Estreias

quarta-feira, 16 de março de 2016

Crítica - 'Truman'


       Assistir a Ricardo Dárin é sempre um privilegio. Somando atuações incríveis em sua carreira, o grande ator mais uma vez repete uma performance brilhante e retoma a parceria com o diretor espanhol Cesc Gay para viver com maestria o protagonista Julian tornando do simples ‘Truman’, um grande filme.    

       A trama acompanha o reencontro dos melhores amigos Julian (Ricardo Dárin) e Thomas (Javier Cámara). Inquilino em Madrid, o ator argentino Julian é diagnosticado com câncer terminal e resolve interromper o tratamento e aguardar pela morte. Seu amigo tenta convencê-lo a seguir a prescrição, mas sem argumentos, resolve dedicar a sua visita a lembrar dos velhos tempos e se despedir.
 
     A história não seria a mesma sem Dárin e Cámara. Por mais simples e delicada que seja a história, ambos oferecem uma enorme força a narrativa diante de suas belíssimas atuações. Com personalidades bem distintas, Dárin está excelente na pele de Julian remetendo o autocontrole e a liderança em sua vida mesmo estando próximo de sua morte. Méritos também para Cámara compondo de forma sutil seu personagem Thomas servindo como o braço direito para Julian.                 

     Apesar de o filme desenrolar de maneira sutil, o ritmo é lento e torna a história arrastada contando com certos diálogos enfadonhos e tornando os 110 minutos desgastes. Porém, o roteiro assinado pelo próprio cineasta e Tomas Aragay trata o melodrama com certo humor, que além de funcionar muito bem, não torna o filme um dramalhão.    

          Com um enredo suave narrando a despedida de Julian, a trama pode soar entediante para alguns espectador. Mesmo assim, ‘Truman’ conta com uma fotografia limpa valorizando os belos cenários de Madrid e uma linda trilha sonora, porém são as ótimas atuações de Dárin e Cámara que faz o longa valer a pena, sem eles o filme seria mais do mesmo. 
                                         

NOTA: 6,6


 

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