Polêmica!
Após conquistar grande parte do público, principalmente os fãs da DC devido ao
seu material de marketing apresentando anti-heróis carismáticos, revivendo
vilões icônicos da história do cinema em meio a muita ação e nostálgicas
canções, ‘Esquadrão Suicida’ foi massacrado pelos críticos especializados. E
sejamos sensatos, infelizmente temos que concordar com eles!
Antes
de qualquer comentário, varias notícias sobre os problemas envolvidos na
produção do filme tomaram conta da internet nos últimos dias. Com a repercussão
do fraco ‘Batman VS Superman – A Origem da Justiça’, o estúdio perdeu a
confiança no material que tinha em mãos. Em conseqüência, ‘Esquadrão Suicida’
não apenas expõe a falta de planejamento e controle do estúdio, mas sim um
filme cheio de cortes e vestígios de seu potencial. Mas vamos deixar isso de lado, e comentar
minha visão.
Após
os eventos ocorridos em ‘Batman VS Superman – A Origem da Justiça’, o governo americano
resolve aceitar a ousada proposta de Amanda Waller (Viola Davis), a fim de conter
novas ameaças do Apocalypse. Tal
proposta é recrutar uma série de temidos criminosos em troca de redução em suas
sentenças.
Dirigido
e roteirizado por David Ayer, o cineasta soube trabalhar com competência
momentos de alta tensão, escreveu diálogos afiados, e traz um ótimo primeiro
ato. Tudo é bem organizado apresentando todos os criminosos em um bom trabalho
de flashbacks levando as situações em que se encontram. Tudo em meio às cenas
intensas e empolgando todo o seu publico.
O
grande mérito do filme é o convívio de seu elenco. A dinâmica do grupo nunca
perde energia, e suas relações são interessantes. Os problemas começam a ficar
visíveis quando a trama foca apenas no personagem do pistoleiro (Will Smith) e
a Arlequina (Margot Robbie) e não no Esquadrão Suicida. Nunca vemos um time em
tela.
Com
poucas falas Bumerangue, Crocodilo e Katana são poucos explorados e não
adiciona nada a trama. Já o
Diablo apresenta uma história interessante sobre seu passado, porém o mau
trabalho da edição e a superficialidade do roteiro não entregam o peso narrativo
necessário ao filme. Já Joel Kinnaman está ótimo concedendo uma forte presença
de sua autoridade.
Outro
grande problema é a vilã, a Magia. Cara Delavigne está simplesmente horrível e
prejudica, muito, o filme.
E então
chegamos nele... O Coringa. Esperados por muito, o icônico personagem pouco
aparece na produção e não possui material suficiente para conhecer o mais novo Coringa
interpretado pelo ótimo ator Jared Leto (o próprio ator disse que muitas cenas foram
cortadas), dispensando assim qualquer comparação com Heath Ledger ou Jack Nicholson.
Deixando
de lado os personagens e voltando a narrativa. Com um ótimo primeiro ato, o
filme começa a se perder na metade do segundo ato caindo nos velhos clichês. Apesar
de divertido e trazer algumas cenas de ação empolgantes, o roteiro manipula as
emoções do publico, ao invés de atrair.
A
partir daí, todos os acontecimentos inseridos na trama começa a virar uma
bagunça. Os flashbacks vêm e vão, e o jogo de edição é horroroso. Cheio de falhas,
erros grotescos de continuidades (exemplos são as piadas entremeadas para
aliviar a tensão), e cheio de cortes bruscos nas cenas de ação.
Seguindo
os mesmos defeitos, (como em ‘Batman VS Superman’) a fotografia escura e o
excesso de CGI continuam, e o 3D é dispensável. Ao menos, não temos nada a
criticar do bom trabalho do design de produção e da incrível seleção musical.
Valendo-se por
um bom entretenimento, um ótimo primeiro ato, e o carisma de seu fortíssimo elenco,
‘Esquadrão Suicida’ é desperdício de um grande potencial ao inserir vários
episódios de forma superficial resultando em uma bagunça previsível e vendeu-se
do seu falso material de marketing.
NOTA: 5,5
É muito triste ter que concordar com cada palavra! =( Bela análise. Falou o que eu estava pensando.
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