Voltando
as telas, ‘Inferno’ repete a formulas da franquia adaptada da série de
Best-sellers de Dan Brown. Continuação indireta do maior sucesso do autor, ‘O
Código da Vinci’, aqui Robert Langdon encontra-se mais uma vez em uma jornada
repleta de enigmas, estes sempre interessantes aos olhos do espectador pelo seu
valor histórico. Foi assim no primeiro e segundo filme, e aqui não é diferente.
Desta
vez, o professor Robert Langdon (Tom Hanks) desperta em um hospital, e não se
lembra de absolutamente nada que lhe aconteceu nas últimas 48 horas. Em questão
de minutos ele é subitamente atacado por uma mulher misteriosa e, com ajuda da
médica Sienna Brooks (Felicity Jones), escapa do local, iniciando uma série de
enigmas do motivo de sua perseguição.
Seguindo
os mesmo conceitos de seus antecessores, o icônico personagem Langdon está
novamente envolto em uma intricada trama envolvendo mistérios históricos e
obras de arte. Dessa vez o alvo prioritário é ‘A Divina Comédia’, de Dante
Alighieri, e são desses mistérios consagrados pela história, arte e literatura
a fonte para tamanha curiosidade do espectador encantar com a produção de Ron
Howard e, certamente, das obras de Dan Brown.
Com
boas doses de ação em uma edição frenética e a terrível câmera tremida, o filme
assemelha ao modelo de filmes como ‘Jason Bourne’ e ‘007’. Aqui, temos Langdon
perseguido pela OMS viajando de país a país para decifrar o enigma (lembra
algo?), até mesmo a estética e a trilha sonora remete a filmes do gênero. Entretanto,
‘Inferno’ funciona bem dentro de sua proposta e consegue prender atenção
enquanto mantém o mistério.
Diante
da inaptidão de Langdon, a trama utiliza de vários flashbacks para apresentar
as últimas 48 horas do protagonista que, aos poucos, são revelados pela
narrativa. Tal recurso está lá apenas para cobrir pontas-soltas e o roteiro
acaba utilizando nos momentos mais intrigantes, caindo nos clichês. Porém,
basta a verdade do passado de Sienna vir à tona para o filme entrar no marasmo.
Tal
evento recaiu na regular atuação da ótima atriz Felicity Jones não encontrando
o alter ego do personagem, desfavorecida pelo roteiro. Tom Hanks continua
competente, como nos outros filmes da franquia e vale destacar a boa interpretação
de Ben Foster, apresentando uma grande relevância a trama.
Sua conclusão previsível
sob o tema mais trivial: salvar a humanidade, esperamos que ‘Inferno’ seja o
fim dessa fraca franquia de uma espetacular obra de Dan Brown.
NOTA: 6,3
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