‘Quando
as Luzes se Apagam’ parte de uma premissa muito interessante para o gênero
terror. Em um jogo de escuridão versus a iluminação, os protagonistas buscam
uma forma de estar próximo de qualquer fonte luminosa para sobreviver de um ser
sobrenatural que aparece apenas no escuro total.
Diante
dessa inquietude entre o claro e o escuro brincando com a imagem e aproveitando
os clássicos elementos de horror, é a riqueza de ‘Quando as Luzes se Apagam’.
Para isso, o cineasta David F. Sandberg (também conhecido pelo curta ‘Lights
Out’) soube muito bem trabalhar a luz e sombra em diversos graus com sua
habilidade inventiva de iluminação mantendo o espectador aflito em cada cena
testando os limites da premissa.
A
trama é simples e objetiva, com seus rápidos 80 minutos, o filme não se
preocupa em explorar sua narrativa e vai direto ao ponto. O drama familiar
envolvendo a criança Martin (Gabriel Bateman) com dificuldades de lidar com os
problemas psicológicos de sua mãe (Maria Bello) e sua irmã Rebecca (Teresa
Palmer) é significativo, diferente da origem do monstro Diana por conta do
roteiro introduzir na trama de forma rasa. Em conseqüência, a explicação do
passado do monstro fica autodidata e tudo desenrola de maneira apressada - outro
exemplo é o personagem Bret (Alexander DiPersia) subutilizado na trama.
Como
em todo filme de terror, os sustos não poderiam faltar. Logo na cena inicial, a
trama revela sua asserção com um bom susto, porém utilizam os mesmo elementos
várias vezes habituando o espectador. Apesar da falta de novidades para maior
espanto, o filme consegue manter um
clima tenso em vários momentos nas mais variedades de iluminação, principalmente
nas cenas utilizando luzes ultravioletas (quem viu sabe!), conforme os ataques
da entidade vão se intensificando.
Com sua
conclusão previsível, ‘Quando as Luzes se Apagam’ não vai além de sua premissa,
mas é objetivo e conciso em sua proposta e vale como um bom filme de terror de
média produção.
NOTA: 6,3
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