Umas
das obras mais prestigiadas do renomado autor Stephen Kings é ‘Cemitério
Maldito’. Tal influência chegou às telas do cinema em 1989 sob a direção de Mary
Lambert, porém o feito ficou muito longe da qualidade do livro. Agora com a
onda de remakes atrás de remakes, o exemplar não ficou de fora e retorna as
grandes salas do cinema, mas dessa vez superando o filme original.
A
família composta pelo patriarca Louis (Jason Clarke), sua mulher Rachel (Amy
Seimetz) e seus dois filhos (Jeté Laurence) e (Hugo Lavoie) mudam-se para uma nova casa,
localizada aos arredores de um antigo cemitério amaldiçoado, usado para
enterrar animais de estimação. Após a morte do gato da família (isso não é um
spoiler), eles se tornam alvo de fatos sobrenaturais.
Com
a direção assinada pela dupla Kevin Kolsch e Dennis Widmyer, certos subtramas
diferem do original ora abordados com maior ênfase ou, ora por passagens breves
a narrativa. Somado esses dois fatores, certos temas (o passado de Rachel e de
Jud, o vizinho da família) são tratados de forma apressada vedando o impacto necessário
à trama. Por outro lado, o laço
familiar, a aura misteriosa do cemitério e o ambiente envolto da casa ganham
vigor e oferecem novas camadas a este novo ‘Cemitério Maldito’.

Em
compensação, esta readaptação de Stephen Kings difere de seu original quando
adentramos no campo da atuação. Enquanto o original de 89 é irrisório, aqui
Jason Clarke transmite com perfeição todos os nuances de um pai de família
aflito, perturbado, tenso e a cima de tudo, condolente. Agora a menina Jeté
Laurence e a veterana Amy Seimetz roubam as cenas reforçando com veemência os
momentos dramáticos e assustadores em que se encontram.
‘Cemitério Maldito’ pode ou não agradar o
público ao caminhar para uma conclusão diferente do original. Mas isso não
desdém sua nova forma de contar a tão cultuada obra de Stephen King, somando
mais pontos altos do que negativos.
NOTA: 6,8