O plot twist vem se tornando cada vez mais
corriqueiros em inúmeros filmes do gênero suspense. De um lado, tal recurso
narrativo serve mais como uma alternativa de conceder um desfecho surpreendente
para um filme insignificante, ou também por não possuir seu papel de surpresa.
Do outro, quando bem utilizado reserva momentos memoráveis, como é o caso de ‘A
Mão do Diabo’.
A
produção tem a assinatura de Bill Paxton (antes conhecido apenas pelo bom ‘Fish
Head’) na direção e do estreante Brent Hanley no roteiro. Em meio a esses nomes
poucos experientes em seus cargos, ‘A Mão do Diabo’ surpreende pelo consistente
trabalho atrás da câmera de Paxton e a narrativa perversa cheia de dualidades
de Hanley.
Apropriando
de temas irreverentes como fé x razão, a existência de Deus e o seu encargo
sobre os acontecimentos cotidianos de cada um. Como conseqüência, novas
reflexões ganham mais força a partir desses temas na sociedade atual e ‘A Mão
do Diabo’ não entrega apenas uma boa reviravolta, mas sim uma mensagem efusiva
e controversa.
No
entanto, o filme não detém de um verdadeiro clímax para a chegada de seu plot
twist e Paxton não busca inovar em sua decupagem. Dessa maneira, a narrativa se
torna repetitiva mediante determinados eventos faltando criatividade na
direção. Como exemplo, podemos citar o mesmo recurso técnico utilizado para as
diferentes mortes realizadas pelo protagonista.
Com
ótima atuação de Matthew McConaughey com destaques aos atores mirins, Matthew
O´Leary e Jeremy Sumpter. Além do bom roteiro do estreante Hanley surpreendendo
a todos com uma boa reviravolta e abrindo espaços a novas reflexões a cerca dos
temas abordados, ‘A Mão do Diabo’ é mais um exemplo desses filmes pouco
revisitados e que merecem uma atenção a mais.
NOTA: 7,5
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