Após 30 anos, o renomado diretor George Miller - conhecido
por criar um mundo que só ele saber fazer nos filmes ‘Mad Max’ – junta com sua
equipe de produção australiana para dar continuidade/reboot ao clássico em ‘Mad
Max – Estrada de Fúria (2015)’. De um lado, parecia ser apenas mais uma
continuação dos clássicos que Hollywood adora. Do outro, encontrar um ator a
altura de Mel Gibson (filme que o consagrou) e fazer justiça aos episódios
anteriores, a chance de ser “apenas mais um” passou a ser genial.
Seu inicio
começando com uma narrativa em off ao alcanço de Max (Tom Hardy), o filme
começou a todo vapor. Após ser capturado por uma tribo comandado pelo Senhor da
Guerra Immortal Joe (Hugh Keays-Byrn), o tirano dono da única fonte de água
restante no mundo usa esse recurso para explorar seu povo. Max é então jogado
dentro no meio de uma perseguição contra Furiosa (Charlize Theron) por ser a
responsável de planejar uma fuga levando cinco mulheres da tribo, para um
recinto chamado Vale Verde.
Com 120 minutos,
o filme conseguiu ser equilibrado em todos os aspectos envolvendo o espectador
a cada minuto com cenas de ação sensacionais, uma surpreendendo a outra. O
grande mérito foi utilizar o máximo de cenas reais, com pouquíssimos recursos
computacionais, fazendo o público acreditarem naquele mundo pós-apocalíptico
fantástico criado por Miller, trazendo um realismo único. Com elementos
técnicos espetaculares e cenas incríveis, fica difícil dizer qual é a melhor.
‘Mad Max – Estrada de Fúria (2015)’ eleva o cinema de ação a outro patamar.
Outro ponto
positivo é o uso do 3D utilizado de maneira inteligente por Miller(coisa que
poucos filmes conseguem fazer) ressaltando o deserto, o momento de clímax na
trama. Se você tiver a oportunidade, assista em 3D!
Não é apenas com
cenas de ação o longa impressiona, a fotografia assinada por John Seale captou
o deserto em planos abertos com tons quentes favorecendo ainda mais aquele
ambiente hostil e a combinação perfeita das cores dos fogos de artifícios com o
deserto montou um belo cenário. Com
belas imagens, e uma trilha sonora impactante ditando o ritmo do filme e
dignificando ainda mais as melhores cenas de perseguição de carros e explosões
já vista no cinema.
Com o peso de
substituir Mel Gibson, Tom Hardy não hesitou - com poucas falas e uma ótima
expressão facial o ator fez um bom trabalho. Também, Charlize Theron brilhou e
fez uma de suas melhores atuações da carreira.
O filme ainda traz Nicholas Hoult (mostrando mais uma vez uma boa
atuação), Zoe Kravitz e o vilão Hugh Keays-Byrn. Este ultimo, esteticamente
incrível – a maquiagem é um show a parte. E Miller fez questão de valorizar
todo esse elenco, onde todos os personagens são relevantes.
Com ação,
narrativa, diálogos a criação de um mundo fascinante e um bom roteiro – que
melhor analisado pleiteia temas sociais - o próprio titulo do filme resume o
que foi apresentado ‘Mad’ – louco, insano, maluco. ‘Mad Max – Estrada de Fúria
(2015)’ é o melhor filme de ação dos últimos anos; uma obra de arte que mereça
servir de exemplos aos próximos filmes e ser contemplando por todos.
NOTA: 10
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