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sábado, 16 de novembro de 2019

Crítica - 'As Loucuras de Rose'


    Muitos dos nossos grandes sonhos, desejos e ambições se tornam cada vez mais distante quando estamos diante de nossa própria realidade. Os obstáculos, desafios, as constantes pressões por ser sempre testado e o processo de passar por provações dificulta as nossas pretensões e passamos a viver frustrados. Por outro lado, nos faz ir além de nossos limites e nesse cenário se encontra ‘As Loucuras de Rose’.        

   Após cumprir a pena de prisão em Glasgow, Rose (Jessie Buckley) retoma a vida ao lado de seus dois filhos que estavam sob o cuidado da avó Marion (Julie Walters), assim como seguir seu sonho de ser uma cantora country e nada mais justo buscar o estrelato em Nashville, Tennesse. Porém, seu sonho se torna cada vez mais distante quando não se tem aprovação da mãe e seus filhos como principal prioridade.

   A direção assinada por Tom Harper (conhecido pelo mediano ‘A Mulher de Preto 2’) utiliza da música a sua força narrativa para entregar uma trama leve, agradável, otimista, além de ser um deleite aos ouvintes do gênero musical, Country. Mesmo seguindo as convenções de filmes similares e relembrando o recente ‘I,Tonya’, Harper não cede aos clichês do gênero ao abrir espaço para os personagens secundários Marion e Susannah (Sophie Okonedo) fundamentais para o crescimento de Rose e as reviravoltas.  

   E o grande cerne do filme está na atuação de Jessie Buckley. Responsável por compor a maioria das músicas presentes na trama e ter um vozeirão, sua interpretação realmente brilha ao sentirmos junto com ela o quanto o peso de seu passado e suas circunstâncias atuais interfere em seu sonho de ser cantora, e ao mesmo tempo contemplamos sua vitalidade e disposição para conquistar este objetivo. Entretanto, é nas objeções entre ela e sua mãe Marion prevalece à mensagem de ‘As Loucuras de Rose’. 

  Focando exclusivamente na protagonista, o roteiro assinado por Nicole Taylor não se preocupa nas subtramas dos personagens secundários e no quanto cada um deles tem tal influência em Rose. Fica um gosto de curiosidade por parte de o espectador saber mais dos personagens e na indústria Country, afinal poucos irão reconhecer a presença de uma das grandes cantoras nos dias atuais, a cena onde Kacey Musgrave se apresenta em um bar. 
 
   Mesmo seguindo uma estrutura clássica do gênero, ‘Wild Rose’ não cede aos clichês, conta com uma atuação brilhante da atriz Jessie Buckley, soma ótimas musicas - não só para conquistar os fãs do Country, e entrega uma mensagem tão singela e positiva que muitos deixam de acreditar hoje em dia.


NOTA: 7,6    
  

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