O subgênero
torture porn, apelidado nos anos
2000, voltou a ganhar notoriedade e vem comprovando ser cada vez mais rentável
nos dias atuais. Os responsáveis pelo retorno e sucesso do subgênero advêm dos
filmes ‘O Albergue’ e ‘Jogos Mortais’, ambos rendendo inúmeras sequencias. Não
só eles, outras grandes produções ganharam destaques como ‘A Serbian Film’,
‘Rejeitados pelo Diabo’, ‘O Colecionador de Corpos’ e agora ‘Escape Room’ tem
tudo para entrar nessa lista.
A
trama é simples e acompanha seis jovens dispostos a ganharem dez mil dólares
permanecendo trancafiados em diferentes cômodos, após receberem misteriosas
caixas pretas com ingresso para uma dessas salas de fuga. Porém, o que parecia
ser apenas um jogo de quebra-cabeça se torna um jogo de vida ou morte.
A direção
assinada por Adam Robitel imprimiu um ótimo ritmo mantendo uma forte tensão ao
longo de toda produção e deveras inventiva aos desafios impostos a seus
personagens. As diferentes locações (com destaque ao quarto inicial, o gélido e
o da mesa de sinuca) e o perigo subjacente em cada uma delas mantém o
espectador com os olhos vidrados durante os cem minutos de projeção.
O
roteiro simples não oferece camadas aos seus personagens que ficam presos a uma
única personalidade, beirando a estereótipos clássicos do gênero. Temos a nerd
Zoey (Taylor Russell), o arrogante Jason (Jay Ellis), o jovem Danny (Nik
Dodani), o despreparado Ben (Logan Miller), a badass Amanda (Debora Ann Woll) e
o tiozão Mike (Tyler Labine), este
rendendo surpreendentemente boas piadas. Porém, todos apresentam bons momentos
em tela com destaques ao ator Logan Miller e a atriz Debora Ann Woll.
Pegando
elementos de ‘Jogos Mortais’ e ‘O Segredo da Cabana’, ‘Escape Room’ é tenso do
inicio ao fim, um exemplar de como saber utilizar um bom clichê e o seu sucesso
de bilheteria promete uma receptível sequência.
NOTA: 6,6
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