Bons
diretores nem sempre tem a credibilidade que merece e, infelizmente, esse é o
caso de Doug Liman. Conhecido pelo ótimo ‘No Limite do Amanhã’, e os bons ‘A
Identidade Bourne’ e ‘Sr. & Sra. Smith’, mais uma vez o cineasta repete
mais um consistente trabalho em ‘Na Mira do Atirador’, mas sem a atenção
merecida do público.
Final
de 2007, a Guerra do Iraque está caminhando para seu fim. Dois soldados americanos descobrem que estão
na mira de um atirador iraquiano em pleno campo de batalha. Exposto atrás de
uma parede instável e sem saber onde o inimigo se encontra, eles terão como
desafio encontrar uma maneira de sair vivo.
Em
um jogo de gato e rato, a simples trama se sustenta pela tensão dos diálogos
entre os opositores. Nesse contexto, ‘Na Mira do Atirador’ relembra o muito bom
‘Por um Fio’, mas agora em um cenário de guerra com apenas um protagonista (Aaron
Taylor-Johnson) em tela, afinal o inimigo aqui nunca é visto. Dessa maneira, o
cineasta Liman construiu sua narrativa com muita tensão enfatizando a
inteligência do inimigo em relação ao sargento americano Isaac, tornando a
trama em um decurso investigativo.
Em
busca de pistas para localizar o inimigo, nem todas as deduções são plausíveis
e agrada o espectador. Há uma simplificação narrativa para a trama progredir,
mas Doug Liman consegue compensar através da tensão e evocando as adversidades
do conflito no Iraque. Com edições
certeiras, Liman compõe uma atmosfera temível para Isaac – a falta d’agua, sol
escaldante, ferida exposta e uma parede instável em meio a imensidão do
cenário.
Como
‘Na Mira do Atirador’ é um filme de apenas um personagem, Aaron Taylor-Johnson
(ganhador do último Globo de Ouro) entrega mais um trabalho provocativo. Ele é
agressivo e compulsivo na hora certa, entra em total desespero, mas também
preciso para utilizar todas as suas técnicas para encontrar o inimigo.
Com
seus rápidos 90 minutos e atrativo para todos, ‘Na Mira do Atirador’ merece um
pouco mais da atenção do espectador, assim como o cineasta Doug Liman na
indústria cinematográfica.
NOTA: 7,0
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