Quando
vemos Bill Paxton em tela em ‘Mean Dreams’ é impossível não se emocionar.
Dedico este primeiro parágrafo a belíssima carreira construída pelo ator,
conhecido pelos ótimos filmes ‘Titanic’, ‘Alien, O 8º Passageiro’ e ‘Apollo
13’, que infelizmente nos deixou recentemente. O cinema não será o mesmo sem
você.
A
trama acompanha Jonas Ford (Josh Wiggins), um garoto de quinze anos que começa
a criar laços afetivos com sua nova vizinha Caraway (Sophie Nelisse). Assustado
com o comportamento agressivo do pai da menina, Wayne (Bill Paxton), ele resolve
segui-lo e rouba uma mala cheia de dinheiro conseguido ilicitamente por Wayne, e
não demora muito para ele e sua amada fugirem com o policial corrupto a sua
cola.
A
direção assinada por Nathan Morlando é eficaz em apresentar as diferentes relações
da família Ford e Caraway e em como isso afeta o comportamento das duas
crianças. Infelizmente, o breve retrato parental não permite ao público uma
maior empatia pelo personagem Jonas, diferente de Casey assombrada pelos atos de seu pai em seu
passado. Entretanto, ‘Mean Dreams’ perde sua força com diálogos expositivos
sobre tais acontecimentos.
No
quesito técnico, Morlando mostrou-se eficiente em trazer diferentes tomadas
para retratar os passados dos personagens utilizando uma fotografia a base de
tons acinzentados, planos abertos valorizando os cenários e uma trilha sonora
ditando o ritmo do filme acentuando o suspense.
Com boas
atuações do casal adolescente interpretados por Wiggins e Nelisse, e a forte
presença de Paxton em seu policial corrupto e odiado por todos. ‘Mean Dreams’ é
um bom suspense que perde seu ímpeto em tentar inserir subtramas pouco
relevante, mas não deixa de ser uma bela despedida de Bill Paxton.
NOTA: 6,5
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