Estreias

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Crítica - 'Malévola: Dona do Mal'


    A onda de adaptações em Live Action das clássicas animações da Disney iniciou no ano de 2014 com o lançamento de ‘Malevola’. A ideia de reinventar a história de ‘A Bela Adormecida’ sob o ponto de vista da vilã atendeu aos pedidos de milhões de fãs ao redor mundo, rendeu altas cifras no cofre da Estúdio e deixou em aberto uma possível continuação. Eis, então que ‘Malevola 2’ parte de um novo conceito, totalmente do zero e, porque não dizer, original. 

   Após os eventos ocorridos no primeiro filme, Aurora (Elle Fanning) está preste a se casar com o príncipe Phillip (Harris Dickinson), porém Malévola não só aceita a união dos pombinhos, como também põe em risco a trégua entre o Reino humano com o Reino Mágico.
 
   A direção agora assinada pelo norueguês Joaquim Ronning (conhecido pelo fraquíssimo ‘Piratas do Caribe – A Vingança de Salazar) adere à narrativa rotineira e a estética visual da Disney. Com um ótimo trabalho de CGI e inspirações de grandes produções como ‘Game of Thrones’, o cineasta conduz ótimas sequências de ação em grande escala  garantindo um bom valor de entretenimento para o público, em especial no último ato.      

   Entretanto, se as cenas de ação são bem inseridas, conduzidas, diversificadas e extasiantes para os fãs; o mesmo não se pode dizer do ritmo.  Com uma nova história para o universo, Ronning insere novas ideias (algumas interessantes) como novas raças, novas regras, um novo reino, porém são esses conceitos o fator pelo desequilíbrio rítmico da narrativa, pois são pouco explorados e o espectador não tem o tempo para absorvê-los. Como consequência, isso prejudica as tramas paralelas e as atuações dos personagens secundários. 

  Sendo assim, a ótima atriz Elle Fanning é carismática, porém sem muito a apresentar em termos interpretativos. O personagem do príncipe é unidimensional, e os outros bons atores Sam Riley e Chitewel Ejiofor são subaproveitos. A atriz Michelle Pheiffer está ótima como a vilã, mesmo com um roteiro precário a respeito das motivações de sua personagem. E o mérito continua sendo todo de Angelina Jolie que realmente se encontrou na personagem com todos seus trejeitos, seus gestos corporais e seu visual impecável. 

   Com um final à lá Disney, ‘Malevola 2’ cumpre sua proposta de entreter o público com boas sequencias de ação, cenas emocionantes, apresenta novas ideias e abraça com carinho todos os personagens envolvidos. Porém não repete a qualidade de seu precursor soando uma sequencia genérica, previsível e sem coragem para tentar algo diferente.


NOTA: 6,6 
               

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