Estreias

terça-feira, 1 de março de 2016

Crítica - 'Misconduct'


      Trazer grandes nomes para uma produção nem sempre é sinônimo de grandes filmes. Assim tentou ‘Misconduct’ ao trazer um elenco de primeira com a participação dos ícones Anthony Hopkins e Al Pacino para atrair vários olhares em um suspense psicológico no trabalho pouco inspirado da estréia do cineasta Shintaro Shimosawa, conhecido como produtor do fraco filme ‘O Grito’.     
 
        Com um roteiro não linear, a trama acompanha o bilionário do setor farmacêutico e apreensivo Arthur Denning (Anthony Hopkins) após receber uma mensagem de que sua namorada Emily (Malin Akerman), foi seqüestrada. Semana antes, Emily passa informações confidenciais da empresa para o advogado Ben (Josh Duhamel), e a situação vai além do âmbito profissional entre todos os envolvidos.
 
     Conhecido por produzir e escrever filmes de terrores, o cineasta Shimosawa concede um toque macabro no filme. Por assim dizer, a maneira como lidou com os recursos técnicos desde a uma trilha sonora sombria e uma direção de arte competente ajudaram a acentuar o suspense.  Não podemos dizer o mesmo para o jogo de edição, tudo se passa muito rápido explorando pouca a narrativa deixando o suspense de lado com passagens desnecessárias em um roteiro abusando do imprevisível para cativar o espectador. 
 
    Sagrados no cinema, os grandes nomes para realmente cativar o espectador é Hopkins e Al Pacino. Porém, Al Pacino não convence e Hopkins adota sua clássica frieza (um dos poucos a se destacar dessa produção), já que Josh Duhamel se perde durante a narrativa e não apresenta química com sua mulher (Alicia Eve). Resta apenas para a belíssima Alicia Eve interpretar com competência e entregar boas cenas na frágil e robótica Charlotte, mulher do ambicioso advogado Ben.                                

    Apesar de o roteiro ser pouco criativo, o filme consegue prender a atenção do espectador ao trabalhar um suspense imprevisível que vai se acentuando ao longo da produção. Em outras palavras, ‘Misconduct’ tinha potencial, porem não foi contada da melhor maneira.

NOTA: 5,8


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