Nomeado
para o prêmio de realização em Cannes, o cineasta Jeremy Saulnier impressionou
os críticos e o público em ‘Blue Ruin (2013)’. Retomando o sucesso do filme que
rendeu ao cineasta credibilidade e renome extasiando atenção para seus futuros
trabalhos. Saulnier repete a fórmula que conquistou a todos agora no suspense
cheio de gore ‘Green Room’.
A
banda punk rock ‘The Ain’t Rights’ composto por cinco amigos, resolvem realizar
um último show, em uma pub concentrada de nazista e skinheads. Após o fim da performance, o guitarrista Pat
(Anton Yelching) testemunha um brutal assassinato e a banda acabam se tornando
o principal alvo dos contratantes, ou melhor, de uma gangue de skinheads.
‘Green
Room’ se sustenta na violência gráfica tornando as cenas as mais intensas
possíveis - braços fraturados, gargantas dilaceradas e sangue para todo lado.
Por ser acima de 18 anos, o filme preocupa em entregar um gore excessivo a um
suspense bem narrado. A enorme falta de desenvolvimentos dos membros da banda
impede dos espectadores simpatizarem com eles e por serem alvos de grupos
extremistas, qualquer morte se torna banal.
Em
contrapartida, o cineasta Saulnier desenvolve a tensão em cenários
claustrofóbicos intensificando a sensação de desespero, além de impedir o
público de prever a seqüência dos acontecimentos. Afinal, ninguém sabe seu
objetivo. A maneira como o cineasta construiu uma atmosfera pesada e
sustentando a tensão é a chave para a violência brutal, no bom trabalho de
maquiagem. E ainda para ajudar na ameaça, Patrick Stewart, o dono da pub, mesmo
com poucas palavras, entrega uma perfomance intimidadora.
Com apenas Anton
Yelching se destacando no membro na banda, o filme perde seu tom em seu
terceiro ato, não se preocupa em desenvolver seus personagens-algo crucial em
uma trama como essa em um roteiro levando ao espectador a questionar momentos
idiotas (não ditas para evitar spoiler). Porém, Saulnier eleva o filme na
construção de tensão e ‘Sala Verde’ é típico filme que vai dividir opiniões
onde os fãs de gore sairão satisfeitos.
NOTA: 6,4
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