Estreias

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Crítica - 'Aterrados (Terrified)'


    É bem verdade que o cinema argentino nunca foi reconhecido pelo gênero do terror. Com inúmeras produções de tirar o chapéu e com o devido prestígio ao redor do mundo, o horror em tempo algum foi a grande força nas terras dos los hermanos. E, infelizmente, ‘Aterrados’ é mais uma prova.       

    Quando estranhos eventos acontecem em uma periferia de Buenos Aires, uma doutora especializada em eventos paranormais conta com a ajuda de seu colega de trabalho e um ex-policial para investigar os mistérios que assombram a vizinhança.

   A direção assinada pelo desconhecido Demián Rugna não apresenta um total controle pela sua interessante premissa e se perde nas convenções do gênero. Com um bom primeiro ato prendendo a atenção do espectador com o horror sobrenatural e os mistérios que cerca a vizinhança, remetendo a filmes como ‘Atividade Paranormal’ e ‘Invocação do Mal’. ‘Aterrados’ perde sua subjetividade inicial para conceder respostas rápidas e triviais. 

   Neste seu projeto, Rugna passa a sensação de ainda estar conhecendo o gênero com pouco material em mãos. Por isso o orçamento baixo e recursos técnicos econômicos, a fotografia escura, a iluminação praticamente inexistente postando sempre os personagens em completa escuridão abstém o senso de ameaça e prejudica o tom da narrativa. Conseqüentemente, os últimos eventos são avulsos e pouco relevantes para concluir a trama. 

   Com boas cenas assustadoras e intrigantes no primeiro ato, Rugna não consegue sustentar a curiosidade do público e torna ‘Aterrados’ esquecível.      


NOTA: 5,9

  

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