O
mar é o perfeito cenário para grandes filmes explorando a força da natureza
versus o homem, ou melhor, a mulher. Após o grande sucesso de ‘Tubarão (1975)’
de Spielberg nenhum outro filme conseguiu tal apreciação diante da premissa mar
e tubarão. Eis que chega agora no cinema o novo filme de Collet-Serra (dos bons
‘A Orfã’, ‘Sem Escala’ e ‘Desconhecido’) entregando o melhor trabalho pós o triunfo
de 1975 em ‘Águas Rasas’.
A
trama é simples e acompanha a jovem médica Nancy (Blake Lively) com
dificuldades de lidar com a perda da mãe. Seguindo uma pista sua, ela vai
surfar sozinha em uma paradisíaca praia isolada no México, onde acaba sendo
atacada por um tubarão branco. Agora ela precisa usar toda sua inteligência
para sair daquele local viva.
Com
um baixo orçamento, o cineasta precisou apenas de Blake Lively, um tubarão e
uma gaivota para entregar o “Tubarão” para a nova geração. Esperado por todos
os cinéfilos e amantes do gênero, devido à falta e a incapacidade de recentes
produções baseadas nessa premissa amada pelo público. ‘Aguas Rasas’ não se
preocupa em desenvolver seus personagens e a narrativa, mas se propõe a
entregar uma enorme tensão prendendo a atenção do espectador até seu ato final.
Tudo
acontece muito rápido e em poucos minutos presenciamos a luta pela
sobrevivência da atriz Blake Lively. Collet-Serra consegue transmitir toda a
tensão desde o momento que a personagem cai no mar adotando várias tomadas e
ótimas angulações apresentando a imensidão do oceano e a sensação de ameaça na
belíssima fotografia. Não apenas isso, com poucas palavras, Lively está
excelente no papel, tem carisma e faz o espectador torcer por ela. Entregando,
talvez, sua melhor atuação da carreira no cinema.
Com
seus rápidos 80 minutos, faltou a ‘Águas Rasas’ explorar a narrativa, os
personagens e a sua resolução não convence. Mas
o filme cumpre seu objetivo criando uma enorme tensão prendendo todos na
cadeira, apresenta ótimas cenas de ação e
conta com uma boa atuação de Blake Lively.
NOTA: 7,0
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