Estreias

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Crítica - 'Euphoria'


   Nem Alicia Vikander e Eva Green são o suficiente para retrair o marasmo de ‘Euphoria’. Dispondo de uma das melhores atrizes da atualidade e sob a temática do valor da família, compaixão, perda e eutanásia. A desconhecida diretora Lisa Langseth se perde em meio aos seus diversos temas levantados ao longo da produção, e nenhum deles tem sua devida comoção.        

    A trama acompanha o reencontro das irmãs Ines (Alicia Vikander) e Emilie (Eva Green), após anos e anos separadas. Desavisada, Ines e pega de surpresa ao descobrir que sua irmã está com uma doença terminal e abdica de seus afazeres para ficar ao lado dela.

  ‘Euphoria’ relata o relacionamento conturbado de duas irmãs, após ficarem anos afastadas devido a morte da mãe, vivendo sozinhas em suas angústias. Tal encontro poderia render momentos gratificantes, memoráveis, tensos e comoventes. Mas aqui não é o caso. O filme retém de todas esses sentimentos, com eventos repetitivos, diálogos expositivos e falta de química entre suas protagonistas.          

  Embora individualmente Alicia Vikander e Eva Green estejam ótimas em seus respectivos papéis (mérito para apenas uma cena de discussão entre elas), o espectador não acredita na conexão entre as duas. Tudo é muito avulso e expositivo suficiente para denotar as principais características delas (vide no primeiro ato). Como conseqüência, os eventos não têm o impacto necessário a trama e todas as questões levantadas durante a projeção são abordadas superficialmente.  

   A diretora Lisa Langseth não busca ousar nos recursos técnicos apresentando uma fotografia e trilha sonora convencionais, não aproveita o talento de Charlotte Rampling e torna ‘Euphoria’ (poderia até fazer um trocadilho com o título) esquecível.
 

      NOTA: 5,2

Nenhum comentário :

Postar um comentário