
Antes
de qualquer comentário, varias notícias sobre os problemas envolvidos na
produção do filme tomaram conta da internet nos últimos dias. Com a repercussão
do fraco ‘Batman VS Superman – A Origem da Justiça’, o estúdio perdeu a
confiança no material que tinha em mãos. Em conseqüência, ‘Esquadrão Suicida’
não apenas expõe a falta de planejamento e controle do estúdio, mas sim um
filme cheio de cortes e vestígios de seu potencial. Mas vamos deixar isso de lado, e comentar
minha visão.
Após
os eventos ocorridos em ‘Batman VS Superman – A Origem da Justiça’, o governo americano
resolve aceitar a ousada proposta de Amanda Waller (Viola Davis), a fim de conter
novas ameaças do Apocalypse. Tal
proposta é recrutar uma série de temidos criminosos em troca de redução em suas
sentenças.
Dirigido
e roteirizado por David Ayer, o cineasta soube trabalhar com competência
momentos de alta tensão, escreveu diálogos afiados, e traz um ótimo primeiro
ato. Tudo é bem organizado apresentando todos os criminosos em um bom trabalho
de flashbacks levando as situações em que se encontram. Tudo em meio às cenas
intensas e empolgando todo o seu publico.
O
grande mérito do filme é o convívio de seu elenco. A dinâmica do grupo nunca
perde energia, e suas relações são interessantes. Os problemas começam a ficar
visíveis quando a trama foca apenas no personagem do pistoleiro (Will Smith) e
a Arlequina (Margot Robbie) e não no Esquadrão Suicida. Nunca vemos um time em
tela.
Com
poucas falas Bumerangue, Crocodilo e Katana são poucos explorados e não
adiciona nada a trama. Já o
Diablo apresenta uma história interessante sobre seu passado, porém o mau
trabalho da edição e a superficialidade do roteiro não entregam o peso narrativo
necessário ao filme. Já Joel Kinnaman está ótimo concedendo uma forte presença
de sua autoridade.
Outro
grande problema é a vilã, a Magia. Cara Delavigne está simplesmente horrível e
prejudica, muito, o filme.

Deixando
de lado os personagens e voltando a narrativa. Com um ótimo primeiro ato, o
filme começa a se perder na metade do segundo ato caindo nos velhos clichês. Apesar
de divertido e trazer algumas cenas de ação empolgantes, o roteiro manipula as
emoções do publico, ao invés de atrair.
A
partir daí, todos os acontecimentos inseridos na trama começa a virar uma
bagunça. Os flashbacks vêm e vão, e o jogo de edição é horroroso. Cheio de falhas,
erros grotescos de continuidades (exemplos são as piadas entremeadas para
aliviar a tensão), e cheio de cortes bruscos nas cenas de ação.
Seguindo
os mesmos defeitos, (como em ‘Batman VS Superman’) a fotografia escura e o
excesso de CGI continuam, e o 3D é dispensável. Ao menos, não temos nada a
criticar do bom trabalho do design de produção e da incrível seleção musical.
Valendo-se por
um bom entretenimento, um ótimo primeiro ato, e o carisma de seu fortíssimo elenco,
‘Esquadrão Suicida’ é desperdício de um grande potencial ao inserir vários
episódios de forma superficial resultando em uma bagunça previsível e vendeu-se
do seu falso material de marketing.
NOTA: 5,5
É muito triste ter que concordar com cada palavra! =( Bela análise. Falou o que eu estava pensando.
ResponderExcluir