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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Crítica - 'Alien: A Ressurreição'


   A quadrilogia Alien tinha tudo para finalizar com chave de ouro em ‘Alien – A Ressurreição’. De um lado, questões atualíssimas relacionadas à bioética e a engenharia genética foram abordadas em uma interessante e intrigante trama com a influência de atrair qualquer espectador. Do outro, o filme foi um convite para ver a última aparição da icônica heroína Ripley e a criatura mais monstruosa do cinema.               

   Após duzentos anos de ‘Alien 3’, a tenente Ellen Ripley acorda em meio a vários cientistas a bordo de uma nave espacial, e descobre que eles a clonaram, como também usaram seu corpo como encubador de uma rainha dos alienígenas. A intenção deles é ter um exercito de Aliens que possam controlar, porém o clone vem com um toque de sangue Alien em sua composição.             

   Apesar de abordar questões interessantes e centrar exclusivamente a genética e suas conseqüências, ‘A Ressurreição’ não garante possíveis discussões ao assunto. Não temos qualquer desenvolvimento, e sua estrutura narrativa progride apenas se sustentando nessa idéia e em seus antecessores.  
 
  Um grande exemplo é a evolução de Ripley. O filme vale à pena ser sim assistido para ver a interessantíssima evolução da protagonista. Aqui ela está mais forte, ágil, resistente, intensa e até mesmo com sangue ácido, porém essa sua nova característica não tem qualquer embasamento, pouco é explorado e fica praticamente esquecido. Fica aquela sensação de querer saber mais.                        

  Com alguns problemas de roteiro, o diretor Jean-Pierre Jeunet encontrou soluções visuais e boas atuações que compensassem. Os grandes momentos da obra vêm das mãos do roteirista Joss Whedon e a boa condução das cenas com Jeunet concedendo um bom clima de suspense. Estamos falando do brilhante episódio quando os Aliens saem da jaula, outro envolvendo uma perseguição aquática e por fim o encontro de Ripley com os outros sete clones mal sucedidos.              
 
 Os acontecimentos mencionados acima salvam a produção, pois o roteiro volta a transgredir a franquia em seu ato final. Apesar de ter uma proposta intrigante, é mal desenvolvido e apressado, além de contrariar todo o legado de Giger com o design da criatura final.                                              

 ‘Alien – A Ressurreição’ apresentou uma proposta brilhante e tinha tudo para finalizar a franquia com dignidade, porém sua execução foi decepcionante.  

NOTA: 6,2


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