Estreias

sábado, 7 de outubro de 2017

Crítica - 'Em Ritmo de Fuga'


    É possível notar o quão autoral se tornou as obras de Edgar Wright. Conhecido pela ótima trilogia do Cornetto, a visão divertida e sarcástica do diretor conquistou grande parte do público sobre os clássicos gêneros hollywoodianos. Após quatro anos, Wright voltar às telas recriando uma temática tão familiar no cinema em ‘Em Ritmo de Fuga’.               

     A trama acompanha o jovem Baby (Ansel Elgort), o piloto de fuga oficial dos assaltos de Doc (Kevin Spacey), mas não vê a hora de deixar seu cargo, principalmente após conhecer a garçonete Debora (Lily James).               

   Por mais conhecida e familiar a trama, Edgar Wright impôs sua marca renovando o gênero. O filme começa a todo pavor com uma cena de perseguição de carro brilhantemente executado em sincronia com a música e os cortes. Wright introduz esses elementos criativos que estabelece a  linguagem da narrativa, tornando ‘Em Ritmo de Fuga’ muito mais atraente e harmonioso para o público de qualquer idade.              
 
   Com o seu estilo em criar cenas de ação escapistas, estimulantes, característico e inventivo, o diretor mostrou como ninguém manipular todas as técnicas cinematográficas. Com muitos cortes rápidos, planos diferentes um dos outros, seria muito fácil o filme ser uma verdadeira bagunça, mas Wright mostrou como dar ritmo às edições. Além das músicas tanto diegéticas quantos extradiegéticas ser executado com maestria em total sincronia com os cortes e a ação.

   Infelizmente, Edgar Wright ainda não se mostrou proeminente em desenvolver seus personagens. Se no primeiro ato a trama apresenta bem o protagonista e o seu anseio por Debora, o segundo perde a oportunidade de desenvolver Darling (Eiza González), Bats  (Jamie Foxx), Buddy (Jon Hamm) que ficam limitados a um único estereotipo: ser pessoas malvadas. Sem mencionar a própria Debora; não sabemos nada de seu passado. Em conseqüência, o romance é pouco explorado, principalmente pelas limitações dos atores  Lily James e Ansel Elgort.                                

   Mesmo com um roteiro abatido e familiar, Edgar Wright consegue tornar ‘Em Ritmo de Fuga’ um dos grandes filmes do gênero e mais uma vez comprovando seu competência atrás das câmeras inovando nas cenas de ação.        


NOTA: 8,0
        

Um comentário :

  1. Sempre gostei da filmes. São muito interessantes, podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador. Desde que vi o elenco de Em Ritmo de Fuga imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do ator Ansel Elgort, um ator muito comprometido. Baby Driver Filme é uma historia que vale a pena ver. Para uma tarde de lazer é uma boa opção. A direção de arte consegue criar cenas de ação visualmente lindas.

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