Estreias

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Crítica - 'Gunga Din (1939)




  Para muitos, o ano de maior qualidade da história do cinema foi em 1939. As produções daquela época revolucionaram a sétima arte e hoje são relembradas em virtude de seus valores históricos, temáticos e de entretenimento. Dentre eles, estão ‘E o Vento Levou’, ‘O Mágico de Oz’, ‘No tempo das Diligências’, ‘Adeus, Mr. Chips’, ‘Beau Geste’ e o divertido e surpreendente ‘Gunga Din’.                    
  
   Baseado na obra de Rudyard Kipling, três grandes amigos e soldados ingleses a serviço na índia são surpreendidos com o aparecimento dos Thugs, um bando de terríveis assassinos preparados a açoitar a vida dos soldados britânicos. Em meio ao caos, o amigo nativo Gunga Din (Sam Jaffe), um humilde carregador de água que sonha um dia em se tornar soldado.

   Divertido e surpreendente, pois a direção assinada por George Stevens concede um ritmo ágil a trama conduzindo as cenas de ação com uma maestria ímpar. Aos olhares de sua época as sequencias de batalhas e coreografias são de cair o queixo, deixando até mesmo o espectador dos dias atuais extasiados e impressionados (lembrando, estamos diante de um filme em preto e branco de 1939). Não só isso, Stevens equilibra com excelência a ação, da aventura e do humor tornando a obra leve e recompensador para o público.       

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   Boa parte desta proficiência é sucedida pela ótima química do trio protagonista composto pelo excelente Cary Grant, Victor McLaglen e Douglas Fairbanks Jr. que estão à vontade em seus respectivos papeis, rendendo boas piadas e principalmente, boas cenas de ação. É muito fácil simpatizar pelos heróis e passamos a torcer para que cada um deles conquistem seus propósitos. Como Cutter na incessante busca por tesouros, o espirituoso Ballantine disposto a manter sua esposa sempre ao seu lado, o escandaloso comandante Macchesney e por fim, Gunga Din, provando seu valor para se tornar um verdadeiro soldado.      

   Com todas as atenções voltadas na aguardada batalha em seu último ato, ‘Gunga Din (1939)’ provou-se muito a frente de seu tempo e condecora seus heróis, como poucos conseguem fazer. 


NOTA: 8,7


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