Estreias

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Crítica - 'Escape Room'


 O subgênero torture porn, apelidado nos anos 2000, voltou a ganhar notoriedade e vem comprovando ser cada vez mais rentável nos dias atuais. Os responsáveis pelo retorno e sucesso do subgênero advêm dos filmes ‘O Albergue’ e ‘Jogos Mortais’, ambos rendendo inúmeras sequencias. Não só eles, outras grandes produções ganharam destaques como ‘A Serbian Film’, ‘Rejeitados pelo Diabo’, ‘O Colecionador de Corpos’ e agora ‘Escape Room’ tem tudo para entrar nessa lista.      

   A trama é simples e acompanha seis jovens dispostos a ganharem dez mil dólares permanecendo trancafiados em diferentes cômodos, após receberem misteriosas caixas pretas com ingresso para uma dessas salas de fuga. Porém, o que parecia ser apenas um jogo de quebra-cabeça se torna um jogo de vida ou morte.   

   A direção assinada por Adam Robitel imprimiu um ótimo ritmo mantendo uma forte tensão ao longo de toda produção e deveras inventiva aos desafios impostos a seus personagens. As diferentes locações (com destaque ao quarto inicial, o gélido e o da mesa de sinuca) e o perigo subjacente em cada uma delas mantém o espectador com os olhos vidrados durante os cem minutos de projeção. 

  O roteiro simples não oferece camadas aos seus personagens que ficam presos a uma única personalidade, beirando a estereótipos clássicos do gênero. Temos a nerd Zoey (Taylor Russell), o arrogante Jason (Jay Ellis), o jovem Danny (Nik Dodani), o despreparado Ben (Logan Miller), a badass Amanda (Debora Ann Woll) e o tiozão Mike (Tyler Labine), este rendendo surpreendentemente boas piadas. Porém, todos apresentam bons momentos em tela com destaques ao ator Logan Miller e a atriz Debora Ann Woll.  

  Pegando elementos de ‘Jogos Mortais’ e ‘O Segredo da Cabana’, ‘Escape Room’ é tenso do inicio ao fim, um exemplar de como saber utilizar um bom clichê e o seu sucesso de bilheteria promete uma receptível sequência.


NOTA: 6,6
                
 
           

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