Estreias

domingo, 15 de janeiro de 2017

Crítica - 'A Autópsia de Jane Doe'


    ‘A Autópsia de Jane Doe’ é a grande surpresa de 2016. Finalizando o ano com chave de ouro para o terror, o filme comprova o ímpeto do gênero impressionando o público com sua originalidade, eficiência, sem deixar de faltar, o toque assustador, para presentear todos os fãs do gênero e os cinéfilos de plantão. 

    A envolvente trama acompanha Austin Tilden (Emile Hirsch) e Tommy Tilden (Brian Cox), pai e filho responsáveis por gerenciar um necrotério de uma pequena cidade no interior dos Estados Unidos. A tranqüila rotina deles é interrompida com a chegada de uma misteriosa vitima de homicídio que foi trazida pelo xerife local, sem causa de morte aparente.

  A interessante premissa é o ponto de partida perfeito para prender qualquer espectador. Mesmo em seu rápido 90 minutos, o cineasta André Ovredal consegue extrair a principal essência do roteiro e, sem enrolação, a partir da breve apresentação de seus personagens, ele instiga a curiosidade do público apresentando o interior do corpo humano, principalmente, revelando cada segredo arrepiante do corpo de Jane Doe (Ophelia Lovibond).             

  Como em um bom filme de terror, Ovredal concede uma atmosfera densa e claustrofóbica. Passando boa parte do filme na pequena sala de operação, com o legista, o cadáver e um rádio; todos esses elementos foram primordiais para criar um clima tenso, onde tudo estava caminhando para um suspense psicológico. Porém, a segunda metade não mantêm o mesmo vigor e perde sua originalidade caindo nos clichês do gênero, causando os famosos jumpscares.          

  Mesmo nessa situação, o cineasta cria boas cenas tensas mostrando-se lidar muito bem com os recursos técnicos, mantendo o ambiente iluminado mesmo nos momentos mais escuros, além de trazer uma trilha sonora sinistra e perfeita para adotar o ritmo do filme e trabalhando em cima da aflição.

 Com performances competentes da dupla Hirsch e Cox, e a presença pungente da atriz Lovibond, André Ovredal é o nome mais surpreendente do ano entregando uma obra original, que vem sendo raro no mercado atual e, acima de tudo, merece a atenção de todos. ‘A Autópsia de Jane Doe’ consagra o terror como o melhor gênero de 2016.


NOTA: 7,8

2 comentários :

  1. Realmente, um filme muito bom e concordo sobre a metade final: não precisava apelar para os clichês típicos do gênero. Mas a identidade da defunta é muito óbvia...

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    1. O começo desse filme é muito bom, provavelmente ele estará na minha menção honrosa quando eu for fazer o top 10: melhores filme de 2016! Obg por comentar!

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