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domingo, 3 de abril de 2016

Crítica - 'Psicose (1960)'


      Alfred Hitchcock é, sem duvidas, um dos grandes nomes da sétima arte. O gênio em todas as suas produções sempre deixou imagens memoráveis e em ‘Psicose (1960)’ não foi diferente. AfinaI, o filme contem uma das cenas, ou a cena, mais conhecidas da história do cinema. Quem viu, sabe! Quem não conhece, pare o que está fazendo e veja um dos melhores filmes da história.    

    A trama acompanha Marion Crane (Janet Leigh), uma secretária que rouba 40 mil dólares de seu chefe para recomeçar sua vida longe de sua cidade natal. Durante sua fuga, uma forte tempestade obriga a parar no Bates Motel, administrado pelo atencioso Morgan Bates (Antony Perkins).                       
                       
   O brilhantismo do cineasta ao acompanhar a fuga da protagonista remete o espectador a entrar no filme e sentir aquele ambiente lúgubre. Detalhe, Hitchcock consegue essa façanha mesmo optando pela fotografia em preto e branco e utilizando bastante o close-up e o médio plano, principalmente na primeira metade com a chegada de Crane ao conhecido Bates motel.                                    

  [SPOILER] Outro recurso utilizado pelo cineasta para criar um enorme suspense na primeira metade é a narrativa em off e uma trilha sonora excelente causando muita tensão entrando para a história do cinema. E o resultado de tudo isso é simplesmente fantástico até a principal cena do filme - a morte no chuveiro. Chocante e aterrorizante, a grande cena do filme da um nó na cabeça do espectador, pois ninguém esperava uma protagonista morrer naquela altura da trama e fazermos questionar qual o rumo o filme irá tomar.                                                                

   A partir daí, Hitchcock desenvolve a narrativa de maneira assustadora e guardando um segredo de cair o queixo.  Na segunda metade, o terror começa a predominar no filme com um design de produção sinistro e principalmente pelo roteiro beirar o perfeccionismo. Não é perfeito justamente pelo seu final, o filme deixa a desejar em seus últimos minutos por se tornar auto-didático e pela facilidade de como o antagonista foi capturado.                                  
                    
   Com Hitchcock inspirado, o elenco segue o mesmo caminho. Todos estão ótimos, com um grande destaque a Antony Perkins vivendo um dos psicopatas mais marcantes do cinema (um grande erro da academia não o indicar ao Oscar) e de Janet Leigh. ‘Psicose (1960)’ consagrou de vez Hitchcock como um mestre do suspense e entrou para a história como o melhor filme do gênero no cinema. 


NOTA: 10

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