Estreias

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Crítica - 'O Sono da Morte'


     Sonhos sempre foram e sempre será uma ótima premissa para filmes de terror. Os mistérios por traz no mundo dos sonhos fascinam pelo desconhecido, afinal de contas, tudo pode acontecer. Reservando momentos lúcidos ou até mesmo ameaçadores, ‘Sono da Morte’ parte desse princípio para mostrar esse mundo incontrolável, ou melhor, assustador.

     Após perderem o filho de maneira drástica, o casal Jessie (Kate Bosworth) e Mark (Thomas Jane) resolve adotar o adorável garoto Cody (Jacob Tremblay). Sem conhecimento dele, Cody morre de medo de adoecer e não demora muito para o casal descobrir o porquê: os seus sonhos se tornam realidade, e os pesadelos, podem ser mortais. Assim, resta a Jessie e Mark investigar o passado da criança.              
                               
   E mais uma vez o diretor Mike Flanagam (dos bons filmes ‘Espelho’ e ‘Hush – A Morte Ouve’) repete um interessante trabalho, agora em um universo de infinitas possibilidades. O cineasta desenvolve a trama a partir da visão da criança Cody e como ela é representada diante dos fatos ocorridos em sua vida. Devido as dificuldades do garoto estabelecer firmemente em uma família por conta de seu dom, ‘Sono da Morte’ não é um típico filme de seu gênero, entregando maior carga dramática e uma forte mensagem emocional a produção.                
        

   Diante disso, Flanagam entrega um trabalho original sabendo utilizar o terror nas horas certas (evidente em seus outros projetos) e insere o drama. Em conseqüência, a construção dos três personagens é significativa e acreditamos no afeto, no valor da família, devido à boa química dos personagens. Porém, individualmente as atuações de Bosworth e Thomas Jane não convencem diferente de Jacob Tremblay que rouba a cena mostrando cada vez mais seu enorme talento (como fez em ‘O Quarto de Jack’).               

   Onírico e subversivo, ‘Sono da Morte’ entra em um universo complexo sem tanta exploração, mas é eficiente em sua proposta desvendando os mistérios do pesadelo em uma boa história e conta com o talento individual do queridinho de Hollywood, Jacob Tremblay.

NOTA: 6,7

2 comentários :

  1. Eu também acho que o talento de Jacob Tremblay salva o filme. Ele sempre é o melhor elemento dos filmes de terror que ele faz. Seu desempenho realmente transmite medo para o espectador. Eu também o vi faz pouco tempo em Refém do Medo e fiquei surpresa. É um dos melhores filmes de terror, tem uma boa história, atuações maravilhosas e um bom roteiro. Desfrutei muito deste filme pelo bom enredo e narrativa. Se alguém ainda não viu, e gosto do Sono da Morte também, eu recomendo amplamente, vocês vão gostar com certeza.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ele não é só bom em filmes de terror! Ele está ótimo em 'O Quarto de Jack' e o mais recente 'Extraordinário'. Não gosto muito do Refém do Medo, a própria Naomi Watts foi indicada ao Framboesa de Ouro haha. Mesmo assim obrigado por comentar e seja sempre bem-vinda!

      Excluir