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terça-feira, 30 de agosto de 2016

Crítica - 'Nerve: Um Jogo Sem Regras'


   Não é ‘WhatsApp’, nem ‘Angry Birds’ e muito menos ‘PokemonGo’, é Nerve. Com o poder do avanço tecnológico nas últimas décadas, várias mudanças foram inseridas nas sociedades de todo o mundo e os jovens são os primeiros a vivenciar tal apreço. Levantando questões acerca da dependência dos jovens na era digital, ‘Nerve – Um Jogo Sem Regras’ implica nessa temática envolvendo o espectador com muita ação e tensão.     

     A trama acompanha a tímida jovem Vee (Emma Roberts) intimidada pela sua melhor amiga Sydney (Emily Meade) a se inscrever no Nerve, um jogo online visto por milhões de observadores onde os participantes executam tarefas em troca de dinheiro. Mostrando-se confiante, Vee acaba conhecendo o misterioso rapaz (Dave Franco) em seu primeiro desafio e com o passar do tempo, o game começar a entregar sua perigosa identidade.                          
 
   Com a direção assinada por Ariel Schulman e Henry Joost envolvendo o espectador em um ritmo energético nas ágeis edições associado a uma trilha sonora onipresente e trazendo cenas de ação bem dirigidas. Os dois primeiros atos do filme empolgam ao apresentar todos os desafios, em meio a um bom senso de medo e tensão vivenciados pelos protagonistas na excelente química entre Emma Roberts e Dave Franco.    

   O início é promissor diante de sua interessante premissa, e o filme faz muito bem em inserir elementos provocativos pela cultura viciada no celular empregando o jogo ‘Nerve’ como uma metáfora para o convívio da era digital. Servindo de indícios para as ameaças da geração online, ‘Nerve – Um Jogo Sem Regras’ arriscou ao trazer todas essas camadas sobre o tema e muito delas acabaram sendo tratadas de maneira superficial, são: a autoridade parental, a obsessão pela fama e dinheiro, a perda de privacidade online.           

    Como exemplo, temos a personagem Juliette Lewis, a mãe de Vee, completamente desperdiçada na trama. O ator Machine Gun Kelly na pele do personagem Ty é dispensável, além do roteiro abusar de personagens arquétipos tornando o filme um produto voltado para o público jovem. Temos a tímida jovem querendo dar a volta por cima e seu misterioso affair  interpretados bem por Roberts e Franco, e a melhor amiga Badass na interessante interpretação de Emily Meade.                

O grande problema do filme surge em seu terceiro ato quando a diversão utopista deixa de existir tendendo a um moralismo ínfimo e quebrando toda a proposta inicial. Com uma queda brusca de qualidade de sua produção, ‘Nerve – Um Jogo Sem Regras’ consegue prender o espectador do inicio ao fim abordando um tema recorrente nos dias atuais.     


NOTA: 6,7

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