‘Herança
de Sangue’ parecia mais um filme genérico de ação, parecia. Com aquela velha
sinopse da entrega do pai para salvar sua filha (alguém disse ‘Busca
Implacável’?), o cineasta Jean-Francois Richer trouxe novos detalhes para
contar uma boa história já conhecida colocando o astro Mel Gibson na pancadaria
total.
Com
uma premissa simples e comum relembrando muitos filmes do gênero na atualidade.
A trama acompanha o solitário tatuador Link (Mel Gibson), um homem com um
passado conturbado e atendendo seus clientes em seu trailer situado em meio ao
deserto na Califórnia, mantendo-se longe das drogas e da violência. Seu
cotidiano é perturbado com a chegada de sua filha Lydia (Erin Moriarty)
desaparecida, agora jurada de morte por um traficante.
Com
a direção assinada por Jean-Francois Richer, aqui o diretor trouxe um novo
olhar de uma história já conhecida por todos. A narrativa vem acrescentando
rastros sobre o passado do protagonista e o espectador acompanha essa
trajetória com ações pontuais em uma relação entre pai e filha tangível, esse é
o grande mérito do filme. O roteiro entrega uma total delicadeza no elo
familiar e reconhecemos uma grande dedicação dos atores nos diálogos e sequências.
É
irretocável a química entre Gibson e Erin Moriarty. Ambos estão muito bem em
seus papeis, Gibson entrega uma forte vitalidade, principalmente nas cenas de
ação e Moriarty na pele da corajosa Lydia e concedendo uma boa carga dramática.
Já os personagens secundários na trama são muito mal explorados, seja o melhor
amigo de Link interpretado por William H. Macy e os vilões interpretado por Diego Luna e seus capangas que
não trazem um senso de perigo ou ameaça em suas presenças.
Com uma boa
fotografia a base de tons quentes retratando todo o calor do local. E um
roteiro simples e eficiente, ‘Herança de Sangue’ não entrega tantas cenas de
ação, porém são bem pontuadas, acrescenta uma boa carga dramática na excelente
química de seus protagonistas, conta uma boa história saindo da mesmice do
gênero e principalmente, deve agradar os fãs do gênero.
NOTA: 6,5
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