A
2ª guerra mundial reservou histórias interessantíssimas, e nada mais justo, o
cinema apossá-las. De um lado, grandes
clássicos envolvendo o período mais conturbado do mundo marcaram a sétima arte,
como também o espectador. Do outro, muitos filmes apresentaram eventos
interessantes durante esse período, porém sem o glamour, sem audácia, este é
‘Anthropoid’.
Baseado
em fatos reais, o filme centra-se na Operação Anthropoid, que visava matar o
general Heydrich, oficial superior alemão. Considerado o terceiro homem mais
poderoso do período nazista e responsável pela ocupação nazista na Tchecoslováquia.
Suas ações culminaram no atentado idealizado pela Executiva de Operações
Especiais (S.O.E.), uma organização de inteligência britânica, que recrutou
dois exilados: Jozef Gabčík (Cillian Murphy) e Karel Svoboda (Jamie Dornan).
Dirigido
por Sean Ellis, o filme faz muito bem contextualizar o atual momento da 2ª
Guerra Mundial. Envolto de um grande evento durante a guerra, ‘Antropoid’ tem
seu valor histórico ao recuperar um episódio importante e curioso aos olhos do
público, por ser desconhecido pela maioria. Porém, seu resultado fica abaixo das expectativas por não
entregar o peso necessário à trama.
Com
a sonolenta primeira metade marcada pela elaboração do plano para matar o
general Heydrich, o filme passa a ficar interessante na segunda metade quando o
plano é colocado em prática. Todos os erros técnicos presentes no inicio da
produção – a fraca edição, enquadramentos distorcidos e a desagradável câmera
tremida, são compensados com boas cenas de ação protagonizadas pelos atores
Cillian Murphy e Jamie Dornan, ambos razoáveis em cena.
Concebendo
todo o caos gerado pela guerra na boa fotografia criando uma atmosfera mais
densa para o filme. ‘Anthropoid’ tem seus bons momentos empolgando o espectador
em seu ato final e por trazer um interessante episódio durante a 2ª Guerra
Mundial conhecida por poucos. Mas não consegue entregar todo o peso narrativo,
faltou energia, dedicação, estudo de toda produção, e experiência atrás da
câmera para ser tornar memorável.
NOTA: 6,5