A
premissa de ‘Bad Samaritan’ é deveras convidativa para os fãs do gênero do
suspense. Se de um lado temos um ótimo tema central, uma atmosfera angustiante
e um psicopata marcante interpretado brilhantemente por David Tennant
(conhecido em ‘Doctor Who’ e o recente ‘Jessica Jones’). Do outro, um diretor
inexperiente e um roteirista detentor de trabalhos pouco inspirados não faz jus
a altura de sua ideia inicial.
Na
trama, dois trapaceiros manobristas de carros passam suas noites de trabalho
invadindo a casa dos seus clientes a procura de dinheiro, durante um dos
assaltos eles se deparam com uma mulher apavorada, acorrentada e amordaçada. Na
tentativa de resgatá-la, os dois amigos se tornam alvo do psicopata (David
Tennant).
Realmente
a sinopse chama a atenção e o cineasta Dean Devlin soube realçar a sua premissa
convidando o espectador a embarcar nesse jogo entre gato e rato. Porém, o seu
fracasso em ‘Geostorm’ reflete novamente neste seu novo projeto quando Devlin
não consegue manter seu mesmo nível de excelência do primeiro ato. Com o inicio
do segundo ato a narrativa ganha novos contornos, porém pouco plausíveis e
consideráveis para a trama.

Agora
as interpretações de Robert Sheehan e principalmente de David Tennant é de cair o queixo. Passando de um
ladrãozinho a um individuo condolente buscando se redimir de suas atitudes
passadas e resgatar àquela nas mãos de Cale, é convincente e notável. Mas,
surpreendente é Tennant entregando um dos melhores antagonistas do ano - sua
atuação aqui é digna de prêmios, mesmo para um filme B de suspense -.
Caindo
nos velhos clichês do gênero, principalmente por soar indulgente com o
protagonista desperdiçando grandes chances de inovar em sua narrativa. ‘Bad
Samaritan’ tem grandes virtudes concedendo um ótimo ritmo, o suspense
crescente mantendo o espectador atento durante toda sua projeção e, acima de
tudo, um psicopata marcante.
NOTA: 7,1