A
franquia ‘Invocação do Mal’ renovou os ares de um gênero tão desgastado nos
últimos anos. Com enorme prestigio seja pela sua qualidade técnica, como também
pela narrativa. Os dois filmes da saga apresentaram novos personagens marcantes
e assustadores que conquistaram seus devidos destaques nas telas do cinema, com
‘Annabelle’ e agora a ‘A Freira’.
Tal
fato é evidente pela forte campanha de marketing e a presença na lista dos
filmes mais aguardados do ano. Mas será que ‘A Freira’ correspondeu o esperado
ou seguiu a frustração do primeiro ‘Annabelle’? Vamos descobrir!
Na
trama, o Vaticano nomeia o padre Burke (Bichir) para investigar o caso de uma
freira encontrada enforcada na frente de um convento. Para isso, ele conta com
a ajuda da noviça Irmã Irene (Farmiga) em sua missão, mesmo sabendo que ela
ainda não fez seus votos.
Assim como os outros filmes da
Franquia, ‘A Freira’ retoma o terror visual, físico e auditivo. Conhecendo o
gênero, o cineasta Corin Hardy (responsável pelo bom ‘The Hallow’) realçou a
atmosfera lúgubre passando pelos corredores sombrios do convento, bem como a
floresta que o cerca. O pavor por estar presente àquele ambiente é efetivo, e a
imagem da freira é mais um ótimo motivo para o longa ser assustador (vale
ressaltar a ótima trilha sonora em sua aparição).
Como
um filme particularmente atmosférico, Hardy não demora muito para causar sustos
utilizando todos os elementos necessários para tal. O ótimo uso do reflexo, da
câmera na mão e seus movimentos orquestrados para situar um determinado
personagem com o ambiente em si pode causar um verdadeiro pavor para quem não
está acostumado a ver esses tipos de produções. Porém, para aqueles que são
familiarizados com o gênero reaverá cenas previsíveis e jumpscares pouco
ousados.
Agora
para quem procura um ótimo filme de terror com um roteiro instigante,
inteligente e alegórico. Aqui, com certeza, não é o caso! ‘A Freira’ busca
entreter os fãs do gênero com seu clima sombrio e o beneficio de inserir
diferentes subtramas/flashbacks sem coesão a narrativa para abusar dos
jumpscares visuais e auditivos. Não há desenvolvimento de personagem, a
complexidade sobre a origem da freira e a própria investigação é deixada de
lado.
Conseqüentemente,
os personagens são pouco exigidos. Porém, Taísa Farmiga entrega uma ótima
atuação transmitindo toda a inocência da noviça Irene, mas no fundo enxergamos
a sua coragem e curiosidade do local. Já Demian Bichir e Jonas Bloquet são meros coadjuvantes, o último
servindo como um alivio cômico tolo a trama.
Superior ao
primeiro ‘Annabelle’, mas inferior aos outros da franquia. ‘A Freira’ até
tentou buscar originalidade em seu último ato, porém se absteve de ousar em seu
roteiro e veio para assustar, como também divertir.
NOTA: 6,7
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