Estreias

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Crítica - 'Sob As Sombras'


    O ano de 2016 é definitivamente do horror. O inicio desse ano apresentou grandes produções do gênero afirmando novamente sua contemplação pelo público, após um período recente marcado pela falta de criatividade, chavões e sustos baratos. Elogios de cinéfilos e de críticos, ‘Sob as Sombras’ é mais um a entrar nessa lista.         

   A trama acompanha Shideh (narges Rashidi), mãe de Dorsa (Avin Manshadi), durante a guerra entre Irã e Iraque em 1988, na capital do Irã.  Tentando sobreviver em meio a explosões de bombas e mísseis, a relação mãe e filha é intensificada quando Shideh se torna obcecada pela ideia que sua filha está possuída pelos espíritos demoníacos chamados Djinn.

   A primeira metade de ‘Under the Shadow’ é possante, concedente um alto valor dramático de alta tensão. Diferente de grande parte das produções do terror, o filme não se preocupa em partir para o susto em seus minutos iniciais, aqui o ritmo é cadenciado definido pelo ótimo desenvolvimento de seus personagens e permeando dúvidas da cabeça do espectador sobre qual gênero estamos assistindo, drama ou horror.                           


   Marcando seu território até chegar a seu clímax, o filme introduz pequenas cenas de suspense que deixa o público engajado. Coisas começam a sumir, mudança comportamental, além de encaixar a trama diante do contexto histórico. O crescente suspense começa a partir da consciência da protagonista em acreditar em espíritos malignos e, o cineasta Babak Anvari trabalha isso com maestria juntando o real com o mágico em meio a seus desordenados movimentos de câmera.

  Com uma história simples, porém eficiente. Com poucos jumpscares e seu último ato caindo nos clichês do gênero, ‘Sob as Sombras’ não deve agradar a todos os amantes do terror, porém é mais uma produção venerada neste ótimo ano para o gênero.


NOTA: 6,9



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