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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Crítica - 'A Mão do Diabo (2001)'


  O plot twist vem se tornando cada vez mais corriqueiros em inúmeros filmes do gênero suspense. De um lado, tal recurso narrativo serve mais como uma alternativa de conceder um desfecho surpreendente para um filme insignificante, ou também por não possuir seu papel de surpresa. Do outro, quando bem utilizado reserva momentos memoráveis, como é o caso de ‘A Mão do Diabo’.      

   A produção tem a assinatura de Bill Paxton (antes conhecido apenas pelo bom ‘Fish Head’) na direção e do estreante Brent Hanley no roteiro. Em meio a esses nomes poucos experientes em seus cargos, ‘A Mão do Diabo’ surpreende pelo consistente trabalho atrás da câmera de Paxton e a narrativa perversa cheia de dualidades de Hanley.

    Apropriando de temas irreverentes como fé x razão, a existência de Deus e o seu encargo sobre os acontecimentos cotidianos de cada um. Como conseqüência, novas reflexões ganham mais força a partir desses temas na sociedade atual e ‘A Mão do Diabo’ não entrega apenas uma boa reviravolta, mas sim uma mensagem efusiva e controversa.   

   No entanto, o filme não detém de um verdadeiro clímax para a chegada de seu plot twist e Paxton não busca inovar em sua decupagem. Dessa maneira, a narrativa se torna repetitiva mediante determinados eventos faltando criatividade na direção. Como exemplo, podemos citar o mesmo recurso técnico utilizado para as diferentes mortes realizadas pelo protagonista.                    
 
   Com ótima atuação de Matthew McConaughey com destaques aos atores mirins, Matthew O´Leary e Jeremy Sumpter. Além do bom roteiro do estreante Hanley surpreendendo a todos com uma boa reviravolta e abrindo espaços a novas reflexões a cerca dos temas abordados, ‘A Mão do Diabo’ é mais um exemplo desses filmes pouco revisitados e que merecem uma atenção a mais.     


NOTA: 7,5
                                    

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