Trazer
grandes nomes para uma produção nem sempre é sinônimo de grandes filmes. Assim
tentou ‘Misconduct’ ao trazer um elenco de primeira com a participação dos
ícones Anthony Hopkins e Al Pacino para atrair vários olhares em um suspense
psicológico no trabalho pouco inspirado da estréia do cineasta Shintaro
Shimosawa, conhecido como produtor do fraco filme ‘O Grito’.
Com
um roteiro não linear, a trama acompanha o bilionário do setor farmacêutico e
apreensivo Arthur Denning (Anthony Hopkins) após receber uma mensagem de que
sua namorada Emily (Malin Akerman), foi seqüestrada. Semana antes, Emily passa
informações confidenciais da empresa para o advogado Ben (Josh Duhamel), e a
situação vai além do âmbito profissional entre todos os envolvidos.
Conhecido
por produzir e escrever filmes de terrores, o cineasta Shimosawa concede um
toque macabro no filme. Por assim dizer, a maneira como lidou com os recursos
técnicos desde a uma trilha sonora sombria e uma direção de arte competente
ajudaram a acentuar o suspense. Não
podemos dizer o mesmo para o jogo de edição, tudo se passa muito rápido
explorando pouca a narrativa deixando o suspense de lado com passagens
desnecessárias em um roteiro abusando do imprevisível para cativar o
espectador.
Sagrados
no cinema, os grandes nomes para realmente cativar o espectador é Hopkins e Al
Pacino. Porém, Al Pacino não convence e Hopkins adota sua clássica frieza (um
dos poucos a se destacar dessa produção), já que Josh Duhamel se perde durante
a narrativa e não apresenta química com sua mulher (Alicia Eve). Resta apenas
para a belíssima Alicia Eve interpretar com competência e entregar boas cenas
na frágil e robótica Charlotte, mulher do ambicioso advogado Ben.
Apesar de o roteiro ser pouco criativo, o filme consegue
prender a atenção do espectador ao trabalhar um suspense imprevisível que vai
se acentuando ao longo da produção. Em outras palavras, ‘Misconduct’ tinha
potencial, porem não foi contada da melhor maneira.
NOTA: 5,8
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