‘Donnie Darko’ figura entre os filmes mais enigmáticos da
história do cinema. Sua originalidade e complexidade acerca do tema da viagem
no tempo, além de fazer duras críticas à igreja, ao preparo das instituições de
ensino e ao comportamento humano requer não apenas um total controle da
narrativa, mas sim de exigir uma grande atenção dos espectadores.
Situado no final da
década de 80 em uma pacata cidade nos Estados Unidos, Donnie Darko (Jake
Gyllenhaal) é um adolescente incomum, problemático e possui indícios de
esquizofrenia. Certa noite, Donnie é acordado por um coelho de quase dois
metros de altura e induzido para fora de sua casa para escutar sua premeditação
sobre o fim do mundo. Sem entender o episódio, o jovem acorda em meio a um
campo de golfe e ao voltar para sua casa percebe que escapou da morte quando
uma turbina de avião misteriosamente caiu sobre seu quarto.
A
partir daí, o filme conseguiu criar um mistério capaz de dar um nó na cabeça de
todos. Amador atrás das câmeras e com um total domínio sobre o tema, o cineasta
e roteirista Richard Kelly impressionou a todos por ser sua estréia em
longas-metragens. Com poucos pontos negativos na estréia de sua direção, é visível
ver seu amadorismo em relação ao primeiro ato do filme pela falta de dinamismo
em conectar os arcos narrativos em uma edição pouco precisa e certas tomadas
disfuncionais utilizadas pelo diretor.

Em
compensação, o roteiro complexo cheio de mistérios e referências exige uma
enorme atenção do espectador em cada detalhe. Nada
esta a toa na trama, tudo é muito bem pensando como as letras das músicas, os
personagens, o ambiente e certamente os diálogos. Para isso Kelly faz muito bem
em conceder vários gêneros a trama, como a ficção, o suspense, o drama e até
mesmo o romance. Sim! Um romance adolescente protagonizado nas excelentes
interpretações de Gyllenhaal e Jena
Malone.
Logo em seu primeiro filme como protagonista, Gyllenhaal se
mostrara talentoso na pele do recluso e confuso Donnie, assim como Kelly atrás
das câmeras. Outro grande acerto do cineasta é trabalhar no imprevisível – o
público nunca sabe qual o rumo o filme irá tomar. Além de convidar o espectador
nos anos 80 em um competente trabalho da fotografia, no design de produção e nas
nostálgicas trilhas sonora da época composta com ‘Never Tear Us Apart’ e ‘Mad
World’.
Em um filme onde tudo é inserido de maneira meticulosa repleto de mensagens subliminares e posta a fazer o espectador questionar cada detalhe de sua trama. Mesmo depois de 15 anos, o grande mérito de ‘Donnie Darko’ é fazer todos comentarem seus mistérios nos dias atuais. E para muitos considerado um “clássico”.
Em um filme onde tudo é inserido de maneira meticulosa repleto de mensagens subliminares e posta a fazer o espectador questionar cada detalhe de sua trama. Mesmo depois de 15 anos, o grande mérito de ‘Donnie Darko’ é fazer todos comentarem seus mistérios nos dias atuais. E para muitos considerado um “clássico”.
NOTA: 9,3
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