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terça-feira, 1 de maio de 2018

Crítica - 'Vingadores: Guerra Infinita'


  Foram dez anos de entrega, dedicação e preparação para enfim a Marvel chegar ao seu ápice em ‘Vingadores: Guerra Infinita’. Durante esses longos anos apresentando inúmeros super-heróis e eventos dependentes de outros filmes, originou-se a apoteose de ‘Guerra Infinita’. O impossível acontecendo diante de nossos olhos, episódios em grande escala e horizontes que nos aguardam em 2019.   

  Após o fracasso de vários de seus aduladores, Thanos (Josh Brolin) decide por conta própria conquistar as seis Joias do Infinito, mas para isso ele precisa enfrentar os Vingadores e seus aliados. Afinal, não estamos falando de ‘The Avengers’ e ‘Era de Ultron’, aqui o número de heróis nem se compara com os dois primeiros filmes. 

  Não demora muito para o filme apresentar a real ameaça de Thanos e transformá-lo no melhor vilão da Marvel. Dessa maneira, a direção assinada pelos irmãos Russos (conhecido pelos ótimos ’Guerra Civil’ e ‘Soldado Invernal’) fez algo que nenhum outro filme da franquia conseguiu: fazer o público temer pela vida dos super-heróis. Thanos não é um Mandarim, Dr. Doom, O Acusador e Ultron. 

  Aqui seus objetivos são esclarecidos com clareza, compreendemos suas motivações e suas ações causam tormento para cada um de nós. Thanos é disparado o melhor vilão da Marvel e a atuação e trabalho vocal de Josh Brolin transmite todos os sentimentos de raiva, comoção, frustração e impaciência. Sem contar o ótimo CGI!      



  Já os heróis tornam-se coadjuvantes frente a toda imponência de Thanos formando uma estrutura narrativa fragmentada em diversos locais da galáxia. Conseqüentemente, a direção dos irmãos Russos reúne todas as franquias respeitando a atmosfera idealizada por cada uma delas. Seja o tom melancólico de Capitão América, o místico de Dr. Estranho, o humor de Guardião da Galáxia e o infanto-juvenil do Homem Aranha.               

  Em meio a todos esses heróis, a montagem ágil em todas as seqüências paralelas tornam ‘Guerra Infinita’ vistoso, impactante e divertido. Afinal, temos aproximadamente duas horas e meia de produção e não vemos o tempo passar. Porém, com inúmeros super-heróis, há um desequilíbrio ao apresenta-lós (exemplo: Tony Stark e os Guardiões da Galáxia têm maior importância do que Capitão América e o Visão), o tom generalizado se perde na presença do humor (apesar de quase todas funcionarem) sentenciado em momentos inadequados soando imponderado.        

   Os próprios subtramas dos personagens se resumem basicamente em impedir que Thanos conquiste as seis Joias do Infinito. Assim como, a trama também apresenta certas facilitações narrativas – como a presença de um personagem (não dito para evitar spoiler), apenas servindo para dar prosseguimento a produção.     

  Para compensar, os irmãos Russos mostram-se mais uma vez capazes de entregar cenas grandiosas. ‘Guerra Infinita’ possui as cenas mais impactantes do universo Marvel, e a direção trabalha os poderes de cada super-herói em conjunto e, como conseqüência, contemplamos as melhores batalhas da franquia (Thanos x Homem Ferro, Homem Aranha, Guardiões da Galaxia e Dr. Estranho). 

  Ousado, empolgante, chocante e de puro entretenimento, ‘Vingadores: Guerra Infinita’ oferece o melhor vilão e cenas mais impactantes do Universo Cinematográfico da Marvel. Agora só nos resta aguardar para 2019.  


NOTA: 9,2
                                              

4 comentários :

  1. Maldito Peter Quill, faltava tão pouco

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  2. Mais do que um filme de aventura ou ação, como a maioria de seus antecessores, essa empreitada dos heróis tem um senso de urgência muito maior. Amei ver a Karen Gillan no filme, é uma das jovens atrizes que melhor se veste e a tem a carreira em crescimento, a vi faz pouco tempo em Jumanji e é algo diferente ao que estamos acostumados com ela/ele, se vê espetacular. Ela se compromete com os seus personagens e sempre deixa uma grande sensação ao espectador.

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  3. Achei bem itneressante sua crítica sobre vingadores. Meu personagem favorito, sem dúvidas é o Doutor estranho, interpretado pelo Cumberbatch. Ele atua tão bem que quero ver logo seu novo trabalho, Brexit. Ele sempre nos fascina nos seus papeis e neste não parece ser diferente. Gostei muito do trailer que vi do próximo trabalho dele que vai estrear, o Brexit. Achei muito inusitado utilizarem um assunto tão atual para fazerem uma produção de filmes hbo 2019 . . Não é mais um daqueles filmes chatos de de política, mas que pelo contrário, tem um ritmo legal e bem conduzido, sem ser tão previsível quanto os demais da categoria. Super recomendo

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