Estreias

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Crítica - 'Hush: A Morte Ouve'


   Não é de hoje que a Netflix vem surpreendendo. Reconhecida pelas suas séries de sucesso e ultimamente investindo em filmes originais, ”Beasts of No Nation” não deixou duvidas do seu triunfo do ano passado. E agora ‘Hush – A Morte Ouve’ tem tudo para repetir mais um grande sucesso desse ano agradando todos os espectadores potencializando um gênero simples e abatido no cinema atual, o suspense/slasher.    
 
      Com sua estréia oficial marcada no dia 8 de Abril de 2016, a trama acompanha a escritora surda e muda Maddie Young (Kate Siegel) que vive sozinha em uma casa isolada.  O medo assola na casa com a chegada de um homem mascarado testando todos os limites de Young para poder sobreviver uma noite.     
 
     A direção assinada por Mike Flanagan, conhecido do interessante filme ‘O Espelho (2014)’, é excelente.  O cineasta consegue elevar o simples roteiro, fugindo dos clichês do gênero, com um ótimo desenvolvimento da protagonista sem ser indulgente com as características da mesma, apresentando todas as vantagens e desvantagens de ser surdo e mudo nesse jogo de gato e rato.       
 
   As cenas são muito bem conduzidas e a tensão é crescente. Para tal feito, o cineasta lidou os recursos técnicos de maneira metódica – a trilha sonora é praticamente inexistente, mas o suficiente para causar aflição no espectador captando apenas a respiração da protagonista. E jogo de iluminação diante da fotografia escura é incrível enaltecendo os contrastes da atriz Siegel. 
 
  E mesmo sem ter uma fala, Siegel está excelente apresentando toda a aflição de seu personagem em uma atuação expressiva. Já o psicopata reserva um momento inusitado para um filme de slasher (não dita para evitar spoiler), e os personagens secundários não tinham muito a acrescentar.     
 
  ‘Hush – A Morte Ouve’ faz muito com pouco. Conseguiu reforçar uma trama simples, criou algo inovador em um gênero tão corriqueiro mesmo caindo em um final previsível, é instigante, muito bem dirigido e valoriza o valor de sua premissa.
 
 
NOTA: 7,5
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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