A trama acompanha a chegada dos futuros noivos Brea (Paula
Patton) e John (Omar Epps) a uma belíssima casa no alto das montanhas. Porém,
os pequenos contratempos durante a viagem envolvendo uma gangue de motoqueiros,
ganham maior distinção quando eles batem na porta do romântico casal.
A direção e o roteiro assinado pelo desconhecido Deon Taylor
não tem controle sob as diferentes vertentes de sua narrativa. Seguindo uma estrutura familiar ao excelente
‘Corra (2017)’, somos introduzidos a relação de John e Brea e as desavenças
surgidas durante a viagem. Há uma boa construção do suspense em cima do casal
principal, porém não é sustentando devido a presença dos personagens
secundários desprovidos de personalidade, de diálogos inteligentes, além de
tomar decisões questionáveis e mal interpretadas pelos coadjuvantes Laz Alonso
e Roselyn Sanchez.
Quando o filme concentra-se no suspense em cima do casal, é
possível se divertir pelo bom ritmo e pelo clima de angústia. Conseqüentemente,
‘Traffik – Liberdade Roubada’ caminha mais para uma produção de superação e
redenção de um herói, quando na verdade estamos diante de uma história sobre o
tráfico de escravas sexuais. Tal questão é colocada em segundo plano e não traz
o impacto necessário para tornar a experiência num filme denúncia.
Com a câmera sempre posicionada valorizando suas belas
curvas, Paula Patton convence na pele da corajosa Brea. Mesmo com pouco
material, Omar Epps (o Foreman da série ‘House’) é operante. E os vilões, que
poderiam acrescentar tanto à trama, se resumem em ser somente práticos.
Perdendo uma grande oportunidade de trazer uma relevante mensagem para os dias
atuais, ‘Traffik – Liberdade Roubada’ passa uma ideia , mas na verdade
apresenta outra.
NOTA: 5,0
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