Muitos
Estúdios resolveram criar seu próprio universo cinematográfico, no intuito de atender
os fãs modernizando as obras clássicas do cinema para os dias atuais e visando
uma grande quantia nas bilheterias. Nesse contexto, se encontra a Universal
Dark responsável por Drácula, Múmia, Monstro do Lago, Fantasma da Ópera, ‘O
Homem Invisível (2020)’, este com baixíssimo orçamento se comparado com o
fracasso de ‘A Múmia (2017)’. O risco de ser mais um fracasso era tamanha para
a Produtora, porém o resultado abriu novas esperanças.
Na
trama, Cecilia (Elizabeth Moss) traumatizada com seu antigo relacionamento
suspeita da morte de seu ex-namorado. Buscando novos ares para seguir em
frente, ela passa a ser perseguida pelo abusivo e precisa provar que está sendo
vítima por alguém que ninguém pode ver.
A
direção assinada por Leigh Whannell (conhecido pelo muito bom ‘Upgrade’) constrói
a narrativa a partir do suspense gradual brincando com o imagético do
espectador se o homem invisível está ou não, presente em cena. O motivo de ninguém
acreditar na verdade de Cecilia gera certa desconfiança no espectador sobre se
ela está realmente alucinada ou se todos os acontecimentos são de fato reais. Consequentemente,
‘O Homem Invisível’ se torna verdadeiro aos nossos olhos e ganha fortes
proporções com o passar do tempo entregando cenas tensas, intensas, arrepiantes
e surpreendentes (aplausos para a cena do restaurante).

Quando
adentramos no último ato, a direção tão bem postada por Whannell perde o
controle do tom narrativo ao abdicar do terror psicológico e da tal verossimilhança
criada inicialmente, para dar espaço as ações do antagonista. Apesar de soar rápido,
o clima de tensão, o ritmo frenético e as surpresas de roteiro garantem uma boa
dose de ansiedade e euforia ao público.
‘O Homem Invisível (2020)’ é muito mais que uma simples história de terror,
afinal o verdadeiro horror é aquelas que passam pelas mãos dos inconsequentes e
se sentem obrigadas a permanecer num ambiente que não convém com suas
realidades. A forte atuação atriz Elisabeth Moss retrata com tamanha perfeição
todo o sofrimento e angustia daquelas que um dia já passaram ou, infelizmente
passarão. Não podemos deixá-los impune! E essa forte mensagem garante o melhor filme
do gênero no ano e um novo futuro para a Universal Dark.
NOTA: 8,0
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