Estreias

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Crítica - 'Inferno'


     Voltando as telas, ‘Inferno’ repete a formulas da franquia adaptada da série de Best-sellers de Dan Brown. Continuação indireta do maior sucesso do autor, ‘O Código da Vinci’, aqui Robert Langdon encontra-se mais uma vez em uma jornada repleta de enigmas, estes sempre interessantes aos olhos do espectador pelo seu valor histórico. Foi assim no primeiro e segundo filme, e aqui não é diferente.   

    Desta vez, o professor Robert Langdon (Tom Hanks) desperta em um hospital, e não se lembra de absolutamente nada que lhe aconteceu nas últimas 48 horas. Em questão de minutos ele é subitamente atacado por uma mulher misteriosa e, com ajuda da médica Sienna Brooks (Felicity Jones), escapa do local, iniciando uma série de enigmas do motivo de sua perseguição.    

   Seguindo os mesmo conceitos de seus antecessores, o icônico personagem Langdon está novamente envolto em uma intricada trama envolvendo mistérios históricos e obras de arte. Dessa vez o alvo prioritário é ‘A Divina Comédia’, de Dante Alighieri, e são desses mistérios consagrados pela história, arte e literatura a fonte para tamanha curiosidade do espectador encantar com a produção de Ron Howard e, certamente, das obras de Dan Brown.     

    Com boas doses de ação em uma edição frenética e a terrível câmera tremida, o filme assemelha ao modelo de filmes como ‘Jason Bourne’ e ‘007’. Aqui, temos Langdon perseguido pela OMS viajando de país a país para decifrar o enigma (lembra algo?), até mesmo a estética e a trilha sonora remete a filmes do gênero. Entretanto, ‘Inferno’ funciona bem dentro de sua proposta e consegue prender atenção enquanto mantém o mistério.                  

   Diante da inaptidão de Langdon, a trama utiliza de vários flashbacks para apresentar as últimas 48 horas do protagonista que, aos poucos, são revelados pela narrativa. Tal recurso está lá apenas para cobrir pontas-soltas e o roteiro acaba utilizando nos momentos mais intrigantes, caindo nos clichês. Porém, basta a verdade do passado de Sienna vir à tona para o filme entrar no marasmo.      

  Tal evento recaiu na regular atuação da ótima atriz Felicity Jones não encontrando o alter ego do personagem, desfavorecida pelo roteiro. Tom Hanks continua competente, como nos outros filmes da franquia e vale destacar a boa interpretação de Ben Foster, apresentando uma grande relevância a trama.                  

   Sua conclusão previsível sob o tema mais trivial: salvar a humanidade, esperamos que ‘Inferno’ seja o fim dessa fraca franquia de uma espetacular obra de Dan Brown.


          NOTA: 6,3         

  

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