Um
dos melhores filmes de suspense do século XXI e até mesmo do cinema é,
certamente, ‘Os Outros (2001)’. Contando uma historia com um ponto de vista
muito interessante reservando um plot twist fascinante, o cineasta Alejandro
Amenábar consagrou seu nome em Hollywood por dar novas idéias ao gênero e
merece a atenção de todos para seus projetos vindouros.
No
cenário da 2ª Guerra Mundial, Grace (Nicole Kidman) decide-se mudar para uma
mansão isolada na ilha de Jersey com seus dois filhos, a fim de esperar seu
marido voltar da guerra. Como os dois
filhos possuem uma doença rara, Grace toma certas regras na mansão que podem
ser quebradas com a chegada de uma família de empregados.
A
trama é interessante e ‘The Others’ (do original) não merece destaque apenas
pelo seu roteiro instigante e inteligente, mas sim pela maneira como o cineasta
desenvolve a narrativa e pelas excelentes atuações. Amenábar não se prende
apenas ao suspense e da um toque de terror a obra com a câmera flutuando em
todos os cômodos da mansão e trazendo cenas de arrepiar, como a cena da sala do
piano e a da filha de Grace vestida de noiva. O filme ainda reserva apenas um jump
scare de arrepiar!
Quem
também está excelente é Nicole Kidman, com uma atuação nível Oscar demonstrando
todo o medo pela mansão, o carinho pelos filhos e a desconfiança com os
empregados. As atuações do elenco mirim é um show a parte, pela Alakina Mann
vivendo a filha revoltada e corajosa sempre enfrentando os fantasmas, e o filho
medroso interpretado por James Bentley. E Fionnula Flanagam não fica para trás
transitando muito bem de uma empregada sempre calma, atenciosa, prestativa a
uma figura mais macabra.
Com um roteiro assinado pelo próprio Amenábar, também
responsável pela trilha sonora sinistra. O cineasta concede um clima soturno a
obra com uma competente fotografia escura e tons alaranjados, um jogo de luz e
sombra perfeito em contraste com a fisionomia de Kidman e a neblina em volta da
mansão. O grande mérito de ‘Os Outros (2001)’ é induzir o espectador a ver o
outro lado da moeda. Quem viu sabe, quem não viu... Veja!
NOTA: 9,3
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