É
bem verdade que o cinema argentino nunca foi reconhecido pelo gênero do terror.
Com inúmeras produções de tirar o chapéu e com o devido prestígio ao redor do
mundo, o horror em tempo algum foi a grande força nas terras dos los hermanos. E,
infelizmente, ‘Aterrados’ é mais uma prova.
Quando
estranhos eventos acontecem em uma periferia de Buenos Aires, uma doutora
especializada em eventos paranormais conta com a ajuda de seu colega de
trabalho e um ex-policial para investigar os mistérios que assombram a
vizinhança.
A
direção assinada pelo desconhecido Demián Rugna não apresenta um total controle
pela sua interessante premissa e se perde nas convenções do gênero. Com um bom
primeiro ato prendendo a atenção do espectador com o horror sobrenatural e os
mistérios que cerca a vizinhança, remetendo a filmes como ‘Atividade Paranormal’
e ‘Invocação do Mal’. ‘Aterrados’ perde sua subjetividade inicial para conceder
respostas rápidas e triviais.
Neste
seu projeto, Rugna passa a sensação de ainda estar conhecendo o gênero com
pouco material em mãos. Por isso o orçamento baixo e recursos técnicos
econômicos, a fotografia escura, a iluminação praticamente inexistente postando
sempre os personagens em completa escuridão abstém o senso de ameaça e
prejudica o tom da narrativa. Conseqüentemente, os últimos eventos são avulsos
e pouco relevantes para concluir a trama.
Com
boas cenas assustadoras e intrigantes no primeiro ato, Rugna não consegue
sustentar a curiosidade do público e torna ‘Aterrados’ esquecível.
NOTA: 5,9
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