Estreias

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Crítica - 'A Freira'


    A franquia ‘Invocação do Mal’ renovou os ares de um gênero tão desgastado nos últimos anos. Com enorme prestigio seja pela sua qualidade técnica, como também pela narrativa. Os dois filmes da saga apresentaram novos personagens marcantes e assustadores que conquistaram seus devidos destaques nas telas do cinema, com ‘Annabelle’ e agora a ‘A Freira’.  

   Tal fato é evidente pela forte campanha de marketing e a presença na lista dos filmes mais aguardados do ano. Mas será que ‘A Freira’ correspondeu o esperado ou seguiu a frustração do primeiro ‘Annabelle’? Vamos descobrir!   

   Na trama, o Vaticano nomeia o padre Burke (Bichir) para investigar o caso de uma freira encontrada enforcada na frente de um convento. Para isso, ele conta com a ajuda da noviça Irmã Irene (Farmiga) em sua missão, mesmo sabendo que ela ainda não fez seus votos.          
 
  Assim como os outros filmes da Franquia, ‘A Freira’ retoma o terror visual, físico e auditivo. Conhecendo o gênero, o cineasta Corin Hardy (responsável pelo bom ‘The Hallow’) realçou a atmosfera lúgubre passando pelos corredores sombrios do convento, bem como a floresta que o cerca. O pavor por estar presente àquele ambiente é efetivo, e a imagem da freira é mais um ótimo motivo para o longa ser assustador (vale ressaltar a ótima trilha sonora em sua aparição).    

   Como um filme particularmente atmosférico, Hardy não demora muito para causar sustos utilizando todos os elementos necessários para tal. O ótimo uso do reflexo, da câmera na mão e seus movimentos orquestrados para situar um determinado personagem com o ambiente em si pode causar um verdadeiro pavor para quem não está acostumado a ver esses tipos de produções. Porém, para aqueles que são familiarizados com o gênero reaverá cenas previsíveis e jumpscares pouco ousados.                   
 
   Agora para quem procura um ótimo filme de terror com um roteiro instigante, inteligente e alegórico. Aqui, com certeza, não é o caso! ‘A Freira’ busca entreter os fãs do gênero com seu clima sombrio e o beneficio de inserir diferentes subtramas/flashbacks sem coesão a narrativa para abusar dos jumpscares visuais e auditivos. Não há desenvolvimento de personagem, a complexidade sobre a origem da freira e a própria investigação é deixada de lado.                       
                            
  Conseqüentemente, os personagens são pouco exigidos. Porém, Taísa Farmiga entrega uma ótima atuação transmitindo toda a inocência da noviça Irene, mas no fundo enxergamos a sua coragem e curiosidade do local. Já Demian Bichir e Jonas Bloquet são meros coadjuvantes, o último servindo como um alivio cômico tolo a trama.     

    Superior ao primeiro ‘Annabelle’, mas inferior aos outros da franquia. ‘A Freira’ até tentou buscar originalidade em seu último ato, porém se absteve de ousar em seu roteiro e veio para assustar, como também divertir. 


NOTA: 6,7

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