Estreias

quinta-feira, 9 de março de 2017

Crítica - 'John Wick: Um Novo Dia Para Matar'


     Vem se tornando cada vez mais raro indicar filmes de ação nos últimos anos. Muito destes vem sempre batendo na mesma tecla e não oferecem nada de inovador, e acabamos vendo uma cópia dos demais. Hoje existem muitas continuações que aproveitam de sucesso de seu precursor apenas para lucrar, e não buscam desenvolver a trama, os personagens e até mesmo a ação não empolga.  Felizmente, alguns buscam algo a mais, algo engrandecedor, e esse é o caso de ‘John Wick: Um Novo Dia Para Matar’, que melhora ainda mais a formula de seu antecessor. 

    A trama continua exatamente de onde ‘De Volta Ao Jogo’  parou, com John Wick (Keanu Reeves), o melhor matador profissional conhecidos por muitos, indo atrás de seu carro.  Almejando sua aposentadoria, Wick se vê mais uma vez em uma encruzilhada quando o sujeito Santino D’ Antonio (Riccardo Scarmacio) cobra o seguinte favor: que mate sua irmã em Roma, e em troca assinaria sua promissória para deixar o posto de assassino profissional.              

   O filme já mostra para o que veio apenas em sua seqüência inicial. É cinema de ação de primeira qualidade. Planos-sequência, cenas com poucos cortes, edição precisa, pouco uso de computação gráfica e coreografias insanas, isso é apenas um convite para o espectador esperar o que ainda esta por vir.    

   Mantendo o mesmo diretor de seu antecessor, a direção de Chad Stahelski é mais presente aqui. Ele mostra ter um senso de execução muito aguçado utilizando planos mais longos e uma edição para dar continuidade ao fluxo da ação deixando a movimentação fluir naturalmente, sem deixar ser rápido demais. Assim, gerando cenas de ações excelentes, mais agradável e impactante, realçado pela ótima mixagem de som causando desconforto para os espectadores.           

 Mas o filme não se resume a apenas pancadarias, ‘John Wick 2’  expande a imagem de seu universo. Temos mais mortes, mais energia, é mais violento, mais refinado, mais tudo. Até o leve humor é bem vindo para aliviar a violência presente em boa parte da produção. A iconografia é unicamente feito para esse filme - tudo é mais charmoso, e a trilha sonora casa perfeitamente com as cenas de ação.     

  Como John Wick, Keanu Reeves encontrou o molde perfeito de seu personagem e sempre mostrou empenhado em seu papel. Do outro lado, o antagonista vivido pelo ator Common é o contraposto perfeito do protagonista. Já o ator Scarmacio não convence na pele de D’ Antonio e a atriz Ruby Rose (a Ares) não entrega o peso feminino a trama e aparece ser uma personagem descartável, sem qualquer autoridade.          

  Em meio a filmes de ação convencionais e pouco empolgantes nos dias atuais, ‘John Wick’ veio para  surpreender elevando sua fórmula garantindo diversão única para os fãs e não fãs do gênero.


 NOTA: 7,5

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