Não
é de hoje que a Netflix vem surpreendendo. Reconhecida pelas suas séries de
sucesso e ultimamente investindo em filmes originais, ”Beasts of No Nation” não
deixou duvidas do seu triunfo do ano passado. E agora ‘Hush – A Morte Ouve’ tem
tudo para repetir mais um grande sucesso desse ano agradando todos os
espectadores potencializando um gênero simples e abatido no cinema atual, o
suspense/slasher.
Com
sua estréia oficial marcada no dia 8 de Abril de 2016, a trama acompanha a
escritora surda e muda Maddie Young (Kate Siegel) que vive sozinha em uma casa
isolada. O medo assola na casa com a
chegada de um homem mascarado testando todos os limites de Young para poder
sobreviver uma noite.
A direção
assinada por Mike Flanagan, conhecido do interessante filme ‘O Espelho (2014)’,
é excelente. O cineasta consegue elevar o
simples roteiro, fugindo dos clichês do gênero, com um ótimo desenvolvimento da
protagonista sem ser indulgente com as características da mesma, apresentando
todas as vantagens e desvantagens de ser surdo e mudo nesse jogo de gato e
rato.
As cenas
são muito bem conduzidas e a tensão é crescente. Para tal feito, o cineasta
lidou os recursos técnicos de maneira metódica – a trilha sonora é praticamente
inexistente, mas o suficiente para causar aflição no espectador captando apenas
a respiração da protagonista. E jogo de iluminação diante da fotografia escura
é incrível enaltecendo os contrastes da atriz Siegel.
E
mesmo sem ter uma fala, Siegel está excelente apresentando toda a aflição de
seu personagem em uma atuação expressiva. Já o psicopata reserva um momento
inusitado para um filme de slasher (não dita para evitar spoiler), e os personagens
secundários não tinham muito a acrescentar.
‘Hush – A
Morte Ouve’ faz muito com pouco. Conseguiu reforçar uma trama simples, criou
algo inovador em um gênero tão corriqueiro mesmo caindo em um final previsível,
é instigante, muito bem dirigido e valoriza o valor de sua premissa.
NOTA: 7,5
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