Estreias

terça-feira, 11 de abril de 2017

Crítica - 'Mean Dreams'


    Quando vemos Bill Paxton em tela em ‘Mean Dreams’ é impossível não se emocionar. Dedico este primeiro parágrafo a belíssima carreira construída pelo ator, conhecido pelos ótimos filmes ‘Titanic’, ‘Alien, O 8º Passageiro’ e ‘Apollo 13’, que infelizmente nos deixou recentemente. O cinema não será o mesmo sem você.        

  A trama acompanha Jonas Ford (Josh Wiggins), um garoto de quinze anos que começa a criar laços afetivos com sua nova vizinha Caraway (Sophie Nelisse). Assustado com o comportamento agressivo do pai da menina, Wayne (Bill Paxton), ele resolve segui-lo e rouba uma mala cheia de dinheiro conseguido ilicitamente por Wayne, e não demora muito para ele e sua amada fugirem com o policial corrupto a sua cola.
 
   A direção assinada por Nathan Morlando é eficaz em apresentar as diferentes relações da família Ford e Caraway e em como isso afeta o comportamento das duas crianças. Infelizmente, o breve retrato parental não permite ao público uma maior empatia pelo personagem Jonas, diferente de Casey assombrada pelos atos de seu pai em seu passado. Entretanto, ‘Mean Dreams’ perde sua força com diálogos expositivos sobre tais acontecimentos.         

  No quesito técnico, Morlando mostrou-se eficiente em trazer diferentes tomadas para retratar os passados dos personagens utilizando uma fotografia a base de tons acinzentados, planos abertos valorizando os cenários e uma trilha sonora ditando o ritmo do filme acentuando o suspense.    

   Com boas atuações do casal adolescente interpretados por Wiggins e Nelisse, e a forte presença de Paxton em seu policial corrupto e odiado por todos. ‘Mean Dreams’ é um bom suspense que perde seu ímpeto em tentar inserir subtramas pouco relevante, mas não deixa de ser uma bela despedida de Bill Paxton. 

NOTA: 6,5

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