O
terror psicológico vem ganhando cada vez mais espaço na sétima arte. Nos
últimos anos, muitas produções ingressaram no gênero e foram muitíssimo
elogiados, principalmente pelos críticos como, ‘O Babadook’, ‘Corrente do Mal’
e o recente ‘A Bruxa’. Dessa vez, ‘Ao
Cair Da Noite’ entra nessa lista e certamente irá dividir muitas opiniões.
Em
um mundo apocalíptico, Paul (Joel Edgerton) vive isolado em uma casa na
floresta junto com sua esposa (Carmen Ejogo) e seu filho (Kelvin Harrison Jr.),
definindo regras claras para a sobrevivência. Porém, quando Will (Christopher
Abbott) invade o refugio deles,alegando, supostamente, estar abandonada. Paul
resolve abrigar Will e sua família em troca de comida, mas na duvida se eles
estão infectados.
Por
mais simples e trivial pareça, o cerne de ‘Ao Cair Da Noite’ está na forma de
como tudo se desenvolve. Não espere por respostas e propósitos, o importante
aqui é a trajetória dos acontecimentos e a construção de um clima apreensivo
sempre na iminência de que algo
esta por vir. Isso caracteriza os grandes filmes de suspense psicológicos, e o
cineasta Trey Edward Shults consegue fazer isso com perfeição da maneira mais
econômica possível.
Semelhante
ao recente ‘A Bruxa’, toda a mise em scene cumpre um papel primordial aqui. Passando
pela fotografia dessaturada das florestas à escuridão dentro de casa com
pequenos lampejos associado a uma música praticamente sensorial, o espectador situa-se
no mesmo campo de raciocínio dos personagens. Manipulando assim a sensação de
desconforto e paranóia ao longo de toda produção pela sustentação de seu tom.
Se
você procura filme de monstros recheados de jumpscares como nos moldes
tradicionais do terror, esse aqui não é para você. Mas se o seu interesse está
nas perplexidades sem definição, no ambiente claustrofóbico e na sensação
constante de desamparo, ‘Ao Cair Da Noite’ é o filme.
NOTA: 7,7
O filme foi sinistro mermão! Ao Cair Da Noite e um bom filme terror é incomum e inteligente Um filme para poucos. Temos aqui Joel Edgerton, Christopher Abbott em boas atuações, que levam para o público bons diálogos e realismos de seus respectivos personagens. Roteiro nos dois 1° atos são ótimos, mas o ato final peca e a direção perde a mão. Ao cair da noite tem um início forte, mas peca na dose final. gostaria realmente de entender esses sonhos malucos meio premonitórios do Travis o que vc acha?
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