‘Hereditário’
- a nova safra dos filmes de horror do século XXI. Bem ou mal, muitas dessas
produções dividiram a opinião do público com os excelentes ‘Corrente do Mal’, ‘A
Bruxa’, ‘Ao Cair da Noite’ e o mais recente ‘Um Lugar Silencioso’. Flertando
com o gênero do terror psicológico, o primeiro longa-metragem do cineasta Ari
Aster segue essa mesma vertente.
Após
a morte da matriarca da família, o casal Annie (Toni Collete) e Steve (Gabriel
Byrne) e seus dois filhos começam a presenciar eventos sobrenaturais,
especialmente a criança Charlie (Milly Shapiro). Com o terror instaurado, os
segredos mais sombrios da família são revelados.
Assim
como a maioria dos outros filmes citados anteriormente, ‘Hereditário’ marca a
estréia do diretor Ari Aster. E sua apresentação não podia ser melhor! Aster
apresenta um domínio técnico invejável em seu primeiro longa-metragem
compreendendo o real significado do terror psicológico. Aqui não há sustos
baratos, mas sim uma criação de uma atmosfera densa, misteriosa, sinistra e
crescente conforme a narrativa até a chegada do clímax assustador.
Nesse
meio tempo, a direção de Aster envolve o espectador aos poucos levantamentos
questionamentos sobre a real intenção da trama. Muitos temas são abordados em
seu primeira metade pairando a dúvida do público sobre qual filme estamos
realmente assistindo. Será sobre o drama familiar? Os segredos de uma família
depravada? Sobre espíritos? Exorcismo? E esse é o grande mérito de ‘Hereditário’.

E
os elogios não param por ai, até porque temos a performance brilhante de Toni
Collete. Mostrando-se uma mãe zelosa com seus filhos, mas também intensa nos
momentos que lhe convém (vide na cena da mesa de jantar). Preocupada e ao mesmo
tempo curiosa (quando sua amiga apresenta as entidades) e principalmente seu
sofrimento pela perda. A atuação de Toni Collete merece ser reconhecida nas
premiações.
Detentor de uma
estrutura narrativa pouco convencional, ‘Hereditário’ pode dividir a opinião do
público por tal conformação. Entretanto, coloca Ari Aster no radar dos promissores
diretores e entra para o seleto grupo dos melhores filmes de terror do século.
NOTA: 8,2
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