Estreias

quarta-feira, 9 de março de 2016

Crítica - 'Floresta Maldita'


  ‘Floresta Maldita’ comprova um gênero tão depreciado na atualidade. O terror sobrenatural parecia ser uma boa aposta para o ano de 2016 por ser escrito pelo talentoso David S. Goyer e possuir uma premissa interessante.  Porém, o filme está mais para apresentar o amadorismo do estreante cineasta Jason Zada frente às câmeras e de duvidar o talento de Goyer.                  

    O cenário literalmente incrível e assustador da lendária floresta Aokigahara, situada na base do Monte Fuji, no Japão é o ponto de partida perfeito para um filme de terror. Porém, “The Forrest” (do original) inutiliza este grandioso cenário em uma produção mal executada acompanhando a jovem americana Sara (Natalie Dormer) determinada a descobrir a verdade sobre o destino de sua irmã gêmea, que desapareceu misteriosamente nesta assustadora floresta.                  

      A premissa é interessante, o cenário é curioso, a atriz Natalie Dormer é renomada (conhecida na celebre série ‘Game of Thrones’), mas nada disso funciona no filme.    O roteiro apresenta ser pobre logo no inicio da trama ao forçar brevemente o desenvolvimento do personagem, contem inúmeros furos – muitas cenas o espectador vai questionar “De onde ele(a) conseguiu isso?” , abrange diálogos tolos e expõe personagens secundários perdidos na trama para apenas enfatizar o perigo de andar na floresta. Acompanhando as atrocidades do roteiro, a direção de Zada segue o mesmo caminho, ou pior.                                                                         
     Sua falha é irrisória em criar um ambiente opressor, a floresta serve apenas como um plano de fundo. Os jump scares são tão amadores que chegam a ser risíveis, a fotografia é pobre, escura e não consegue passar a tensão no filme, e as edições são mal feitas a ponto de deixar certas cenas incompreensíveis. Nem mesmo a boa atriz  Natalie  Dormer convence, assim como o restante do elenco.                                                     
                      
     Com um roteiro rápido e trivial seguindo as mesmices dos filmes de terror, possuindo recursos técnicos fracos, abusando de jump scares, uma direção completamente perdida e um final decepcionante, “Floresta Maldita” é exemplo do que não deve ser feito no cinema.


NOTA: 0

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