É
incrível em como ‘Uma Rua Chamada Pecado (1951)’ revolucionou e entrou para a história
do cinema. Em uma década onde a forte censura marcou Hollywood, muitos filmes
foram proibidos e retidos de circulação, porém
‘Uma Rua Chamada Pecado’ mostrou sua genialidade logo de cara driblando
grande parte das produções abordando temas pesados e delicados que são
questionados até nos dias atuais.
O
precursor para tamanho méritos da produção marcando a vida de milhares de
pessoas em seus textos literários foi Tennesse Williams. Sua adaptação para o
cinema de sua peça teatral ‘Um Bonde chamado Desejo’ é consagrada uma das
melhores da história e com o projeto nas mãos do cineasta Elia Kazan, a direção,
o roteiro, as atuações, a fotografia, trilha sonora e a direção de arte, simplesmente
beira a perfeição.
Na
trama, a icônica personagem Blanche Dubois (Vivien Leigh) viaja para visitar
sua irmã Stella (Kim Hunter) alegando estar de licença do emprego de professora
e acaba ficando por meses. Durante seu período, Blanche assusta-se com os modos
grosseiros de seu cunhado Stanley (Marlon Brandon) e acaba por interferir na
relação de sua irmã causando desavenças. Em contrapartida, Stanley a provoca
até descobrir toda a verdade por trás de seu passado.
Quando
se fala de ‘Uma Rua Chamada Pecado’ é importante frisar a coragem em sua época
de tratar assuntos delicados que soam até hoje. Em um mundo onde os fundamentos
machistas estão em pauta, é incrível como em 1951 o filme apresentava a luxúria
e as fantasias femininas, além de nas entrelinhas da trama o homossexualismo
estar presente. Não é a toa que através desse filme houve uma inovação em
termos de roteiro e atuação.

Já Brandon revolucionou o conceito artístico
de Hollywood em seu papel criando várias camadas em seu personagem de
troglodita, impiedoso, ríspido e ao mesmo tempo condolente e sensual, sendo a
interpretação mais imitada do universo. Juntos
Leigh e Brandon realizaram uma das melhores atuações femininas e masculinas da
história do cinema.
Com uma
direção inteligente escolhendo cenários claustrofóbicos e uma tensão definida
por todos os personagens, adicionando movimentos de câmera guiando os olhos do
espectador. ‘Uma Rua Chamada Pecado (1951)’ é uma obra-prima e obrigatório para
todos os artistas e fãs de cinema.
NOTA: 10
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