Com
apenas 34 anos, Greta Gerwin se tornou um grande ícone do cinema independente
nos Estados Unidos. Além de atriz e roteirista, Gerwin veio para se firmar
também como diretora em sua estréia solo em ‘Lady Bird – A Hora de Voar’.
Voando alto na carreira (desculpe o trocadilho), uma indicação ao Oscar de
Melhor filme do ano não seria nenhum exagero.
A
trama acompanha a adolescente Christine McPherson (Saoirse Ronan, de Brooklin),
uma típica garota de 17 anos, também conhecida como ‘Lady Bird’. Ela não vê a
hora de estudar em uma universidade da Costa Leste, para assim fugir de sua tão
depreciada cidade de Sacramento e de sua mãe (Laurie Metcalf) controladora.
Mesmo
com uma trama simples, despretensiosa e corriqueira, Greta Gerwin encontra
originalidade nas entrelinhas. Acompanhando a vida adolescente de Lady Bird,
passamos a compreender todas as frustrações vivenciadas por ela, tanto no
âmbito pessoal como amoroso. Por meio disso, a direção de Gerwin adota um ritmo
agradável aos olhos do público, narrando todos os eventos com total
naturalidade e o mais leve possível.
Não
há um melodrama barato e momentos dramáticos manipulativos, a diretora encontra
o tom perfeito para o drama e a comédia. Que por sinal, a comédia comedida e
sarcástica reforça ainda mais os subtextos presentes no longa-metragem. Tudo é
muito natural, leve, gostoso de assistir e o efeito causa - conseqüência da
protagonista tem um forte impacto a personalidade de Lady Bird, e denota a
grandeza do filme em relação a outros do gênero.

Passando
por vários eventos durante sua projeção, ‘Lady Bird’ não se preocupa em
desenvolver a fundo seus subtextos e os personagens secundários. Em
consequencia, o pai de Christine e sua paixão (Timothée Chalamet), são personagens clichês de
uma única caracterização, visto em milhares de outros filmes do gênero. Certas
passagens também são previsíveis e não porta progresso dentro da trama, como o
amigo (Lucas Hedge), os irmãos de
Christine, os ensaios do teatro e os dilemas da escola.
Mesmo seguindo alguns clichês gênero, a diretora Greta
Gerwin veio para colocar seu nome atrás das câmeras. Com uma singela mensagem
sobre amadurecimento, aprender e seguir em frente, ‘Lady Bird’ é o filme mais
agradável e aprazível do ano.
NOTA: 8,0
Nenhum comentário :
Postar um comentário