Há
quem conteste, mas ‘Casablanca (1942)’ é um dos melhores filmes da história do
cinema. Vivendo inúmeros problemas durante sua produção antes de ser concluído,
sem pretensões, é incrível como o filme revolucionou o conceito de roteiro
mesmo repleto de chavões e personagens arquétipos, tornando-se referência até nos
dias atuais.
No
cenário da segunda guerra mundial, Casablanca é uma região localizada em Marrocos,
local utilizado por vários europeus como rota de fuga. Lá, Rick Blaine
(Humphrey Bogart), um americano mordaz e cínico, mantém seu badalado
estabelecimento Rick’s Café. Quando certo dia um casal pede ajuda para deixar o
país, ele reencontra o grande amor de seu passado, a encantadora Ilsa Lund
(Ingrid Bergman) reacendendo a paixão entre eles.
Filmado
quase todo em sequência, isto é, prosseguindo os acontecimentos da trama.
Explica o motivo de tantas dificuldades superadas para ‘Casablanca’ figurar entre
os grandes da história na excelente liderança do cineasta Michael Curtiz. Aqui,
o trabalho magistral de Curtiz foi conduzir com seriedade e sutileza um romance
convencional e improvável sob o plano de fundo da segunda guerra sabendo utilizar
os clichês a seu favor e principalmente, emocionar o espectador.

Com
personagens eminentes, ‘Casablanca’ quebrou o modelo do cinema ao colocar
grandes atores da época em papeis secundários. Assim foi com o ótimo ator Paul
Henreid na pelo do politizado Victor Laszlo, responsável pelos problemas de
Rick Blaine e fundamental para que a trama prosseguisse.
Mas
quem está realmente excelente é Humphrey Bogart, os nuances de seu personagem
antes de depois de ser esquecido por Ilsa é impecável, seja pelo seu olhar,
movimentos corporais e em suas entonações. Conseguindo transmitir em Ilsa uma
mulher dividida entre dois amores, na performance excepcional de Ingrid Bergman
– injustiça no Oscar.
Com atuações
marcantes em personagens bem desenvolvidos em meio a diálogos inesquecíveis
comovendo todos os espectadores, o filme superou e ousou. Mesmo
após muitos anos, ‘Casablanca (1942)’ sempre será uma das melhores histórias de
amor e sacrifício já contadas na história do cinema com seu final audacioso
quebrando os paradigmas dos filmes de romances que ecoam nos dias atuais.
NOTA: 10
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