O
desafio de superar o seu precursor era uma tarefa muito, mas muito difícil. Enquanto,
‘Deadpool’ inovou os ares da Marvel fugindo dos paradigmas de outras produções do
estúdio apresentando o anti-herói mais carismático e carimbando entre os
melhores filmes de super-herói. ‘Deadpool 2’ chegou com a expectativa de ser
tão bom quanto, e mesmo não o superando também não deve nada.
Nessa
nova trama, Deadpool (Ryan Reynold) precisa reunir sua nova equipe - o X-Force,
e contar com o apoio de seu velho amigo Colossus e seu fiel escudeiro Dopinder
(Karan Soni), para proteger o garoto mutante Russel (Julian Dennison) das
garras do perigoso mercenário futurista Cable (Josh Brolin).
A
nova direção da produção tem a assinatura de David Leitch (conhecido pelos bons
filmes ‘John Wick’ e ‘Atomica’) que vem se mostrando cada vez mais hábil nas
cenas de ação e de acrobacias. Em ‘Deadpool 2’ a ação é mais freqüente, assim
sendo Leitch encontrou o encaixe perfeito entre as seqüência em grande escala
com o humor. Dentre eles, podemos citar inúmeros exemplos, como o envolvimento
da violência gráfica com o uso primoroso da câmera lenta ou pelas coreografias
escapistas em meio ao caos.
Outro
ponto a favor de sua direção também está nas impecáveis escolhas musicais, elevando
ainda mais o tom cômico da produção. As músicas casam perfeitamente com as cenas
de ação e rendem ótimas gargalhadas! E por falar em humor, ‘Deadpool 2’ cumpre muito
bem esse papel, apesar de muitas de suas piadas serem recicladas de seu
primeiro filme.
O
humor metalingüístico, situacional, as referências da cultura pop e a quebra da
quarta parede estão presentes novamente. Assim como, Ryan Reynold comanda todas
as ações/piadas da trama e continua excelente na pele do mercenário tagarela.
Com tamanha presença de Deadpool nessa nova trama, os novos personagens
secundários têm pouco tempo em tela e são mal explorados, como o caso de soldado
Cable e do unidimensional jovem Russel.
‘Deadpool 2’
cresce narrativamente na segunda metade pós a fragmentada e independente
primeira. Mantém seu estilo visual, o tom cômico, amplia o universo do
anti-herói com novos personagens e tem seu valor de entretenimento.
NOTA: 8,2
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