um grande destaque a Antony Perkins vivendo um dos psicopatas mais marcantes do cinema (um grande erro da academia não o indicar ao Oscar) e de Janet Leigh. ‘Psicose (1960)’ consagrou de vez Hitchcock como um mestre do suspense e entrou para a história como o melhor filme do gênero no cinema. 


NOTA: 10

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Crítica - 'Visões do Passado'


     O gênero suspense esta em alta no inicio do ano de 2016. Agora nas telas, roteirizado pelo renomado Michael Petroni (conhecido pelo ótimo ‘A Menina que Roubava Livro’ e do bom ‘O Ritual’) e dirigido pelo mesmo, ‘Visões do Passado’ não fica preso apenas a esse gênero e Petroni acrescenta algo que grandes produções não conseguem realizar: o terror, ou melhor, o susto.                           

    A trama acompanha o psicólogo Peter Bower (Adrien Brody) com dificuldades de recuperar sua rotina de trabalho após perder sua filha de 12 anos em um trágico acidente. Porém, algo sinistro acontece ao atender certa paciente, restando apenas a Bower voltar a sua cidade natal e solucionar um enigmático problema.           
 
   Não demora muito para o suspense predominar no filme. Com um inicio confuso e arrastado com o propósito de criar uma duvida na mente do espectador, o cineasta Petroni consegue criar o suspense nos minutos iniciais e acrescenta os sustos durante toda a trama (boa parte funcionam), dando um tom mais macabro a produção. Porém, o confuso e arrastado inicio pode levar alguns cinéfilos desistir de assistir mesmo em seus rápidos 90 minutos.                                                                    
 
    Após passar por isso, o filme revela boas surpresas, engana nos mistérios, traz boas revelações e tudo começa a fazer sentido. Apresentando uma boa edição transitando as visões do psicólogo Bower, a trama conta como o bom ator Adrien Brody para viver o protagonista que o faz com competência, porém o restante do elenco é fraco e não desenvolvem seus personagens. ‘Visões do passado’ tentou entregar novas idéias ao gênero, tem um bom roteiro, mas os recursos técnicos são esquecíveis, cai nos clichês e faltou muito para ser um grande suspense.


NOTA: 6,2