Estreias

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Crítica - 'Pantera Negra'


   Em seu 18º filme, a Marvel consegue surpreender e entrega a melhor história de origem de um super-herói. Com o difícil trabalho de fugir da “formula Marvel”, que vem desgastando seu próprio público-alvo com produções de origem muito parecidas e corriqueiras. O estúdio começou a arriscar e a expandir novos horizontes passando por diversos gêneros, como exemplos de ‘Guardiões da Gálaxia’ e ‘O Soldado Invernal’, agora, com uma abordagem mais séria ‘Pantera Negra’ chegou para renovar os ares.   

   Após a morte de seu pai, o Rei de Wakanda. ‘Pantera Negra’ acompanha o retorno de T’Challa ao seu lar, a tecnológica e isolada nação africana para a sucessão ao trono e ocupar o seu lugar de direito como rei. Mas o reaparecimento de um poderoso inimigo rejeita seu direito ao poder e apresenta idéias bem diferentes, colocando em risco o futuro do país.

  A direção e o roteiro assinado por Ryan Coogler (conhecido pelo muito bom ‘Creed’) mantêm a fórmula Marvel, mas também estabelece seu próprio estilo audiovisual. Seu grande diferencial em relação a outras produções do estúdio está na interdependência de seus personagens. O foco aqui são eles! Todos têm seu grande momento em tela e, consequentemente, realça a mensagem da trama e conquistam a simpatia do público. 

  Não apenas isso, os personagens não carecem de motivações, propósitos e obstáculos – tornando o vilão Erik Killmonger um dos melhores da Marvel, senão o melhor.  Em meio a tantas críticas em relação às últimas produções pelos fracos vilões, ‘Pantera Negra’ surpreendou e nos entrega dois: Killmonger e Klaue. Este interpretado muito bem por Andy Serkis mostrando-se a vontade no papel e Michael B. Jordan transmitindo toda sua imponência e disposto a enfrentar de igual para igual com Pantera Negra.         

    Outros personagens também merecem destaque como, a ostentativa Nakia (Lupita Nyong’o), a bad-ass Okoye (Danai Gurira), Letitia Wright é o alivio cômico perfeito e, Chadwig Boseman é carismático e transmite toda sua vulnerabilidade mesmo sendo o Pantera Negra. Quem não tem muito material para apresentar é Forest Whitaker, assim como o personagem K. Ross (Martin Freeman) que é subutilizado e não precisava nem existir.
 
  Com certos eventos narrativos arrastados, repetitivos e cenas de ações previsíveis. O roteiro de Coogler é sério e crítico ao abordar vários temas como, lealdade, patriotismo, vingaça e ideologia política. Em consequencia, ‘Pantera Negra’ reforça a cultura africana tanto narrativamente quanto tecnicamente, seja pela celebração cultural por meio da música, e pela ostentação grandiosa pela iconografia valorizando os figurinos e a criatividade visual da tecnologia de Wakanda.        

  Diferentes de muitas outras produções da Marvel, ‘Pantera Negra’ não se concentrou exclusivamente na ação, mas sim em seus personagens entregando  uma abordagem séria, necessária, relevante politicamente e reflexiva aos olhos do público. 

NOTA: 8,3

Um comentário :

  1. Pantera Negra é um filme recheado de personalidade, é um filme Marvel com menos cara de Marvel, com recursos bem criativos, suas cenas de ação impressionam. Michael B. Jordan me surpreendeu com sua interpretação de Killmonger. Sem dúvida, vou segui-lo de perto em seu novo projeto. Na minha opinião, Fahrenheit 451 será um dos melhores hbo filmes de 2018. O ritmo do livro é é bom e consegue nos prender desde o princípio. O filme vai superar minhas expectativas. Além, acho que a sua participação neste filme realmente vai ajudar ao desenvolvimento da história.

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